Com a recente descoberta do coronavírus, e com a afirmação de que sua transmissão ao ser humano se deu por meio da sopa de morcego, servida na China, a culinária exótica praticada nos países orientais, notadamente na China, volta a ser motivo de indignação e revolta dos habitantes do ocidente.
Para a culinária chinesa quase tudo que é vivo pode se tornar comida. É possível encontrar escorpiões, aranhas, sapos, centopeias, servidos em espetinhos nas ruas das cidades chinesas, além de larvas de insetos, ratos, girinos, cobras, e também, claro, a tradicional carne de cachorro, motivo de indignação naqueles que veem esse animal apenas como animal de companhia.
“Ah, na China Eles Comem de Tudo!”
Antes de atacarmos a China e sua exótica culinária, é preciso que tenhamos em mente que a China possui uma cultura antiga e o povo com maior quantidade de habitantes do mundo, são quase 1 bilhão e meio de pessoas hoje, e que mesmo na antiguidade deveriam ser também numerosos; digamos: 500 anos antes de Cristo já devia ter chinês pra chuchu, bem mais do que outros povos; já pensou na dificuldade de alimentar tanta gente? Foi-lhes, pois, preciso que encontrassem alimento em tudo que fosse mais abundante e mais fácil de ser obtido. Havendo pouca possibilidade de escolha. Sendo assim, se um animal, digamos um morcego, existia em abundância e não era venenoso, ou mesmo que fosse, e tivesse modo de tirar-lhe o veneno, por que não comê-lo? E como a cultura chinesa é antiga, e sendo a China um país que preza pela tradição, hábitos alimentares antigos chineses permaneceram como pratos tradicionais de sua culinária, assim como hoje, passados mais de cem anos do fim da escravidão, ainda comemos a feijoada, tida como invenção dos escravos, feitas com partes de carnes que seriam jogada fora.
“Nossa! Na China eles comem Cachorro!”
Saber que cães faz parte de pratos chineses, choca a maioria dos ocidentais, que se acostumaram a ver cães apenas como animais de estimação, porém, para chineses, as coisas são bem diferentes. Há evidências de que cães já era parte da alimentação de chineses desde a dinastia Qin, há mais de 221 anos antes de Cristo. Há também evidências de que, no extremo oriente, os cães começaram a ser domesticado não com a intenção de servirem apenas de companhia, mas para servirem de alimentos, desde 16 mil anos atrás. O manual médico chinês “Bencao Gagmu”, de 1578, descrevia a carne de cão como alimento que fazia muito bem para os ligamentos, circulação sanguínea e a digestão.
Embora, nós, ocidentais sejamos criados com a ideia de que cães não são animais que sirvam de alimentação, sendo somente animais de estimação, a verdade é que isso é apenas um costume cultural, nenhum animal nasce com as etiquetas “Animal de Estimação”, Animal para Alimentação”. Por que cães e gatos nasceriam apenas para nos alegrar, enquanto galinhas, porcos e vacas, nasceriam apenas para servir de alimento? Tudo é apenas uma questão de costume e cultura; para um indiano, por exemplo,seria extremamente incômodo, bizarro e ofensivo ver vacas sendo mortas e sua carne servida em churrasco, já que para esse povo as vacas são animais sagrados e criadas para ser respeitadas e estimadas. Por que nos indignamos ao ver um cão servido como alimento, e não nos indignarmos com galinhas degoladas nas feiras, ou vendidas em supermercado?
“Comida Chinesa é Bizarra!”
Países orientais, como a China, tem nos insetos uma grande fonte de proteína, sendo servido aranhas, escorpiões, baratas, larvas, etc. Contudo, embora cause grande asco em muitas pessoas, vários cientistas já defenderam que, no futuro, os insetos, seriam uma solução para as crises de fome que poderão surgir com a superpopulação mundial, por ser fácil de ser criados, saborosos, nutritivos e resistente a pragas e doenças.
Vale lembrar também que comidas bizarras não existe apenas na China e nos demais países orientais. Cada povo tem os seus pratos bizarros. Exemplos:
Kopi Luak
Kopi Luak é um tipo de café caríssimo e bastante apreciado no mundo, que é conseguido de forma bizarra. O produtor recolhe das fezes do civeta, um pequeno mamífero comum na Indonésia do tamanho de um gato, que se alimenta do fruto. O processo de digestão do animal, ajuda a dar ao café um sabor inconfundível e delicioso, dizem seus apreciadores.
Balut
Nas Filipinas um prato tradicional é o balut, que consiste em ovo de pato contendo um feto de pato de quinze dias, que é cosido brevemente. O degustador come o feto de pato inteiro, com direito a bico, pés, tripas e penas.
Escargot e rãs
A culinária francesa é uma das mais famosas e chic do mundo. Contudo não deixa de ter seus pratos esquisitos. Um desses é o escargot, que consiste de um caracol, que é uma lesma gosmenta contida em uma espécie de carapaça. Embora seja caro, o escargot não deixa de causar certo desconforto em alguns.
Temos também as rãs, que embora sua carne esteja cada vez mais popular, podendo ser encontrada hoje em supermercados, ainda provoca repelência em muitos.
Formigas Içá
No Brasil também se come insetos.
Em interiores de São Paulo, a farofa feito com formigas Içá (fêmea da saúva), é um prato tradicional da culinária paulista e também de regiões do nordeste.
Turu
O Brasil também tem suas comidas bizarras, como o turu, molusco que dá em toras de madeira submersas em rios da amazônia. Na região norte do estado do Pará, ele é bastante consumido, in natura, ou em forma de sopa. O bicho parece uma minhoca.
Para Chineses o Sofrimento do Animal Melhora o Gosto da Comida?
No Brasil alguns animais são fervidos em água quente ainda vivos antes de virarem alimentos --- siris, caranguejos, tartarugas, passam por este processo. Porém para a culinária chinesa não apenas quanto mais o alimento estiver fresco é melhor, o que leva a servirem animais ainda vivos em seus pratos, como há também a crença popular de que a dor faz o prato ficar mais saboroso, por conta disso, costumam arrancar a pele do cachorro com ele agonizando, ainda vivo e pendurado num gancho, ou jogá-los em água fervente para tirar-lhes o pelo.
Para a culinária chinesa, a dor é um dos principais temperos.
Antes de atacarmos a China e sua exótica culinária, é preciso que tenhamos em mente que a China possui uma cultura antiga e o povo com maior quantidade de habitantes do mundo, são quase 1 bilhão e meio de pessoas hoje, e que mesmo na antiguidade deveriam ser também numerosos; digamos: 500 anos antes de Cristo já devia ter chinês pra chuchu, bem mais do que outros povos; já pensou na dificuldade de alimentar tanta gente? Foi-lhes, pois, preciso que encontrassem alimento em tudo que fosse mais abundante e mais fácil de ser obtido. Havendo pouca possibilidade de escolha. Sendo assim, se um animal, digamos um morcego, existia em abundância e não era venenoso, ou mesmo que fosse, e tivesse modo de tirar-lhe o veneno, por que não comê-lo? E como a cultura chinesa é antiga, e sendo a China um país que preza pela tradição, hábitos alimentares antigos chineses permaneceram como pratos tradicionais de sua culinária, assim como hoje, passados mais de cem anos do fim da escravidão, ainda comemos a feijoada, tida como invenção dos escravos, feitas com partes de carnes que seriam jogada fora.
Saber que cães faz parte de pratos chineses, choca a maioria dos ocidentais, que se acostumaram a ver cães apenas como animais de estimação, porém, para chineses, as coisas são bem diferentes. Há evidências de que cães já era parte da alimentação de chineses desde a dinastia Qin, há mais de 221 anos antes de Cristo. Há também evidências de que, no extremo oriente, os cães começaram a ser domesticado não com a intenção de servirem apenas de companhia, mas para servirem de alimentos, desde 16 mil anos atrás. O manual médico chinês “Bencao Gagmu”, de 1578, descrevia a carne de cão como alimento que fazia muito bem para os ligamentos, circulação sanguínea e a digestão.
“Comida Chinesa é Bizarra!”
Países orientais, como a China, tem nos insetos uma grande fonte de proteína, sendo servido aranhas, escorpiões, baratas, larvas, etc. Contudo, embora cause grande asco em muitas pessoas, vários cientistas já defenderam que, no futuro, os insetos, seriam uma solução para as crises de fome que poderão surgir com a superpopulação mundial, por ser fácil de ser criados, saborosos, nutritivos e resistente a pragas e doenças.
Vale lembrar também que comidas bizarras não existe apenas na China e nos demais países orientais. Cada povo tem os seus pratos bizarros. Exemplos:
Kopi Luak é um tipo de café caríssimo e bastante apreciado no mundo, que é conseguido de forma bizarra. O produtor recolhe das fezes do civeta, um pequeno mamífero comum na Indonésia do tamanho de um gato, que se alimenta do fruto. O processo de digestão do animal, ajuda a dar ao café um sabor inconfundível e delicioso, dizem seus apreciadores.
Nas Filipinas um prato tradicional é o balut, que consiste em ovo de pato contendo um feto de pato de quinze dias, que é cosido brevemente. O degustador come o feto de pato inteiro, com direito a bico, pés, tripas e penas.
Escargot e rãs
A culinária francesa é uma das mais famosas e chic do mundo. Contudo não deixa de ter seus pratos esquisitos. Um desses é o escargot, que consiste de um caracol, que é uma lesma gosmenta contida em uma espécie de carapaça. Embora seja caro, o escargot não deixa de causar certo desconforto em alguns.
Temos também as rãs, que embora sua carne esteja cada vez mais popular, podendo ser encontrada hoje em supermercados, ainda provoca repelência em muitos.
No Brasil também se come insetos.
Em interiores de São Paulo, a farofa feito com formigas Içá (fêmea da saúva), é um prato tradicional da culinária paulista e também de regiões do nordeste.
O Brasil também tem suas comidas bizarras, como o turu, molusco que dá em toras de madeira submersas em rios da amazônia. Na região norte do estado do Pará, ele é bastante consumido, in natura, ou em forma de sopa. O bicho parece uma minhoca.
Para Chineses o Sofrimento do Animal Melhora o Gosto da Comida?
No Brasil alguns animais são fervidos em água quente ainda vivos antes de virarem alimentos --- siris, caranguejos, tartarugas, passam por este processo. Porém para a culinária chinesa não apenas quanto mais o alimento estiver fresco é melhor, o que leva a servirem animais ainda vivos em seus pratos, como há também a crença popular de que a dor faz o prato ficar mais saboroso, por conta disso, costumam arrancar a pele do cachorro com ele agonizando, ainda vivo e pendurado num gancho, ou jogá-los em água fervente para tirar-lhes o pelo.
Para a culinária chinesa, a dor é um dos principais temperos.
Vou nem dizer nada pra não me estressar com essa publicação
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