terça-feira, 7 de outubro de 2014

DEUS E O CASTIGO DIVINO



Endel Maia comentando a frase, acima, do papa no Facebook: “Eu só quero entender. Deus criou tudo que tem vida, não é isso? aí estão incluídos todos os vírus e bactérias? muitos desses seres fazem muito mal ao homem. Mas Deus ama os homens não é verdade? Mas criou vírus e bactérias que tanto nos atormentam. Eu só quero entender”.
Endel Maia isso é uma das contradições do cristianismo: se o ser humano é a maior criação de deus, por que então deus criou tantos seres "inferiores" para parasitá-lo, e pior: providos de tantos meios eficazes capazes de concorrer de igual com o homem pelo direito à vida. A solução para sair desse impasse foi recorrer ao diabo (fato ainda hoje usado à exaustão por pastores evangélicos), argumentando que tudo que causa mal a essa “maravilha da criação” de deus que é o homem, tem um dedinho do diabo. Usaram o diabo até pra explicar os casos de plágios feitos pelo cristianismo.
Quanto a frase do papa ela está de acordo com o pensamento da época (séc XVIII). Na época as doenças, principalmente as epidemias, eram explicadas não como hoje, por meio da má higiene, falta de saneamento básico, ou falta de conhecimento, mas sim eram visto como castigos vindos de deus impostos aos homens, e qualquer tentativa de interromper o castigo divino era julgado como um comportamento contra deus.
Porém como diferenciar o castigo de deus das armadilhas do tinhoso? Simples: os castigos de deus sempre têm uma melhoria moral aos homens (vide ainda hoje os argumentos que religiosos usam para explicarem o surgimento da AIDS entre os homens, como um castigo de deus contra a promiscuidade e a homossexualidade) e do diabo não.
Portanto, quando você tomar remédio contra uma simples dor de cabeça, lembre-se que, pelo pensamento que já foi bastante comum aquela época e imposto por religiosos, você pode estar desagradando deus.

  

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