quarta-feira, 16 de julho de 2014

TÍTULOS E LIVROS



O título de um livro é algo extremamente importante; e em muitos casos, até mais que a capa, eles aguçam nossa curiosidade. Lembro-me que alguns títulos de livros mexiam muito com minha curiosidade, e que foram o principal motivo para lê-los; e quando os via em suas respectivas capas, imagens curiosas me vinham imediatamente à cabeça.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO NÚMERO 666



Em 2008, na cidade russa de Yaroslavl, a polícia prendeu oito jovens acusados de matarem, esquartejarem e devorarem quatro outros com idades entre 17 e 19 anos. Um fato chamou a atenção das autoridades do lugar: todos tinham sido mortos com 666 golpes de faca. O que levou a polícia imediatamente a deduzir que se tratava de um ritual satânico.

sábado, 12 de julho de 2014

MATÉRIA OU ESPÍRITO - UMA ANATOMIA DA ALMA (por Bosco Silva)



INTRODUÇÃO
O homem sempre conviveu cercado de dualidades: o sol, a lua, o amor, o ódio, a vida, a morte, etc. E entre essas, uma teve um significado fundamental para ele, que ainda hoje podemos ver, todas as vezes que o sol, com sua luz, penetra o espesso véu da noite.
Para o homem primitivo isto era de fundamental importância, pois, o sol, com sua luz, vinha lhes restituir a visão, o calor, a proteção, afugentar os predadores das trevas das noites de insegurança, etc.
Disso fundamentaram suas noções de bem e mal, e as transformaram em noções metafóricas, simbolizadas em LUZ e TREVAS. Para daí acreditarem que o mundo fosse regido por estes dois princípios. À luz associaram: o bem, a imaterialidade, o vigor, a virtude, a vida. E às trevas: o mal, a matéria, a decadência, a fraqueza, a morte. Princípios que, por sua vez, ajudariam a originar uma de nossas maiores dualidades: a relação entre corpo e alma.



Ao CORPO lhes associaram, por sua vez: as trevas, o mal, a materialidade, a decadência, a fraqueza, a morte, o pecado, etc. E à ALMA: a luz, o bem, a imaterialidade, a eternidade, o vigor, a vida, a virtude, etc.
Dualidade que nos obriga a concebermos dois mundos: um governado pelas leis mecânicas da matéria, e o da alma, não sujeito a tais leis. 
Por outro lado, é interessante notar que a idéia de alma tenha mudado muito com o tempo, Aristóteles, por exemplo, dizia que o homem só possui alma porque seria capaz de calcular. Hoje, porém, qualquer computador calcula melhor e com mais rapidez que qualquer humano, sem a menor necessidade de uma alma (ou deveríamos, por isso, admitir-lhes uma?). Porém, foi mais fácil readaptá-la a estas novas situações, do que negá-la.
Muitos diriam que isto se deve a uma maior aquisição de conhecimento com relação a alma, enquanto outros, ao contrário, diriam que se deve a uma recriação e readaptação do velho conceito de alma aos nossos novos conhecimento sobre o mundo, já que sem esta adaptação tal conceito desapareceria por completo, frustrando com o desejo de imortalidade de muitos.
Contudo, em um certo sentido, a idéia de alma, torna-se sim um conceito inútil, pelo menos com relação a imortalidade, pois, como demonstraram os antigos judeus, pode-se pensar em imortalidade sem recorrer a tal conceito.
Para estes não haveria um elemento intrínseco indestrutível em nós, capaz de tornar cada ser humano eterno, como a alma. Tudo dependeria da livre vontade de um Deus, que permitiria que alguns fossem eternizados, enquanto outros seriam destruídos. Pois, o que este Deus pode criar, também pode destruir.
O que é extremamente estranho à cultura ocidental. Contudo, demonstra bem as várias fases pelas quais tem passado a velha idéia de alma, desde a existência desta aceita como dogma, como na idade média, em que era queimado vivo quem discordasse da existência desta, à total exclusão e substituição desta, por meio da descoberta do DNA, do código da vida, que tornou possível a existência de organismos vivos em nosso planeta, e hoje é visto como um possível elemento de continuidade da vida individual, através de técnicas como a clonagem, ou o congelamento de células de um corpo, para uma futura reprodução do mesmo.
DEFININDO A ALMA
“Um diz que a alma do homem faz parte da substância do próprio Deus; outro que ela é parte do grande todo; um terceiro, que foi criada por toda a eternidade; um quarto, que foi feita e não criada; outros garantem que Deus as forma à medida que vai precisando delas e que chegam no momento da cópula. ‘Estão alojadas nos animálculos seminais’, proclama este. ‘Não’, assevera aqueloutro, ‘vão habitar nas trompas de Falópio.’ ‘Enganam-se todos redondamente’, opina um recém-vindo: ‘a alma espera seis semanas até que o feto se forme e só então ocupa a glândula pineal; mas, se depara com um germe falso, volta para trás, aguardando ocasião mais propícia’”. (VOLTAIRE)                                                                                                                                                                         
Definir o que é a alma é extremamente difícil, complicado, mesmo (quiçá impossível), primeiro porque ao tentar defini-la sempre usaremos termos físicos, porém, ela é pré-definida como não-física. O que a torna indefinível. Por exemplo, se tento definir alguém, seu ser, sua essência, enfim, sua alma, sempre usarei características físicas, e se tento excluir tais características, chegarei ao nada. Concluindo, enfim, que o que define um ser é, ao contrário, suas qualidades físicas.
No entanto, muitos ao ignorarem tal dificuldade, e ao forçarem uma definição, a descrevem, como: não existindo no espaço, não criada pela matéria, não visível a observação pública, não detectável por nenhum instrumento físico, etc. Não percebem que são apenas modos invertidos de descrever a matéria. E, assim, usam a mesma linguagem oriunda da observação desta. Caem, portanto, no mesmo erro descrito acima.
Porém, a alma sempre é vista como o núcleo da personalidade: a unidade, a identidade de uma pessoa, seu eu permanente.
Contudo, percebemos que nem sempre nossa personalidade foi a mesma: não somos os mesmos de quinze anos atrás, nem à dez, nem à cinco. Podemos dizer que não somos os mesmos de quando criança, tanto mental quanto físico: somos, portanto, uma constante mudança. Logo, a idéia da alma como identidade, também é falsa.
A IDÉIA DE ALMA E O PROGRESSO CIENTÍFICO
Se a alma e o corpo são definidos como dois elementos radicalmente distintos, opostos, com leis independentes, entre si; o primeiro visto como a sede da consciência, como pensamento puro, e o outro, como simples matéria organizada. Como seria possível, então, que um pudesse agir sobre o outro?
Como seria possível que o CORPO, “inferior” e material, pudesse agir sobre a ALMA, “superior” e “imaterial”, gerando, assim, as sensações?
Não podendo conceber isso, várias foram as soluções dadas para tal problema, desde as mais fantasiosas, que concebiam que a alma teria o poder de tirar idéias de seu próprio ser, independente do mundo, por meio de idéias inatas, o que contrariava a clara idéia do aprendizado por meio da experiência, como a de Santo Agostinho (354 – 430), que afirmava que apenas nossos órgãos sensoriais sofreriam as ações dos objetos exteriores, mas o mesmo com a alma não poderia acontecer, já que o inferior não poderia agir sobre o superior. Contudo, ela perceberia todas as mudanças sofridas no corpo e, sem nada sofrer, tiraria de si própria, independente do corpo, uma imagem semelhante ao objeto. Essa imagem, que seria a sensação provocada pelo objeto, não seria passividade, sofrida pela alma, mas apenas ação, como cabe a um ser superior. E Deus seria o mediador entre os órgãos das sensações e as idéias correspondentes, iluminando a alma, e dela fazendo brotar as idéias continuamente.
Ou àquelas que se revestiam de um aspecto científico, como a de René Descartes (1696 – 1650) que, movido por crenças místicas, imaginou a morada da alma na glândula pineal. Glândula localizada no centro do cérebro; e daí, por intermédio dos espíritos animais, espécies de fluídos semi-materiais, produzidos pelo calor do coração, das partes mais tênues do sangue, passaria e receberia informações do corpo, e por meio deste, do mundo.
Porém, todas as soluções concebiam um terceiro elemento, pela qual tal relação fosse possível, como ainda hoje, em certos meios espiritualistas, em que se concebe o “CORPO ASTRAL” ou “PERISPÍRITO”, que é tido como o intermediário entre a alma e o corpo.
Este Corpo Astral ou perispírito, como dizem, “é o intermediário entre o corpo mental [ALMA] e o corpo carnal. Ele se liga ao corpo mental, partícula por partícula, por intermédio da vibração inteligente, que é contínua e ininterrupta. Por meio de cordões fluídicos, liga-se ao cérebro e ao coração.” 1
O problema é que este terceiro elemento (Deus, espíritos animais, perispírito, etc.) é tão, ou mais, complicado, relativo e subjetivo, quanto os outros elementos (corpo e alma), e a relação dos mesmos. O que torna ainda mais complicada tal relação, que tentam, justamente, explicar.
Para que fossem explicados, por exemplo, estados de consciências, ou a simples influência de determina substância na mente de alguém, seria necessário recorrer a esses elementos misteriosos. O que geraria discussões místicas complicadas e intermináveis, sobre a alma de alguém, e não explicações práticas e eficazes.
Descartes, por exemplo, recorreu a idéia de alma, bem como a noção de idéias inatas, para descrever os sentimentos, o conhecimento, as idéias e as paixões.
Por outro lado, se se pode explicar, eficazmente, comportamentos, ou a ação de uma substância, recorrendo apenas ao cérebro, por que não continuar deste modo simples e efetivo? Para que complicar tanto, ao recorrer a essas entidades misteriosas, e complicar ainda mais o problema? Foi o que pensaram muitos investigadores da mente. E, assim, a idéia de alma tornou-se desnecessária como fonte de explicação, ganhando a humanidade, em troca, tratamentos eficazes ao combate de doenças e distúrbios mentais.
Contudo, não foi o bastante para afastar de vez a idéia de alma das especulações científicas.
A ANATOMIA DA ALMA: O CASO PHINEAS GAGE
Muitas das respostas às pretensas perguntas em relação a suposta existência da alma, ou de sua inexistência, poderiam ser respondidas cientificamente. Porém, por questões éticas, estas são inviáveis, pois, exigiria experiências drásticas em seres humanos. Como, por exemplo, as que foram feitas em cachorros, na década de 50, na antiga União Soviética, em que enxertaram a cabeça, dorso e patas dianteiras de um cão em outro, mantendo-os assim por alguns dias. Ou a manutenção da cabeça decepada viva de um cão, por alguns minutos, por meio de um aparelho que simulava as funções de seu organismo, feita pelo médico soviético Sergei Brukhonenko.



Como nos relata Alex Boese: “Brukhonenko exibiu uma cabeça viva de cachorro em 1928 diante de uma audiência de cientistas internacionais no Terceiro Congresso de Fisiologistas da URSS. Para provar que a cabeça sobre a mesa realmente estava viva, ele a fez reagir a estímulos. Brukhonenko bateu com uma marreta na mesa, e a cabeça hesitou. Lançou luz em seus olhos, que piscaram. O médico chegou a ponto de alimentá-la com um pedaço de queijo, que imediatamente caiu pelo tubo esofagueal do outro lado.” 2
“Nos anos sessenta um neurocirurgião de Cleveland chamado Robert J. White juntou um cérebro de cachorro isolado a um segundo cachorro para ver se poderia ter alguma ação do cérebro recentemente desabrigado. A experiência foi um sucesso, se você considerar um cão com dois cérebros funcionando um ‘sucesso’, como White o fez.” 3
Por meio de tais experiências pôde-se saber que, se os cães possuem alma, esta não está necessariamente presa ao resto de seu corpo, mas sim a um órgão vital: o cérebro. O que não seria muito diferente da hipótese contrária, mas trouxe novos conhecimentos. Conhecimentos que podem descartar novas teorias a respeito da alma.
Contudo, em alguns casos, não há necessidade de experiências drásticas, mas pode-se contar com informações já dadas, como, por exemplo:
É sabido que pessoas que tiveram membros amputados, como mãos, pernas e braços, mesmo tendo essas partes amputadas, ainda sentem dores imaginárias em tais partes. O que significa que o cérebro constrói uma imagem falsa de nós próprios, que não condiz com a realidade. O que pode ser expandido para idéia de alma, tida como uma unidade de nossa personalidade.
 E o famoso caso de Phineas Gage.
Phineas Gage foi um supervisor de construção de ferrovias americano, que em 1848 houve um acidente com ele em pleno trabalho, que possibilitou à ciência evidências de que partes específicas do cérebro comandam nossa personalidade.
Ao supervisionar a colocação de explosivo, a fim de explodir uma enorme pedra, Phineas Gage, comprimiu a carga explosiva com um bastão de ferro, que com contato com a pedra expeliu faíscas, dando inicio a explosão.
O bastão, devido a força da explosão, perfurou seu cérebro de um extremo à outro, desde baixo de seu olho esquerdo ao topo de sua cabeça.



O que chamou a atenção em tal acidente, além, claro, de sua sobrevivência, foi que Gage, então um homem trabalhador, educado, culto e metódico, tornou-se após o acidente o oposto do que era: um homem grosseiro, desrespeitador, irresponsável e preguiçoso, que vivia agora das gorjetas que ganhava contando sua história.
Sua mudança de comportamento foi visto como o efeito da destruição de parte de seu cérebro, que comandariam características de personalidade relacionadas a estas.
Claro que se pode sempre contestar tais idéias, pois o que deveríamos esperar de alguém que sofre tão drástico acidente, além de que as experiências desagradáveis tenham gerados traumas e complexos que tenham mudado profundamente seu comportamento. Porém, tal acidente é visto hoje como a prova da materialidade da personalidade, já que o mesmo efeito é visto em outros indivíduos, provocados por outras causas, como tumores, que destroem as mesmas áreas cerebrais responsáveis por tais mudanças de personalidade.



Ao qual se juntaram antigas descobertas, como a de Paul Broca (1824 – 1880) e a sua descoberta, no cérebro, do centro da linguagem articulada.
Porém, vozes se levantaram contra a teoria do cérebro como a sede de nossa personalidade, como a de Henri Bergson.
BERGSON E SUA CRÍTICA À TEORIA DA MATERIALIDADE DA ALMA
Ao analisar os distúrbios de memória, como no caso das afasias, em que o indivíduo não consegue lembrar do sentido de certas palavras, o filósofo Henri Bergson (1859 – 1941), contestou a teoria da materialidade da memória.
A afasia é o resultado de lesões cerebrais correspondentes às áreas cerebrais responsáveis pela memória. E ao contestar a materialidade da mesma, as idéias de Bérgson tornaram-se um refúgio para as teorias espirituais.
Para Bergson, longe do funcionamento do cérebro demonstrar a materialidade da consciência, demonstraria antes a atividade contínua e ininterrupta da atividade do espírito, da alma, como se poderia ver analisando a memória.
Pois nenhuma atividade humana é possível sem o auxílio da memória. É graças a ela que reconhecemos as coisas, sua utilidade, seu valor, seus efeitos, etc. A memória é o fundamento do presente, é por meio dela que moldamos nossa atividade presente pelas experiências passadas. E nesse processo, as atividades repetidas gerariam memórias fundamentais para nosso reconhecimento prático do mundo.
Estas memórias seriam liberadas para a consciência todas as vezes que houvesse necessidade de reconhecimento das coisas, como as palavras. Tal atividade caberia ao cérebro, que filtraria as memórias visando apenas seu valor prático, de reconhecimento.
Por isso, o afásico se sentiria um estranho no mundo, pois nele o cérebro não cumpriria sua função de liberar as memórias de reconhecimento prático das coisas, dos objetos, das palavras, do mundo.
Contudo, sua memória continuaria ali, intocável, não criada pelo cérebro, apenas ordenada e selecionada, por seu valor prático, pelo mesmo.
Portanto, se o cérebro não pode explicar a origem da memória, pode, no entanto, explicar o seu esquecimento, tanto o normal, quanto o patológico:
Do esquecimento normal, pela seleção da memória visando apenas seu valor prático de reconhecimento do mundo. Do patológico pela destruição das partes cerebrais envolvidas na ordenação e seleção do valor prático da memória.
Deste modo, Bergson ao reinterpretar o espírito, a alma, como a sede da memória, a reinterpreta também, por conseqüência, como sede da consciência, e o cérebro, como apenas, órgão ordenador, selecionador da memória, mas não seu criador, restabelecendo, assim, novamente a alma, como sede da personalidade, da inteligência, da vida.
Trocando em miúdos, para Bergson a relação do cérebro com a alma, dá-se da mesma forma que a do pintor com seu pincel, pois “se o corpo humano é o instrumento de que se serve o espírito para dar existência material às suas manifestações, claro está que qualquer alteração no funcionamento deste corpo deturpará, consequentemente, suas relações harmônicas com o espírito. Um pintor não poderá obter tela perfeitas se trabalha com pincel defeituoso; uma máquina defeituosa não poderá produzir materiais perfeito mesmo que o operário que a dirige seja competente e cuidadoso.” 4
De modo geral, as críticas de Bergson não provaram a existência do espírito, da alma, mas ajudaram muito, naquele tempo, a mantê-la como uma idéia possível, e talvez tenha sido a última das grandes tentativas de prová-la com argumentos científicos.
CONCLUSÃO
Por tudo que foi dito, o problema da existência da alma, parece encaminhar-se para uma provável afirmação da inexistência da mesma. O que de modo algum, como foi visto no início, pelo menos em um sentido religioso, implica na crença de uma inexistência da vida após a morte, como bem vira os antigos judeus, fato que parece combinar com os relatos da ressurreição do judeu Jesus Cristo, como se pode ver nos relatos da vida deste personagem, em que este vence a morte deixando para trás um túmulo vazio. Pois se a crença na relação entre a alma e o corpo fosse levada de modo coerente, haveria um corpo morto ocupando tal túmulo.
Mas, se a crença na idéia da alma parece ser falsa de onde, então, teria vindo?
Talvez, o sentimento que melhor descreva a suposta relação entre corpo e alma - e que bem possível a tenha originado - seja a sensação que se origina todas as vezes que nosso corpo não consegue acompanhar nossas experiências, ou nossa vontade. Como o atleta, que devido a idade, é incapaz de repetir suas performances anteriores, seu corpo já não acompanha mais as suas experiências adquiridas, ou sua vontade, sentindo-se, pelas suas limitações, como uma espécie de prisioneiro em seu próprio corpo debilitado.
Este sentimento, cria um misto de estranheza e separação em relação à nós próprios. E pode ser visto, frequentemente, como a descrição dada da relação entre corpo e alma, feita por muitos místicos, como os antigos gnósticos que concebiam o corpo como a prisão da alma. O que reforça ainda mais uma explicação psicológica, principalmente quando vista pelas sensações produzidas pelos sonhos, em que comumente nos sentimos capazes de alcançar regiões que seriam inacessíveis aos limites do corpo. O que, certamente, muito inspirou, e tem inspirado as idéias sobre a relação entre corpo e alma.
Como bem viu Raymond Ruyer, “se nossos olhos estivessem colocados de tal modo que não pudessem visualizar nenhuma parte de nosso corpo, se nossas mãos só pudessem tocar seres diferentes de nós, se os espelhos não existissem, seríamos muito menos levados a cair na ilusão da dualidade corpo-alma”.

FONTES:
1. Trajetória Evolutiva - Felino Alves de Jesus
2. http://www.ceticismoaberto.com/ / matéria: os 20 experimentos mais bizarros da história
3. http://www.ceticismoaberto.com%20/ matéria: uma breve história das cabeças de cachorros decepadas
4. Trajetória Evolutiva - Felino Alves de Jesus
5. Baseado no blog: obraspsicografadas.haaan.com
6. obraspdicografadas.haaan.com / matéria: uma análise do caso Ilda Mascaro Saullo
7. Idem
8. Idem
9. Idem
10. http://www.ceticismoaberto.com/ / matéria: o caderno de Chico Xavier
11. Idem

12. Idem  

quarta-feira, 9 de julho de 2014

PEQUENO DISCURSO À NAÇÃO BRASILEIRA (por Bosco Silva)



Passada algumas horas desde que a Alemanha pintou o sete (gols) sobre o Brasil, o brasileiro começa a descobrir que o mundo não acabou, que o futebol é apenas um esporte, e que vencendo ou perdendo a copa, nada muda em nossas vidas: continuamos vivendo uma diferença brutal entre pobres e ricos, num sistema educacional falido, sem usufruir de direitos mínimos, como bons meios de transporte; e que a seleção brasileira não é e nunca foi “a pátria de chuteiras”, e que melhor que tudo: venceu a competência alemã em cima do improviso, da gambiarra, do maldito jeitinho brasileiro. Fica cada vez mais claro que o brasileiro tem que encontrar outros modos de que possa se orgulhar além do fútil futebol brasileiro, que apenas gera alegria superficial e passageira.

sábado, 5 de julho de 2014

HISTÓRIAS QUE NOSSAS MÃES NÃO NOS CONTAM



Sabe aquela história que o lobo mau comeu a vovozinha e também quis comer a Chapeuzinho Vermelho? A verdade é que você não sabe de nada, inocente. Esta é a história que nossas mães nos contam. O que elas não nos contam é que o lobo comeu a velha e ela gostou muito e quis outras noites também, e quando Chapeuzinho perguntou ao lobo na cama, disfarçado de vovó, “Vovó por que esses olhos tão grandes? Ele disse “É para ver melhor esse corpo lindo que você tem”. “E para quê esta língua tão grande?” O lobo então respondeu “É para lhe lamber todinha”. E quando Chapeuzinho, rindo com o dedinho na boca, disse, finalmente, “E para quê esse pau tão grande, vovozinha?”. “Quer mesmo saber? É pra te comer a noite inteira”, disse o lobo tirando as roupas...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

MEU PEDACINHO DE SEIO (por Bosco Silva)



Que o povo brasileiro abusa da sensualidade não é novidade a ninguém, assim como não é novidade a excessiva erotização de programas infantis brasileiros. A mais nova cena desta tradição brasileira foi o aparecimento da bela atriz Bruna Linzmeyer (acima) com seus belos seios quase que totalmente amostra em uma cena da novela "infantil" Meu Pedacinho de Chão.
E pensar que tudo começou com ela:


terça-feira, 1 de julho de 2014

RESENHA: A DANÇA DA MORTE E OUTRAS HISTÓRIAS DE SUSPENSE E MISTÉRIO



A MARAVILHOSA ARTE DO MEDO
"A emoção mais forte e mais antiga do homem é o medo, e a espécie mais forte e mais antiga de medo é o medo do desconhecido. Poucos psicólogos contestarão esses fatos e a sua verdade admitida deve firmar para sempre a autenticidade e dignidade das narrações fantásticas de horror como forma literária". H.P. Lovecraft

Qual o motivo para que histórias envolvendo fantasmas, assassinos seriais, canibalismo, assassinatos misteriosos etc, despertem prazer em tantas pessoas, ao ponto de criar em alguns sentimento de desconfiança em relação ao gosto daqueles que se divertem com assuntos tão mórbidos?