Muito tem se falado do
grande poder da literatura de ficção científica de prever grandes invenções e
descobertas humanas; assim, vez por outra, alguém lembra que Júlio Verne foi
capaz de antecipar em seus livros a ida do homem a lua, de prever submarinos com
a capacidade de percorrer grandes extensões de oceanos, etc.
E agora com as novas
tecnologias tem surgido a ideia de que uma das maiores ameaças à espécie humana
nas histórias de ficção científica esteja se tornando, aos poucos, real, sem
que a maioria das pessoas sejam capazes de notar isso. Falo da realização de um
dos maiores clichês dos filmes de ficção científica: a escravização e
destruição da humanidade por máquinas criadas por nós próprios.
E uma das primeiras
evidências disso já pode ser visto.
Na história da relação do
homem com suas máquinas, notamos atualmente uma grande novidade: dependência
psicológica delas.
A relação do homem com
máquinas sempre foi marcada por uma profunda dependência física: precisamos,
por exemplo, tanto de carros para nos locomover quanto um deficiente físico precisa
de sua cadeira de rodas; mas com o surgimento destes pequenos aparelhos, notebooks, celulares, ipads, e a criação das chamadas redes sociais da internet, vemos surgir uma nova forma
de dependência humana, uma forma de dependência psicológica a estas novas
máquinas, que antes não havia.
Assim passa a ser cada
dia mais comum em reuniões vermos pessoas que em vez de interagir entre si
preferem se relacionar virtualmente com outras pessoas via celular. E por conta
disso cada dia mais novas formas de distúrbios são catalogados pela psicologia.
FOMO é a sigla em inglês para Fear of Missing Out, ou em português, medo de ficar
de fora, para denominar a sensação de angústia que muitos internautas têm
quando ficam grande tempo sem acessar a internet.
Para o documentarista
James Barrat, em seu livro Nossa Invenção
Final: Inteligência Artificial E o Fim da Era Humana, "está se aproximando
aquele momento que alguns escritores de FC chamam A Singularidade, quando as
inteligências artificiais criadas pelo homem superarão a inteligência da nossa
espécie. Pode ser um upgrade cósmico de integração a uma inteligência universal;
mas pode ser o momento em que as máquinas simplesmente tomarão a decisão de nos
descartar"*.
“À inevitável pergunta: ‘Mas
por que essa Super-Inteligência iria querer nos eliminar?’ Scoblete responde:
“Computadores, como os humanos, precisam de energia. Numa competição por
recursos energéticos as máquinas se preocupariam tão pouco em nos conceder
acesso a eles quanto nós nos preocupamos com a próxima refeição de uma formiga.’”*
Esta Super-Inteligência
Artificial surgirá num mundo cada vez mais dependente do virtual, e vulnerável
a ele e em que a dependência psicológica do homem à máquina terá um papel
fundamental. E como já apontou o texto o primeiro nível de escravização do
homem à máquina já foi dado.
PREPAREM-SE ENTÃO PARA OS PRÓXIMOS PASSOS.
*Citado por Bráulio Tavares
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