É um absurdo a afirmação
de que o termo “sadismo” foi “uma singela homenagem ao autor Marquês de Sade” - como é afirmado no excelente site de literatura Homo literatus (ler aqui) -; o que pode ser
corroborado com uma rápida pesquisa sobre a origem do termo, presente na obra Lições de Sade, de Eliane Robert Moraes;
onde ela escreve: Foi o Dicionário Universal de Boiste, de 1834, que, ao que
tudo indica, inaugurou o termo “sadismo”, que é definido como “Aberração
horrível do deboche; sistema monstruoso e anti-social que revolta a natureza”.
terça-feira, 21 de abril de 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
A HISTÓRIA DE UMA GRANDE INVENÇÃO
A HISTÓRIA DE UMA GRANDE INVENÇÃO
de Wood Allen
Eu estava folheando uma
revista enquanto esperava que Joseph K., meu mastim, voltasse de sua
tradicional sessão das terças-feiras com um terapeuta que cobra 50 dólares por
uma hora de 50 minutos – um veterinário junguiano que vem tentando convencê-lo
de que suas bochechas não são, necessariamente, um inconveniente social –
quando, de repente, perpasso os olhos por uma frase ao pé da página e que me
chamou a atenção como um anúncio de sutiã. Era uma simples notinha, com um
daqueles títulos como “Acredite se quiser” ou “Você sabia que”, mas sua
magnitude me arrebatou com a grandeza dos primeiros acordes da Nona de
Beethoven. Dizia: “O sanduíche foi inventado pelo Lorde Sanduíche”. Abismado
por essa revelação, li e reli o tópico e fui até acometido de involuntário
tremor.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
O ELIXIR DO PAJÉ
ELIXIR DO PAJÉ
de Bernardo Guimarães
de Bernardo Guimarães
Que tens,
caralho, que pesar te oprime
que assim te
vejo murcho e cabisbaixo,
sumido entre
essa basta pentelheira,
mole, caindo
pela perna abaixo?
Nessa
postura merencória e triste
para trás
tanto vergas o focinho
que eu cuido
vais beijar, lá no traseiro,
teu sórdido
vizinho!
quinta-feira, 2 de abril de 2015
ISAURA, UMA ESCRAVA BRANCA
LEÔNCIO ERA O TÍPICO filho
das ricas famílias de um Brasil imperial de final de século XIX, que haviam enriquecido
com a exportação do açúcar oriundo de grandes plantações de canas-de-açúcar, nascidas das extensas e férteis terras brasileiras; plantados e colhidos por calejadas mãos
escravas, acorrentadas em salubres navios negreiros e vindos do velho
continente africano; e como grande parte dos filhos de famílias ricas da época,
o rapaz havia sido mandado desde o final de sua infância para Portugal, para a
universidade de Coimbra, para estudar medicina.