A INCRÍVEL SEMELHANÇA ENTRE O SER HUMANO E AS ESTRUTURAS DO UNIVERSO
Você já reparou na semelhança entre as linhas de uma mão humana e as nervuras de uma folha de árvore? Nos galhos de uma árvore e nos brônquios de um pulmão humano? Ou na semelhança entre uma descarga elétrica e as artérias de nossos corpos?
A semelhança entre nós e outros seres, não acontece apenas com nosso corpo, também com nossa mente e o universo.
O fato de teorias matemáticas, extremamente abstratas, criadas sem nenhum propósito de aplicabilidade à realidade, que com o tempo acaba se descobrindo que elas podem ser aplicadas de alguma forma à realidade, deixa claro a semelhança entre as estruturas criadas pela mente humana e a estrutura do universo, o que permite sua aplicabilidade, mostrando uma íntima conexão entre o pensamento humano e o universo, como se existisse uma pré-adaptação de nossa mente ao universo.
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Acima, as Marcas Deixadas em Pessoas Atingidas por Raio, que Incrivelmente se Assemelha ao próprio Raio, Devido ao Formato Semelhante de Nossas Artérias |
A moderna física quântica está cheia de exemplos disso. Várias vezes uma nova partícula de matéria é descoberta matematicamente, décadas antes de ser detectada fisicamente por aparelhos.
Este enigma já era conhecido por matemáticos antigos, e tem se confirmado cada vez mais com o progresso da matemática e da física moderna. O que levou mentes geniais a argumentar que “A matemática é a linguagem que Deus escreveu o universo”, Galileu Galilei (1564 - 1642). Ou: “A matemática é a única linguagem que temos em comum com a natureza”, Stephen Hawkings (1942 - 2018).
Outro bom exemplo disso é nossa concepção de infinito que, embora nunca tenhamos presenciado algo infinito, porém, somos capazes de concebê-lo matematicamente, podendo ser aplicado ao que nos parece ser algo realmente infinito: o universo. O matemático alemão George Cantor (1845 - 1918), inspirado nas discussões de filósofos medievais sobre os tipos de infinitude, criou toda uma hierarquia matemática de números infinitos, em que existe números infinitos maiores que outros números infinitos, muito antes que a densidade infinita dos buracos negros e demais grandezas infinitas de objetos astronômicos, invadissem a astronomia e física moderna.
E foi graças ao paralelismo entre as leis do pensamento humano e as leis do universo, que foi possível o surgimento dos computadores eletrônicos e a inteligência artificial, graças a formalização da lógica feita pelo matemático inglês George Boole (1815 - 1864) e sua posterior adaptação aos circuitos eletrônicos, feitos pelo matemático e engenheiro eletrônico americano Claude Shannon (1916 - 2001), que computadores são capazes de “pensar” como os humanos.
Mas como explicar essa misteriosa relação entre a mente humana e a estrutura do universo?
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A semelhança Entre Nosso Sistema Solar e a Concepção de Átomo |
Para o filósofo e psicólogo suíço Jean Piaget (1896 - 1980), que estudou durante anos o surgimento da formação do pensamento matemático nas crianças, a explicação para a semelhança entre as estruturas matemáticas criadas pelo ser humano e as estruturas do universo, só pode ter uma explicação biofísica.
“A solução que as pesquisas genéticas sugerem a este respeito é que, como já visto, se as estruturas elementares provém das coordenadas gerais da ação e estas das coordenadas nervosas, é até as coordenadas orgânicas e biofísicas que é preciso recuar para atingir suas fontes…”
Em outras palavras, sendo o cérebro humano um produto das leis do universo, é natural que ele, assim como a estrutura dos planetas e galáxias, reflita estas mesmas leis em sua estrutura e criações, criando assim o paralelismo entre os produtos criados pela mente humana e a estrutura do universo, como se nossa mente fosse pré-adaptada para entendê-lo. O que, curiosamente, leva-nos à antiga filosofia de Platão, que argumentava que todas as coisas existentes no universo possuiriam uma cópia anterior a elas, que habitaria o mundo que ele chamou de “mundo das ideias”.
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A Incrível Semelhança entre Neurônios Humanos e Galáxias |
Ao invertermos o paralelismo entre a mente humana e o universo, isso nos leva a pergunta: Seria o universo também pensante, como um grande cérebro ou um computador de dimensões infinitas?
Obras Consultadas:
A Epistemologia Genética, de Jean Piaget
História da Matemática, de Carl B. Boyer