JÁ FAZ SETENTA ANOS QUE A LEI CONTRA OS LIVROS foi instaurada no Brazil.
A coisa começou timidamente. No início pouco incentivo era dado a educação: os professores ganhavam mal, tornavam-se relapsos e ignorantes por não ter como comprar livros; os alunos aprendiam bem menos e passaram a escrever apenas o necessário; escolas tornaram-se apenas ponto de tráfico de drogas e prostituição; professores eram espancados por alunos em plena sala de aula; e para compensar a escrita limitada dos poucos que ainda sabiam escrever da população, o governo criou um novo ministério, o MINISTÉRIO DAS LETRAS, que imediatamente passou a proibir o que julgava ser desnecessário; logo o trema foi proibido da língua portuguesa, assim como verbos e muitos, muitos sinônimos que jugavam também desnecessários.
A coisa começou timidamente. No início pouco incentivo era dado a educação: os professores ganhavam mal, tornavam-se relapsos e ignorantes por não ter como comprar livros; os alunos aprendiam bem menos e passaram a escrever apenas o necessário; escolas tornaram-se apenas ponto de tráfico de drogas e prostituição; professores eram espancados por alunos em plena sala de aula; e para compensar a escrita limitada dos poucos que ainda sabiam escrever da população, o governo criou um novo ministério, o MINISTÉRIO DAS LETRAS, que imediatamente passou a proibir o que julgava ser desnecessário; logo o trema foi proibido da língua portuguesa, assim como verbos e muitos, muitos sinônimos que jugavam também desnecessários.
O poderoso partido do
governo passou a policiar jornais, revistas, livros, propagandas, internet etc.,
impondo suas novas leis da escrita por meio do Politicamente-Correto. Também
foi criado o MINISTÉRIO DA FALA que passou aplicar as novas leis da escrita à linguagem
falada; pessoas eram vigiadas nas ruas, e quando era pronunciada uma das
palavras proibidas estas pagavam multas ou eram trancafiadas em prisões. Escritores
eram caçados, mortos ou presos em prisões de segurança máxima. Livros tiveram
que ser reescritos, e somente aqueles que obedeciam à nova lei eram permitidos,
os antigos eram proibidos e recolhidos; os clássicos eram adulterados.
Pequenos levantes contra
o governo surgiram de universidades, que reclamavam da deturpação dos antigos
livros; mas eram logo massacrados. Porém a coisa ficou pior, pois como forma de
acabar com o tráfico de livros antigos, estes passaram a ser queimados em
grandes fogueiras em praça pública. Contudo, logo o governo reconheceu seu erro:
os leitores sempre foram tão poucos no Brasil que mais fácil foi queimar os
poucos que liam do que os livros.
BRAZIL. ANO: 2069: ÚLTIMO
RELATÓRIO ESCRITO POR UM COMPUTADOR........ EM.......
................LÍNGUA.........
....................................................PORTUGUESA..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................
................LÍNGUA.........
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