quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

4 SÍMBOLOS CONSIDERADOS RACISTAS USADOS POR MEMBROS DE BANDAS DE ROCK


4 SÍMBOLOS CONSIDERADOS RACISTAS USADOS POR MEMBROS DE BANDAS DE ROCK
Bandas de Rock possuem grande predileção por símbolos, citando-os em letras de músicas, ou ostentando-os em capas de álbuns e logotipos de banda. Muitos são de origens místicas, esotéricas, mitológicas, ou símbolos criados pela própria banda com base em símbolos antigos. E no meio desse festival de símbolos, alguns já foram usados em algum momento da história como símbolo de racismo e de opressão. O que não significa que as bandas que os ostentam use-os de um modo racista, embora, em alguns casos, atos claros de racismo já tenha sido atribuído a membros de algumas bandas.

Suástica

Há várias formas de suásticas, espalhadas pelas mais variadas e antigas culturas. Trata-se de um símbolo místico, cujas origens se perdem na história.


Suástica Nazista
A forma de suástica mais conhecida, a que se assemelha a dois S's que se cruzam, tornou-se popular com o Nazismo, de modo que ficou bastante associada ao racismo e o antissemitismo, contudo, não foi criada pela ideologia de Adolf Hitler, mas sim de origem indiana, cuja origem se perde na história.


Suástica Budista

Porém, há que notar aqui a profunda diferença entre a suástica nazista e a budista. A nazista possui seus S's direcionados no sentido horário, enquanto a budista possui o sentido anti horário.



Durante a efervescência do movimento Punk, durante os anos de 1970, a suástica nazista foi incorporada ao vestuário Punk: ela era usada em jaquetas, em pinturas no rosto, em faixas postas nos braços etc. O que certamente deve levar a muitos a se perguntar: Ué! O que um símbolo racista fazia em meio ao movimento Punk?

A suástica nazista não foi usada como um símbolo racista e antissemita pelos punks. E como o movimento tinha a intenção de chocar a sociedade londrina, atitude também expressa por meio de um visual agressivo, composto por coturno, jaquetas com rebites, cabelos espetados, piercings, alfinetes nas orelhas e rostos, etc., e nisso incluíram a suástica nazista como forma de chocar e confundir ainda mais, porém sem um sentido racista nem nazista. Nesse sentido, ela foi usada por um dos grandes ícones do Punk, Sid Vicious, que a ostentou em shows da banda Sex Pistols e também pela cantora Siouxsie Sioux, da banda Siouxsie and The Banshees, que afirmou:
Era algo anti-mães e anti-pais. Nós odiávamos pessoas mais velhas martelando sobre Hitler, ‘Nós mostramos para ele’, e aquele orgulho presunçoso. Era um jeito de ver alguém assim ficar completamente vermelho de indignação”.
O guitarrista Marco Pirroni, que trabalhou com Siouxsie e, mais tarde, Sinéad O'Connor, falou sobre o assunto em 2002: 
A gente estava tentando parecer decadente e imperfeito a ponto de irritar todo mundo, até os nazistas. A gente não era nazista ou tinha alguma tendência política. A gente não tinha problemas com judeus, paquistaneses, gays, ou qualquer grupo, a gente só odiava todos que viviam em um mundo certinho.”
Bandeira dos Confederados

Criada durante a Guerra de Secessão, ocorrida durante a segunda metade do século XIX, nos Estados Unidos, conflito entre os estados do norte, a favor do fim da escravidão, contra os estados do sul, que queriam que a escravidão continuasse.


Dimebag Darrel Exibindo a Bandeira Confederada em sua Guitarra

A bandeira dos Confederados fora criada para representar os estados sulistas que eram a favor da escravidão. Por esse fato, é comum vê-la sendo ostentada por grupos americanos que defendem a superioridade da raça branca. O que tem gerado nos Estados Unidos campanhas para que a bandeira em questão seja proibida de ser ostentada em público, em monumentos e órgãos do governo. Contudo, há aqueles que defendem que a Bandeira dos Confederados representa a cultura sulista norte americana, tão diversificada da parte norte dos Estados Unidos, e, por isso, não deveria ser proibida.


Lynyrd Skynyrd

A bandeira, hoje, ainda é bastante popular, sendo exibida em jaquetas de motoqueiros, por sulistas americanos orgulhosos de sua cultura, e por membros de bandas de Rock, como o falecido guitarrista Dimebag Darrell, da banda americana de Thrash Metal, Pantera, e de modo muito mais visível, pela banda Lynyrd Skynyrd, que a exibe em um formato gigante em seus shows.

W.a.s.p.

Muito se fala que os Estados Unidos é um país feito por imigrantes. Porém, entre os inúmeros países europeus que ajudaram a criar o povo americano, um sempre é lembrado como mais importante, pois além de terem sido uns dos primeiros, ajudaram a povoar terras americanas: imigrantes ingleses. Todavia, com passar dos anos e da mistura de culturas, grupos radicais americanos passaram a se agarrar às tradições antigas, vidas dos primeiros colonizadores americanos como forma de se destacar dos demais, por importância. Assim, o pensamento conservador desses grupos criou a sigla W.A.S.P. (White, Anglo-Saxon and Protestant), que em português significa Branco, Anglo-Saxão e Protestante, para definir qual seria o verdadeiro americano. Esta definição do verdadeiro americano, foi usado pelo famoso grupo racista americano, Ku Klus Klan. Contudo, na língua inglesa, wasp também significa marimbondo, o mesmo nome dado a uma famosa banda de Rock americana dos anos 80, o Wasp.

Águia Romana

A águia durante o Império Romano foi tomada como símbolo de poder, dominação, majestade e disciplina. Era o símbolo do exército de Roma, feita no princípio de ouro e prata, e posteriormente, apenas de ouro. Durante as batalhas era carregada por soldados encarregados de protegê-la, impedindo que fosse tomada pelo inimigo, defendendo-a com a própria vida.

Águia Nazista Pousada na Suástica

Foi tomada também como símbolo pelo exército nazista, que a associou a suástica.


Bandas de Rock também a usam, compondo logotipo de banda, como a americana Slayer, ou capas de álbuns de Manowar e Saxon.





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