Sob a sétima lua-cheia do
ano, procure em um antigo cemitério por um velho túmulo de um poeta anônimo e
suicida;
E, como o velho bardo
inglês, possua seu crânio, e fazendo-o de cálice, tome goles do mais puro
vinho, pondo no crânio o escrito de sua mais bela poesia;
E embriagai-vos de poesia
e de vinho...
E enquanto estiveres
bebendo o vinho, dizei ao crânio, como se fosse a um amigo, seus segredos mais
íntimos, seus desejos inconfessáveis.
Neste momento, guardai
toda suas lágrimas produzidas por teus infortúnios, e misturais com a tinta que
escreverás teus poemas.
Por fim, devolva o crânio
ao seu túmulo, a sua última morada;
E deixai seu cabelo
crescer, como símbolo de seus desejos e de suas ideias;
E multiplicai estas em escritos;
Cortai o cabelo na décima
lua-cheia do ano, e o ofereça a todas as criaturas da noite.
E em um verde campo, procurai
um círculo das fadas, e neste recitai um Dominus in Anima a todas as paixões da
noite, deitado na relva sob a luz da lua;
E nele adormeça por sete
noites...
E se, por acaso, não te
tornares um grande poeta, terás, pelo menos, uma grande história a contar!
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