MENSAGEM DE AVÔ MORTO FAZ MÃE
ENCONTRAR CORPO DE FILHO DESAPARECIDO
O
que sempre me chamou atenção nas supostas cartas com mensagens de pessoas já
falecidas, era por que elas não traziam uma nova descoberta científica, feita
por um grande cientista já falecido, ou a descoberta de um monumento ou as
ruínas de uma cidade antiga, feitas por um suposto morador falecido destas, ou
mesmo um fato biográfico novo sobre a vida de alguém importante, que pudesse
ser comprovado. No entanto, elas se resumiam apenas a citar nomes de familiares
ou, algumas vezes, assinaturas parecidas com a do falecido, o que, como já foi
demonstrado, são informações que não seriam tão difíceis de serem obtidas pelos
supostos médiuns responsáveis por tais cartas. E mesmo a tão famosa carta
psicografada por Chico Xavier, que, dizem, influenciou no julgamento e a
absolvição de um réu em seu julgamento por assassinato, não trazia fatos
concretos, mas apenas uma interpretação do que teria acontecido: o acidente com
uma arma de fogo, que fora identificado como assassinato. Porém, um caso
intrigante, ocorrido no estado do Ceará, parece quebrar essa lógica: mensagens
de um avô falecido ajudou na descoberta dos restos mortas de seu neto.
Dona Maria Lopes |
Na
cidade de Maranguape, CE, a senhora Maria Lopes procurava pelo filho
desaparecido há três anos em delegacias e hospitais da região quando recebeu
uma carta psicografada com mensagens do avó paterno de seu filho, Galdino Alves
Bezerra Neto, com então 47 anos antes de seu desaparecimento, dizendo que parasse
de procurá-lo em delegacias e IML, e fosse para a cidade de Canindé, e lá
mandasse rezar uma missa, porém, antes procurasse por uma ossada na cidade de Lagoa
do Juvenal.
Ao
chegar em Lagoa do Juvenal, a idosa, de fato, soube que haviam encontrado uma
ossada humana. Após exames, Dona Maria Lopes, então descobriu que a ossada se
tratava de seu filho. Tinha então terminado sua procura de três anos pelo
filho.
Como
comenta Dona Maria Lopes na “segunda carta já foi ele mesmo. O avô contou só o
básico, porque ele não estava capaz de escrever. Ele disse que não tinha
escrito há mais tempo, porque não queria me fazer sofrer”.
Nesta
segunda carta, o próprio filho falecido de dona Maria comenta que ele passava
de ônibus próximo à Lagoa do Juvenal e foi atraído pelo local. No relato, ele
teria sido vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, e os criminosos teriam
escondido o corpo.
O
fato chamou atenção do experiente policial Wellington Pereira, que se
surpreendeu com a ajuda inusitada. “Com 32 anos de polícia, é a primeira vez
que me deparo com essa colaboração justamente de uma carta psicografada para
que a gente pudesse chegar a identificação de uma ossada humana”, comenta o
policial, no vídeo abaixo.
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