sábado, 13 de dezembro de 2025

ATRIZES, CANTORAS… E VAMPIRAS




ATRIZES, CANTORAS… E VAMPIRAS

Em fins do século XIX, cantoras e atrizes que se destacavam por seu espírito independente, talento, beleza e poder de sedução, eram chamadas de “vampiras”.


Quadro "The Vampire" de Philip Burne-Jones


Tudo começou com um quadro pintado por Philip Burne-Jones (1861 - 1926) que retratava uma mulher diante de um homem deitado sobre a cama, aparentemente morto ou em sono profundo. A obra recebeu o nome de “The Vampire”.


Poema de Rudyard Kipling acompanhado do Quadro "The Vampire"


O quadro inspirou o poeta Rudyard Kipling (1865 - 1936) que fez um poema em que retratava um homem “tolo” por amar uma mulher que não o amava, mas apenas queria sugar sua energia e seus bens, depois deixá-lo na ruína.


O poema se popularizou tanto que passou a inspirar peças de teatro e filmes, que ajudaram a consolidar ainda mais a imagem da “vampira” como uma mulher sedutora, talentosa e com grande poder de sedução capaz de levar homens à ruína física e econômica.


Sarah Bernhardt


Sarah Bernhardt (1844 - 1923), famosa atriz francesa que com seu talento excepcional parecia hipnotizar o público masculino, parece ter levado para a própria vida a imagem da vampira.


Sarah era vista em seus passeios por Paris usando chapéu que ostentava um morcego empalhado e possuía um caixão usado como leito de dormir.


A diva tinha o costume excêntrico de, após um dia atarefado e cansativo, descansar em um caixão que ela mantinha em seu quarto.


Sarah Bernhardt Dorme em seu Caixão


Uma revista da época, comentou assim seu peculiar costume:


“Quando Mme. Bernhardt está cansada do mundo, ela entra neste caixão --- uma peça macabra de mobília em seu quarto --- e, cobrindo-se com grinalda murchas e flores desbotadas, cruza as  mãos sobre o peito e, com os olhos fechados, despede-se temporariamente da vida. Uma vela acesa arde em um castiçal ao seu lado, e um crânio repousando no chão é adicionado à ilusão. É somente quando o jantar é anunciado que ela abre os olhos e mais uma vez demonstra um interesse lânguido pelas coisas materiais.”


Nenhum comentário:

Postar um comentário