quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A CIÊNCIA PODE PROVAR QUE O INFERNO EXISTE


A CIÊNCIA PODE PROVAR QUE O INFERNO EXISTE
Sim, foi isso mesmo o que você leu: a ciência pode mesmo provar que o inferno existe. Mas, antes que você se borre de medo com tal possibilidade, convém avisar que não é o inferno que nós já estamos acostumados a ouvir a respeito; aquele que a mitologia cristã diz para onde vão as almas dos pecadores a ser castigadas após a morte, com labaredas de fogo e lavas borbulhantes — certamente uma imagem copiada de erupções vulcânicas e usada para amedrontar fiéis —, mas um inferno bem diferente, sem fogo, labaredas e Demônios, semelhante ao inferno descrito na famosa frase do escritor inglês Aldous Huxley:

“E Se Este Mundo For o Inferno de um Outro Planeta?”
Pela concepção de inferno de Aldous Huxley, poderíamos estar vivendo em um inferno sem saber. Tipo o sujeito que após um péssimo dia de trabalho, enquanto tira os sapatos em casa, diz para si mesmo: “Nossa! Que inferno! O que eu fiz para merecer isso?”. Mal ele sabe que está mais próximo da verdade do que pensa.



A frase de Huxley sugere que nossa origem não seria deste mundo, seríamos de um outro lugar, onde teríamos uma vida bem melhor. A frase também não implica que o inferno de Aldous Huxley fosse tão diferente do nosso mundo originário, mas poderia ser tão parecido que nos daria a impressão de ainda estarmos vivendo nossa vida antes de termos morrido, só que, ao contrário da vida anterior, na atual, tudo aconteceria de maneira errada. Doenças, dívidas, pobreza, desemprego, etc. existiriam como castigo e também como forma de aprendizado, levando as pessoas a aprenderem com os castigos da vida atual.

Curiosamente, a concepção de inferno de que estamos falando já foi antecipada por um místico sueco chamado Emanuel Swedenborg (1668 - 1772), que foi cientista, inventor e acreditava ter o poder de se comunicar com espíritos de mortos e com os mundos do além. Em um de seus escritos Swedenborg escreveu:
Os anjos me comunicaram que quando Melanchton faleceu foi-lhe destinada no outro mundo uma casa ilusoriamente igual à que tivera na terra. (Ocorre o mesmo com todos os recém-chegados na eternidade, e por isso acreditam que não morreram)” — (Swedenborg, “Um Teólogo na Morte”).

Curiosamente, hoje, três das mais avançadas teorias científicas sugerem que é possível, sim, que o inferno de Aldous Huxley possa existir de verdade. Vamos a elas.

TEORIA DOS UNIVERSOS PARALELOS


Pesquisas científicas sugerem que não existe apenas nosso universo, mas um número ilimitado de universos; desde universos com leis físicas tão diferentes do nosso, criando mundos totalmente diferentes do nosso, quanto universos com leis tão parecidas que alguns de seus mundos seriam tão parecidos mas tão parecidos com o nosso que até conteria pessoas iguais a mim e você, vivendo uma vida levemente diferente da nossa, com pequenas variações, em que você poderia não ter o mesmo gosto musical, ou não ter a mesma namorada, ou ainda, que você poderia ser alguém rico, ou presidente de algum país.

Embora para você a hipótese dos universos paralelos possa parecer coisa de maluco, ela é defendida  pelas melhores mentes de hoje, tornando-se uma hipótese seriamente defendida na ciência moderna.

A hipótese dos universos paralelos dá a concepção de inferno de Huxley bases científicas para a possibilidade da existência de vários mundos habitáveis de que necessita (“E se este mundo for o inferno de um outro planeta?”).

Mas como seria possível a nossa passagem do mundo anterior para o inferno de Aldous Huxley?

Bem, aqui, entra uma outra teoria científica tão maluca quanto a hipótese dos Mundos Paralelos, e também, como aquela, defendida pelas melhores mentes da ciência atual:

O UNIVERSO COMO UMA SIMULAÇÃO
    

A palavra “Matrix” é bem conhecida daqueles que assistiram ao filme de mesmo nome, em que o personagem Neo é alertado por rebeldes, que conseguiram fugir do programa de simulação, que dá às pessoas a ilusão de estarem vivendo em um mundo real; e ao ser desconectado do programa, Neo percebe então que tudo o que ele jurou ser sua vida, nada mais era do que a ilusão de um programa de computador conectado à sua mente.


A ideia de que vivemos em um mundo ilusório não surgiu com o filme, mas já era explorada há milênios por inúmeros sábios. E, hoje, assim como no filme referido, muitos cientistas argumentam que não vivemos em um universo real, mas em uma simulação, em uma espécie de Matrix. Este mundo ilusório seria como um sonho, e como todo sonho, pareceria tão real que nele, enquanto sonhamos, agimos como se ele fosse real. Esta ideia de que não podemos diferenciar com clareza uma ilusão complexa, como a de um sonho, da realidade, motivou a história do sábio chinês que certa vez, após se acordar de um sonho em que sonhava que era uma borboleta, argumentou consigo próprio: “Sou um homem que sonhou que era uma borboleta? Ou sou uma borboleta sonhando que transformou-se em um homem?”

Se isso for verdade, então o inferno de Huxley poderia ser uma simulação do mundo anterior, uma espécie de Matrix, que faria com que a passagem do mundo anterior para o inferno de Huxley, não tivesse nenhum erro de continuidade, e por isso, não seria percebida a mudança. Seria mais ou menos assim: A pessoa morre e seu “espírito” acorda na manhã seguinte na simulação do inferno de Huxley, e tudo lhe pareceria ser a continuidade da vida anterior, porém sem a memória do último ocorrido.

TEORIA DA CONSCIÊNCIA EXTRA-CEREBRAL


O interessante é que há uma teoria sobre o funcionamento do cérebro humano que parece confirmar o que foi dito.

Neurologistas notaram que há casos de pessoas que perderam parte do cérebro, seja por doenças ou por acidentes, que mesmo assim, após se restabelecerem, continuaram com a mesma capacidade de inteligência e memória de uma pessoa com um cérebro normal.

Em alguns casos, pessoas que ficaram com apenas 5% de um cérebro normal ainda possuem memória e inteligência acima da média.

O fato do cérebro conservar sua capacidade de memória mesmo com seu tamanho tão reduzido, surpreendeu muitos cientistas, pois demonstra uma desproporcionalidade entre sua capacidade e seu funcionamento.

Algumas teorias foram criadas para explicar este estranho mecanismo do cérebro humano. A mais surpreendente delas, concebe a consciência humana como não produzida pelo cérebro, e assim como a memória, ela não seria interior, contrariando o que sempre ouvimos falar sobre a consciência, mas exterior ao nosso corpo. É como se o cérebro fosse apenas o ponto que permite o acesso à consciência e a memória exteriores. Algo semelhante ao que ocorre com o computador e a internet: por meio do computador somos capazes de acessar arquivos que estão arquivados em uma parte exterior, na internet, chamado de “nuvens”, que excede muitas vezes a capacidade de memória do computador, mas que pode, por parte, ser acessado por ele; o computador também pode receber comandos do exterior, da internet.

A hipótese de que a consciência e a memória seriam exteriores ao cérebro humano, fortalece ainda mais a ideia de que não vivemos em um mundo real, mas em uma simulação, e que nossa consciência e memória estariam fora da simulação, confirmando, mais uma vez, que o inferno descrito por Aldous Huxley poderia ser uma simulação, e que nossos corpos seriam comandados por nossa consciência que estaria em um outro mundo.

Curiosamente, como pudemos ver, a concepção de inferno descrita aqui se aproxima mais da concepção de carma e de reencarnação das religiões orientais do que do inferno descrito pela mitologia cristã; aliás, passa bastante longe desta, o que pode ser visto como um grande alívio.

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