Nossa cultura tem nos ensinado que somos independente da natureza; mas isso não é verdade, pois somos parte dela.
Ao voltarmos a nos conceber como parte da natureza, nós nos sentimos como parte de um grande todo, nos sentimos novamente completos, com planos predefinidos pela natureza. Isso nos enche de plenitude e felicidade.
A condição de morarmos em grandes cidades, de pleno concreto, nos afastou da natureza (por isso os crescentes casos de depressão e ansiedade de nosso tempo), mas não acabou com o sentimento de fazermos parte dela. E o homem longe dela, se sente incompleto, o que gera tristeza, desarmonia, depressão, e o poderoso sentimento de que nos falta algo. Os Pastores dirão que o que nos falta é Deus, mas não, o que você sente é a necessidade de comungar com a natureza, e você se harmonizando com a natureza exterior, acabará se harmonizando com sua própria natureza interior.
A vontade de comungar com a natureza deu origem aos deuses, e o que são os deuses se não a natureza personificada em uma imagem de uma criatura religiosa com formas humanas? Contudo, o único deus que existe é a natureza, a única que é infinita, toda poderosa, onisciente, infinitamente criadora e eterna.
Por isso precisamos, de tempos em tempos, ver o mar, o rio, sentir o cheiro de mato, os cantos dos pássaros, cultivar uma planta, ou criar um animal, para podermos harmonizar nossa natureza interior com a natureza exterior que nos cerca, e que nos originou, para evitar desarmonia em nosso próprio eu, que também se manifestará em forma de desarmonia química em nosso cérebro, causando mal humor, melancolia, ansiedade e depressão.
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