Tomei de minha estante um encapado,
Empoeirado, a ermo.
Sem pretensões maiores.
Tomei-o à mão
E fui ao seu encontro.
Ao cumprimentá-lo, foi grosseiro.
Me disse que em si continha
Prolegômenos!
Senti-me estranho
- “Que contato mais sem causa”
Me senti mais estranho.
Ricocheteou algo dentro de mim:
- seu afetado!
Sou aprendiz, não sou mestre.
Pobre...desaprendiz de filosofia.
Por isso invento que sei,
pois nada sei de tais prolegômenos.
Deles não posso
mais saber.
Senti-me estranho, e agora velho.
Repousei-o sobre a mesa
um velado e cínico sorriso
no canto da boca...
Dei-Lhe adeus.
Sirva-se a vontade quem o quiser,
vou à banca de revista.
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