quarta-feira, 17 de junho de 2015

POEMAS PARA A DEFUNTA



POEMAS PARA A DEFUNTA
de Braulio Tavares
Quando sua noiva Alice morreu, depois de meses de luta contra uma doença implacável, Karl pensou que iria enlouquecer. Durante o velório e os preparativos para o sepultamento, parentes se revezaram ao seu lado, atentos a qualquer gesto de desespero. Sabiam o quanto ele era emotivo, melodramático, precisava externalizar tudo que sentia. Viram com alívio, contudo, que ele dedicou aquela última e interminável noite à compilação de todos os poemas que escrevera para Alice, principalmente durante as semanas de sua agonia final. Na manhã seguinte, na hora das últimas despedidas antes de fechar o caixão, ele aproximou-se, ficou alguns minutos murmurando algo em voz baixa, e por fim colocou entre as mãos postas dela o grosso maço de folhas manuscritas, atadas com uma fita de seda: os poemas, sem cópia, que pertenciam a ela e só a ela. E assim foi enterrada.

FRANCÊS BRIGA COM FACEBOOK POR CAUSA DE VAGINA



Qual a diferença entre uma obra de arte e uma cena de pura pornografia? Quais os critérios para diferenciar uma da outra? Ou em algumas circunstâncias seria impossível diferenciá-las? É o que está sendo levantado por uma disputa envolvendo um quadro do pintor francês Gustave Courbet, um professor francês e o Facebook.
O quadro de Coubert chama-se A Origem do Mundo, pintado em 1866, em que o pintor francês mostra em detalhes a vagina e o ventre de uma mulher deitada em uma cama com as pernas abertas, atualmente exposto no Museu d´Orsay.


A disputa entre o professor francês, que não teve seu nome divulgado, e o Facebook começou quando aquele publicou em seu perfil o polêmico quadro, e, devido a política de proibição de corpos nus e pornografia, adotada pela empresa americana, teve seu perfil apagado.
O professor recorreu a um tribunal francês, argumentando que o Facebook não possui critérios para diferencia uma obra de arte de uma cena pornográfica.