COMENTÁRIO SOBRE TEXTO DE
IDALÉCIO LOPES FEITO NO FACEBOOK:
De fato, ser ateu não é
uma questão de escolha, nasce de muita observação e análise das contradições,
incoerências e, sobretudo, das fragilidades do pensamento religioso; é um ato
extremamente racional, que requer bastante conhecimento; ao contrário do pensamento
religioso, que tem suas origens na emoção, e muitas vezes, no puro consolo.
Porém, não entendi o que você quis dizer com "Se eu conseguisse escolher, com certeza, escolheria ser ateu. SERIA TUDO MUITO MAIS FÁCIL". Fácil em que sentido? (Sinto aí certo preconceito religioso, que contradiz sua afirmação de não ser religioso). Não, não meu caro Idalécio Lopes, ser ateu é algo bastante difícil, pois é encarar a vida sem ter nenhum consolo para aquilo que todos os seres humanos temem, a morte de si próprio ou de quem amamos; é contar apenas consigo próprio ou com o ser humano, sem a possibilidade de recorrer a um paizão todo-poderoso e eterno pronto a lhe ajudar a qualquer momento; é não poder se sentir especial crendo ser a maior obra de um criador infinitamente sábio que criou o universo e tudo que nele há apenas para os humanos; é não ter a possibilidade de, após morrer, ter 70 virgens (como pensam os fundamentalistas islâmicos) ou ter o paraíso como prêmio (como creem os cristãos); e o pior de tudo, é ser discriminado pela maioria religiosa, como alguém sem moral e sem bondade, como um criminoso potencial. Por isso é fácil entender porque existem poucos ateus e tantos religiosos.
Porém, não entendi o que você quis dizer com "Se eu conseguisse escolher, com certeza, escolheria ser ateu. SERIA TUDO MUITO MAIS FÁCIL". Fácil em que sentido? (Sinto aí certo preconceito religioso, que contradiz sua afirmação de não ser religioso). Não, não meu caro Idalécio Lopes, ser ateu é algo bastante difícil, pois é encarar a vida sem ter nenhum consolo para aquilo que todos os seres humanos temem, a morte de si próprio ou de quem amamos; é contar apenas consigo próprio ou com o ser humano, sem a possibilidade de recorrer a um paizão todo-poderoso e eterno pronto a lhe ajudar a qualquer momento; é não poder se sentir especial crendo ser a maior obra de um criador infinitamente sábio que criou o universo e tudo que nele há apenas para os humanos; é não ter a possibilidade de, após morrer, ter 70 virgens (como pensam os fundamentalistas islâmicos) ou ter o paraíso como prêmio (como creem os cristãos); e o pior de tudo, é ser discriminado pela maioria religiosa, como alguém sem moral e sem bondade, como um criminoso potencial. Por isso é fácil entender porque existem poucos ateus e tantos religiosos.
O ateu é um verdadeiro herói, que pratica a
bondade sem precisar pensar no prêmio de um paraíso ou numa vida após a morte,
é um ser de fibra. E se eu fosse um deus me orgulharia muito mais dos ateus do
que dos frágeis e bajuladores religiosos, como se um verdadeiro deus precisasse
disso!
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