quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

MAIS UMA VIAJANTE DO TEMPO SEGURANDO UM CELULAR?




MAIS UMA VIAJANTE DO TEMPO SEGURANDO UM CELULAR?

Algumas fotos antigas se tornam verdadeiros mistérios por aparentar algo inusitado: as pessoas retratadas aparentam portar objetos que não existiam em sua época. Aqui uma delas, de 1870, em que a mulher fotografada parece falar ao celular, o que é apontado como sendo ela uma viajante do tempo.



Mas, comprovado não se tratar de uma foto falsa, como não é o caso desta, a primeira possibilidade é que a pessoa estaria segurando um aparelho de audição, porém o suposto aparelho não se parece em nada aos aparelhos em formato de cone dá época. O que então seria?



Examinando a foto com mais cuidado, o mistério se desfaz. Quando a foto examinada bem de perto, descobre-se que não se trata de nenhum aparelho, ou objeto, mas apenas a sombra dos dedos, uma pura ilusão produzida por uma incrível pareidolia.


FONTE: Ceticismo Aberto. 

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

INICIAÇÃO (de Marco Buro)



INICIAÇÃO (de Marco Buro)

A minha primeira iniciação, como ser encantado, começou quando minha avó apagou a lamparina antes do dia ser dia e o escuro me fazia medo. Vó Marculina cutucou minha costela que tava deitada na rede e falou, pertinho da minha orelha, dando uma ordem que eu nem pensei em deixar de cumprir.

— Tu já deve ter uns dez anos e antes de pensar em mulher, tu vai iniciar teu ser... Entra nessa vereda do igarapé Grande antes que o dia te perceba, aprende sete sons na floresta... sete barulhos de bichos ou das coisas do mato... e chega aqui antes da lua iluminar o caminho da volta. Presta atenção, também, nos silêncios que vão deixar, separadinhos, os barulhos do teu aprendizado.

Eu conhecia um pouco a picada do Igarapé Grande mas eu não tinha entendido, de todo, os mando da vó Marculina. Muita coisa que ela falava não cabia na minha cabeça, no meu entendimento. Eu só pensava que eu não ia dá conta de fazer nada do que ela tinha me pedido... tudo que ela falava pra mim, era grande demais. Eu, gito demais pra tamanha façanha. Levantei rápido da rede e esqueci de calçar a sandália e vestir uma camisa... Já tava entrando no caminho do Igarapé Grande, por trás da nossa tapera, quando me assustei com a presença da minha vó no escuro…

— Vai! corre Jupiara! corre que os mistérios do mundo não esperam por ninguém. Mas, não esquece de voltar! A floresta não tem começo, meio ou fim! Minha vó me entregou um coió com água fresca e uma cuia cheia de chá quente de Preciosa que eu engoli em três goles rápidos.

Não falei nada pra minha vó Marculina, não abri a boca com medo de chorar e mostrar o menino frágil que eu era. Com muito medo, sumi, mergulhei no escuro do dia... que ainda nem era dia.

 

Trecho do conto "Caboclo falador"

Marco Buro, 24/12/2023

Foto: Marco Buro, 2018 - Ourém PA.

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

“APÓS A CHUVA DA TARDE” E SUAS PERSONAGENS REAIS E IMAGINÁRIAS




“APÓS A CHUVA DA TARDE” E SUAS PERSONAGENS REAIS E IMAGINÁRIAS


“APÓS A CHUVA DA TARDE” é um romance gótico com pitadas de realismo mágico, que se utiliza do folclore amazônico, lendas urbanas de Belém e do mito dos vampiros para contar a história de uma misteriosa cantora lírica francesa que deixou um rastro de lendas e mistérios em sua estadia em Belém, em 1896. 


O romance também conta um pouco da história da Amazônia e se debruça sobre o que seriam as lendas: narrativas imaginárias anônimas originadas de acontecimentos reais, que com o tempo passaram a ser narradas com elementos mágicos. 


O livro mistura ficção e realidade, interpreta antigos mitos gregos com elementos amazônicos, fazendo personagens reais interagirem com personagens imaginários e entidades amazônicas; abaixo, alguns dos personagens:



CAMILLE MONFORT (1869 - 1896): Cantora de ópera francesa, mulher de espírito livre, de comportamento fora dos padrões de sua época. Durante seus concertos na cidade de Belém, no Theatro da Paz, em 1896, causou alvoroço por sua beleza e talento musical: dizia-se que era capaz de hipnotizar o público com sua voz e torná-los cativos de seus desejos; não raramente, pessoas do público eram encontradas desmaiadas, desorientadas e fracas pelas dependências do Theatro da Paz durante seus concertos; seus misteriosos passeios noturnos por Belém geraram boatos e a acusação de vampirismo.



CASAL BOLONHA: Alice Tem-Brink (1876 - 1956): Pianista que pertencia à alta sociedade carioca. Conta-se que Francisco Bolonha, seu esposo, teria construído seu famoso palacete para fazê-la vir morar em Belém | Francisco Bolonha (1875 - 1938): Rico engenheiro paraense, responsável pela construção de belos palacetes e a modernização da cidade de Belém; entre suas obras, destaca-se o palacete que leva seu nome. O lugar onde fora construído era usado para descarte de corpos de escravos que era devorado por animais necrófagos, o que deu ao lugar terrível fama, que logo se transferiu para o Palacete Bolonha após ser construído, fazendo-o mergulhar em uma atmosfera envolta em mistérios e assombrações das almas daqueles que sucumbiram em tal terreno; diz-se que o próprio fantasma de seu proprietário ainda assombra o lugar.



PRINCESA DE MAYANDEUA: Entidade da Pajelança Marajoara, com forma de mulher de cabelos tão dourados quanto o sol e pele tão branca quanto as areias da praia; é a senhora das águas e de todos os partos, a criatura que faz crianças ainda não-nascidas chorarem no ventre das mães: sinal de que seus filhos foram predestinados a terem o dom da cura e da intuição e se tornarem pajés.


Ela é vista sobre dunas de areias em noites de lua cheia. Suas pegadas nas areias de um lago existente na ilha de Mayandeua (Algodoal), de cor escura, achadas por antigos pescadores, deu o nome ao lago de Lago da Princesa, tido como um portal para seu reino e sua cidade submersa, no fundo do mar.

 


JOSEPHINA CONTE (1915 - 1931): Moça de rica família paraense, que com sua morte deu origem à lenda da Moça do Táxi. 


Em seu aniversário seu pai lhe dava de presente uma corrida de táxi pela cidade de Belém; a lenda diz que esse costume continua mesmo após sua morte. Josephina, em toda data de seu aniversário, sairia de sua sepultura e pegaria um táxi para seus passeios fantasmagóricos pelas ruas de Belém. Há relatos de sua aparição contados por taxistas que confirmam a terem visto. Tornou-se uma santa popular, com a confirmação de vários milagres em seu nome.



BOTO ENCANTADO: Conta-se que em noites de lua cheia, um belo rapaz, vestido de branco e de chapéu, encanta as moças com finalidade de leva-las para o fundo do rio. A lenda sugere sempre desconfiar de forasteiros que insistir em usar chapéu à noite ou não tirá-lo no interior das casas, pois é por meio dele que o boto encantado esconderia sua fenda respiratória. 



JÚLIO DE ANDRADE (18?? - 19??): O cearense Júlio de Andrade enriqueceu com o comércio da borracha em Belém. Segundo relatos, ele costumava tratar seus empregados como se a escravidão ainda não tivesse acabado, torturando-os e mantendo-os acorrentados no porão do Palacete Bibi Costa. Hoje, diz-se que o palacete é assombrado pelas almas daqueles que sucumbiram em seu porão.

   


MARIA DA GLÓRIA (1917 - ?): Filha de Júlio de Andrade, seu pai a mantinha trancada em seu quarto para que não conhecesse ninguém além do filho de algum rico fazendeiro com quem iria casar. Maria da Glória tinha apenas a janela de seu quarto, em uma das torres do Palacete Bibi Costa, como único contato com o mundo exterior, o que levou a população de Belém a chamá-la de “A Bela da Janela”. Mas o que seu pai não poderia prever é que ela se apaixonaria por um transeunte, que enfrentaria seu pai e a livraria de sua torre. E o que seu apaixonado admirador não sabia é que Maria da Glória tinha estranhos poderes e um inusitado ser que lhe fazia companhia.



MAGALHÃES BARATA (1888 - 1959): Político e militar paraense, que comandou Belém durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Conta-se que era um militar rígido e implacável com criminosos, que mandava jogar criminosos com mãos e pernas amarradas nos rios próximos a Belém, com enormes pedras amarradas em seus corpos.



UIARA: Entidade amazônica protetora dos rios, igarapés e de suas criaturas viventes. A Uiara possui a aparência de um bela indígena e as pernas em forma de nadadeiras de peixe.



PAULINO DE BRITO (1858 - 1919): Escritor e jornalista manauara que trabalhou e residiu em Belém; grande admirador da cultura e da música europeia em detrimento da cultura popular paraense.



MATINTA PERERA: Entidade do folclore amazônico; idosa que à noite, devido a uma maldição familiar, passa a se transformar em um grande porco, mas também em outros animais; ela costuma anunciar sua presença com um assobio medonho.



WALDEMAR HENRIQUE (1905 - 1995): Compositor paraense que misturava o erudito e o popular; autor de músicas que falam de lendas Amazônicas.


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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

A SOMBRA DA LUA (de Wyber Gester)



Nas profundezas da Amazônia, onde o verde exuberante esconde segredos milenares, há uma lenda que ecoa entre as árvores como um suspiro noturno. É a história temida pelos ribeirinhos e respeitada por aqueles que entendem a delicada dança entre o mundo natural e o sobrenatural. Esta é a lenda de "A Sombra da Lua".

Conta-se que, em noites de lua cheia, quando os reflexos prateados iluminam os rios serpenteantes, a Sombra da Lua emerge das profundezas da floresta. Uma entidade antiga, meio humana, meio espírito, que vagueia pelas trilhas invisíveis, envolta em um manto de penumbra.

Dizem que a Sombra da Lua é a guardiã dos segredos da floresta, uma entidade que escolhe os incautos como vítimas de suas artimanhas. A lenda remonta a tempos imemoriais, quando os povos indígenas e os colonizadores compartilhavam histórias de encontros aterrorizantes com essa figura misteriosa.

Em uma pequena aldeia ribeirinha, localizada às margens de um rio sinuoso, viveu um pescador chamado Mateus. Curioso e destemido, Mateus desdenhava as advertências dos mais velhos sobre a Sombra da Lua. Uma noite, a lua cheia brilhava intensamente no céu, e Mateus, impelido por uma mistura de bravura e ignorância, decidiu pescar nas águas calmas do rio.

Enquanto lançava sua rede, a Sombra da Lua emergiu das sombras, uma figura etérea e escura que se movia silenciosamente. Seus olhos, mais profundos que a noite, encontraram os de Mateus. Uma sensação gélida percorreu a espinha do pescador, mas ele permaneceu imóvel, hipnotizado pela presença sobrenatural.

A Sombra da Lua sussurrou palavras antigas, um idioma que ressoava como o murmúrio da brisa entre as árvores. Mateus sentiu uma presença invisível envolvê-lo, uma força que sugava sua energia vital. O pescador, debilitado e assustado, caiu de joelhos, implorando por misericórdia.

A Sombra da Lua, satisfeita com sua colheita de medo, desapareceu nas sombras, deixando Mateus sozinho na noite. A partir daquele dia, o pescador nunca mais foi o mesmo. Seus olhos perderam o brilho, e sua alma parecia vagar entre o mundo dos vivos e dos mortos.

GUARANÁ, O Monstro de Mil Olhos da Amazônia




GUARANÁ, O Monstro de Mil Olhos da Amazônia

No mundo há milhares e milhares de frutos, das mais diversas formas e sabores, mas certamente nenhum é mais bizarro e assustador do que o guaraná, que mais parece um amontoado de olhos humanos.


Na mitologia grega, Argos Panoptes é um gigante que tem o corpo tomado por olhos, é um vigilante da deusa Hera.


Quando Argos quer dormir ele fecha metade de seus olhos, e com os outros continua vigilante.


Na Amazônia também temos nosso Argos, o vigilante de mil olhos: o guaraná, um vigilante que nunca dorme.




O guaraná é o fruto de uma trepadeira, que alcança três metros de extensão. E embora conhecidíssimo sob a forma de refrigerante, poucos conhecem a assustadora forma do fruto, de onde é retirado um poderoso energético usado, há milhares de anos por indígenas da Amazônia, como remédio para revigorar os músculos e clarear o pensamento, mas se se tomado em excesso causa insônia, motivo pelo qual tem levado alguns a tomá-lo para manter-se desperto durante estudos, trabalho ou na balada sob forma de energéticos industrializados.


E é claro que o formato do fruto gerou um mito: o mito do guaraná.




O Mito do Guaraná

De todas as tribos da Amazônia, uma era a mais poderosa e competitiva: a melhor na pesca e na caça. E tudo devia-se a um indiozinho que havia nascido com dons especiais. Porém, um dia, um espírito mal, transformado em uma serpente, o picou, levando-o à morte. E com sua morte, a tribo mergulhou na mais profunda tristeza e prejuízo, pois já não pescavam tão bem, nem obtinham fartas caças.


Compadecido com a miséria do povo, o deus Tupã aconselhou aos pajés da tribo que retirassem os olhos do indiozinho, enterrassem na terra e os regasse com lágrimas durante quatro luas. 



Após este período uma planta nasceu, cujo os frutos eram semi redondos e levemente avermelhados. E qual não foi a surpresa de todos quando, ao abrirem seus olhos para mais um dia, notaram que os frutos da planta também haviam se aberto, e pareciam com olhos humanos que haviam acabado de acordar. 


Os pajés então orientaram a todos para que colhessem os frutos e se alimentassem dele. E graças ao fruto, um pouco da energia e da destreza do indiozinho foi dado a cada indivíduo da tribo, e assim puderam pescar e caçar tão bem quanto antes. 


E deram o nome de guaraná ao misterioso fruto. 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

SÃO CIPRIANO: 10 Fatos Históricos Sobre o Livro do Santo Feiticeiro

SÃO CIPRIANO: 10 Fatos Históricos Sobre o Livro do Santo Feiticeiro

É impossível encontrar algum brasileiro que não conheça alguma história apavorante sobre o Livro de São Cipriano; livro que seria capaz, segundo tais lendas, mediante sortilégios e simpatias, trazer a mulher/homem desejado, e pô-los aos pés daquele que seguisse bem todas suas instruções. Ou, ainda, seria capaz de tornar o leitor invisível ao ler determinada reza, e ter o “corpo fechado” mediante talismãs feitos através de instruções dadas supostamente pelo próprio diabo. O livro também é visto como um objeto maldito, que não se pode ter em casa por atrair mal agouro, que não pode ser destruído ou abandonado após ter sido adquirido sob a pena de trazer má sorte ao seu possuidor.

 

Considerado um best seller por décadas no Brasil, o livro, assim como seu suposto autor, São Cipriano de Antioquia --- um bruxo que teria se convertido ao Cristianismo, virado santo e abandonado suas crenças diabólicas ---, é envolto em mistérios e lendas, e tem tido pouca atenção de pesquisadores e estudiosos por julgá-lo sem valor cultural algum; por isso pouco se sabe sobre sua história. 



E embora se diga que seu suposto autor tenha sido um bruxo que teria se convertido ao Cristianismo e abandonado suas crenças pagãs, parece que a ninguém ocorre a pergunta: Então como todo esse material veio parar até nossos dias se é certo que seu próprio autor o teria rejeitado (e destruído)? 


Como verão mais adiante, o que é atribuído a São Cipriano são apenas compilações e acréscimos feitos por uma longa série de escritores anônimos que por décadas se especializaram em escrever manuais esotéricos, valendo-se do nome do santo feiticeiro para obter maior crédito para seus livros.


Sabendo disso, aqui vão 10 fatos históricos que ajudarão você a conhecer melhor a história desse livro tão popular e ao mesmo tempo tão desconhecido, graças ao trabalho da pesquisadora Inês Teixeira Barreto e sua tese de mestrado: Da Mandinga à Macumba: a História da Trajetória do Livro de São Cipriano no Brasil.


Para Saber Sobre a Lendária Vida de São Cipriano: O Temido Livro Negro de São Cipriano.


10 FATOS HISTÓRICOS SOBRE O LIVRO DE SÃO CIPRIANO 

1. O livro de São Cipriano é o segundo livro mais conhecido do Brasil, perdendo só para a Bíblia; pois não há ninguém que, mesmo que não o tenha lido, não saiba alguma história sobre ele;


2. O livro do santo feiticeiro foi criado em Portugal, no século XVI, como um grimório (livro de feitiços e simpatias), uma coletânea de crendices da idade média;


Livro de São Cipriano em Versão Portuguesa

3. Em 1541, certo Pedro Afonso foi acusado pelo tribunal da Inquisição de curar doentes com o poder do diabo; foi encontrado em sua posse um livro de São Cipriano;


4. Ao contrário do que se pensa, o livro de São Cipriano não possui nada de diabólico em sua origem, tratava-se apenas de simpatias de amor, rezas de exorcismo e simpatias para achar tesouros perdidos;


5. São Cipriano de Antioquia é considerado hoje, pela Igreja Católica, como um santo que não existiu, não havendo nenhuma evidência que tenha existido. Portanto a autoria a São Cipriano é enganosa, uma forma de se aproveitarem da lenda do santo feiticeiro e conferir ao livro maior importância e autoridade;


6. A partir de 1933, graças a ditadura portuguesa apoiada pela Igreja Católica, livros de magia e principalmente os livros de São Cipriano foram proibidos de serem publicados em Portugal; voltando a ser publicado só em 1974 com a volta da democracia; os livros de São Cipriano voltariam a ser publicados agora nas versões brasileiras; 


Propaganda no Jornal Diário Carioca, em 1953

7. O livro de São Cipriano passa a ser vendido no Brasil a partir de 1878, em edições importadas de Portugal; e já foi afirmado que ele está em terras brasileiras desde a chegada da comitiva do rei português Dom João VI, em 1808;


8. A partir de 1886, o livro do santo feiticeiro começa a ser reproduzido no Brasil, por meio de inúmeros escritores, alguns anônimos, outros, com pseudônimos, com inúmeros títulos: O Livro Negro, O Capa de Aço, O Capa de Couro, etc.;


Livro de São Cipriano Publicado no Brasil em 1953


9. A reza mais temida do livro de São Cipriano, a Oração da Cabra Preta, não pertence ao livro original, é de origem brasileira, nascida no nordeste, e como muitas crendices e simpatias surgidas no Brasil, foi incorporada à versão brasileira do livro;


10. A partir da década de 1960, no Brasil, os livros de São Cipriano passam a ser associados à religiosidade de matriz africana, à Umbanda, Quimbanda e Candomblé.