domingo, 18 de setembro de 2016

RESENHA DO FILME “DEUS NÃO ESTÁ MORTO”



RESENHA DO FILME “DEUS NÃO ESTÁ MORTO”
O filme ‘Deus não está Morto’ conta a história do confronto entre o aluno universitário Josh Wheaton e seu professor de filosofia, conhecido por seu ateísmo radical. O confronto inicia-se quando seu professor pede aos alunos que escrevam em uma folha de papel, a fim de encurtar discussões, “Deus está morto”. Josh é o único da turma que tem crise de consciência e não realiza o pedido. Em contra partida seu professor lhe diz que então terá que defender sua crença perante os alunos, e que se não conseguir, terá pontos descontados para passar na matéria. Conclusão, Josh torna-se um defensor de Deus, enquanto seu professor torna-se o acusador e o pequeno público de alunos, o júri.


O filme também conta, paralelamente ao tema principal, a conversão de outros personagens ao cristianismo: um aluno oriundo da China - país comunista, em que o ateísmo faz parte de sua ideologia política; uma aluna cuja família pertence ao Islamismo - religião para a qual os cristãos são vistos como infiéis.



O filme é extremamente desonesto, pois ao apresentar o professor de filosofia e seus colegas de profissão como pessoas arrogantes, com sentimento de superioridade, cheios de si, e os cristãos como pessoas humildes, calmas e sábias, acaba por demonizar os ateus, como pessoas maldosas e desagradáveis e os cristãos como pessoas que sempre gostaríamos de ter por perto. É desonesto também com o pensamento defendido pelo professor de filosofia, pois próximo ao final do filme descobrimos que o tal professor é ateu não porque seu ateísmo é a conclusão de sua experiência, de seu raciocínio e de seu conhecimento, mas é o resultado de um trauma de infância, quando sua mãe adoeceu de câncer e Deus não a livrou da morte. Ou seja, ele não é alguém que não acredita na existência de Deus, mas apenas alguém que odeia Deus por pura ignorância de não saber como Deus age. Isto também passa para aqueles que acompanham o filme, a ideia de que ateus são ateus apenas por não aceitarem e ignorarem os planos de Deus.
O filme também se baseia em puro preconceito contra ateus e pessoas com crenças diferentes da religião cristã. Um desses preconceitos é usado quando seu protagonista, ao defender a crença em Deus, usa contra o ateísmo um argumento tirado do escritor Dostoievski: “Se Deus não existe, então tudo é permitido”. Este argumento é usado pelo protagonista para afirmar que a crença em Deus é a base para que o ser humano possa distinguir o bem do mal, e também para afirmar que os ateus são pessoas que por não acreditarem em Deus são capazes de tudo, incluindo as mais terríveis ações.
É evidente que este argumento é superficial de mais, pois ateus são pessoas como outras quaisquer, que temem a lei dos homens, temem seus desprezos, que amam, e que, por isso, evitam de magoar pessoas e cometer crimes.
No final do filme, como seria de esperar, o estudante cristão convence a todos que Deus não está morto.   

Um comentário:

  1. - Filme interessante, confere aos crentes a segurança para alicerçar seu caminho religioso. Boas citações bíblicas, boas teorias e conclusões sobre a orígem do universo e a dualidade do bem e do mal, como parte da trajetória humana. O final é que foi despido de emoções e bastante previsível. Deixou, propositalmente, em aberto, os casos secundários enfocados, por isto não lhe fiz uma avaliação melhor. Oito, em dez, creio, é o que é, quando poderia ter sido melhor finalizado. Mas valeu muito a pena assistir, analisar e concluir.

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