PRÁTICAS SEXUAIS PROIBIDAS PELA IGREJA QUE LEVAVAM À MORTE

 PRÁTICAS SEXUAIS PROIBIDAS PELA IGREJA QUE LEVAVAM À MORTE

Houve um tempo em que a Igreja Católica comandava o mundo com mãos de ferro. Aqueles que não obedeciam seus dogmas, ou não frequentassem seus cultos, não compartilhassem de suas ideias, não fossem capazes de confiar plenamente na autoridade da igreja e de sua “santidade”, o papa, corriam o risco de ser mandados para as galés, para a prisão e tortura, esquecidos em calabouços sujos, ou serem mortos queimados na fogueira em praça pública, bem à vista de todos para servirem de exemplo.

Era o período da “Santa Inquisição”, tribunal católico encarregado de julgar e condenar fiéis por comportamentos que não eram tidos como dignos de um cristão, e em que padres tinham o pleno poder sobre a vida e a mente de seus devotos, e o que não pertencia as “sábias leis” da igreja, pertenceria ao Diabo e ao seu mundo de perdição. E é claro que nesse mar de proibições, a vida sexual de seus fiéis era um grande motivo de eterna vigilância da igreja. Abaixo, os comportamento sexuais mais perseguidos pela igreja ao longo dos séculos.

MASTURBAÇÃO MASCULINA

Embora hoje a masturbação masculina seja considerada normal e até saudável, como forma de se conhecer o próprio corpo, a verdade é que nem sempre foi assim. Graças a grande influência da igreja católica, a masturbação masculina foi associada a uma personagem bíblico que desagradou a Deus, por isso tal atividade sexual foi por muito tempo chamada de Onanismo, por alusão a Onã, personagem bíblico que, após a morte de seu irmão mais velho, pelas leis judaicas, tornou-se esposo da viúva daquele.

Porém, como todos os seus filhos com a viúva de seu irmão seriam considerados descendentes de seu irmão, não filhos dele, Onã preferia, durante as relações sexuais com a mulher, despejar seu sêmen fora do corpo dela a fim de evitar de engravidá-la. Isto desagradou a Deus, que como castigo lhe tirou a vida. Assim graças a associação a Onã, e sua atitude de desperdiçar seu sêmen, a masturbação masculina passou a ser visto como algo pecaminoso, que muito desagradaria a Deus. A noção de pecado associado a masturbação masculina ficou tão forte na mente de devotos cristãos, que chegou a influenciar a psiquiatria, levando a crença, adotada por psiquiatras, de que a masturbação seria prejudicial ao corpo e a mente do indivíduo, podendo até mesmo levá-lo à loucura.

“DE QUATRO”, A POSIÇÃO SEXUAL PROIBIDA

Uma das mais populares posições sexuais, a famosa posição conhecida como "de quatro", era chamada pelas autoridades católicas de "coitus more canino" (coito ao modo dos cães), e fora proibida pela igreja católica. Padres "celibatários" desaconselhavam tal posição aos devotos cristãos por acharem que tal posição era indigna por se assemelhar aos animais durante suas relações sexuais. Você podia ser condenado pela igreja por simplesmente praticá-la.

SEXO ANAL

O sexo anal podia levar à prisão, se praticado em mulheres por desperdiçar o sêmen masculino, ou à morte, caso praticado entre homens, por estar associado ao homossexualismo, expressamente proibido pela igreja. O mais curioso é que mesmo com toda a proibição ao sexo anal vindo da igreja católica, houve seitas cristãs que estimulavam o sexo anal e a homossexualidade. Uma dessas seitas era o Catarismo, seita cristã cujos devotos acreditavam que a alma havia sido criada por Deus, porém o corpo humano e o mundo material havia sido criado pelo Diabo, que teria aprisionado a divina alma imaterial na demoníaca matéria. Por isso os devotos do Catarismo evitavam contatos sexuais. Porém para aqueles que ainda não tinham vencido a tentação do sexo, lhes era permitido a homossexualidade e o sexo anal, impedindo-os de procriar e trazer novas almas para a perdição da matéria.

O Catarismo se expandiu tanto que entre os anos de 1100 e 1200, a igreja católica moveu uma verdadeira cruzada para acabar com tal heresia, destruindo cidades e matando todos seus seguidores.

Curiosamente, o sexo anal ainda hoje é proibido por lei em alguns estados dos Estados Unidos, sem dúvida, devido a influência religiosa.

HOMOSSEXUALIDADE

Levados pelos ensinamentos bíblicos, que ensina claramente que o castigo pela prática de atos homossexuais é a morte, muitos homossexuais foram mortos, queimados na fogueira, pelo tribunal católico da Santa Inquisição.

Homossexuais masculinos também eram chamados de “sodomitas”, em alusão a cidade de Sodoma, em que, segundo devotos cristãos, Deus havia destruído a cidade e matado seus habitantes, poupando apenas a família de Ló.

Devido a associação da homosexualidade ao castigo divino, a homossexualidade foi até época recente vista como doença e crime, acarretando prisão a quem fosse denunciado como homossexual.

INCESTO

O incesto, nome dado a relação sexual entre membros de uma família ou entre parentes, certamente é a proibição sexual mais contraditória que há no Cristianismo, pois embora seja extremamente proibida a prática entre devotos cristãos, ela foi largamente usada em várias momentos bíblicos, onde após a destruição do mundo, coube a uma família a tarefa de reconstruir a humanidade.

Foi assim quando o Deus cristão destruiu o mundo com o dilúvio, cabendo a família de Noé a reconstrução da humanidade; foi também o que aconteceu após a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, cabendo a tarefa de reconstrução da humanidade, as filhas de Ló que, após embebedarem o pai, fizeram sexo com ele; e também a primeira família criada, a de Adão e Eva, que, segundo a bíblia, deu origem a humanidade.

É curioso notar que ao mesmo tempo que o incesto é expressamente proibido pelos devotos cristãos, ele é permitido pelo Deus cristão como forma de reconstruir a humanidade destruída por ele próprio.