sábado, 10 de outubro de 2020

FESTA NO IML: COMUNIDADE DO FACEBOOK INCENTIVAVA SEXO COM CADÁVER


FESTA NO IML: COMUNIDADE DO FACEBOOK INCENTIVAVA SEXO COM CADÁVER

Necrofilia, isto é, atração sexual por cadáver, é um fato comum em filmes de terror, em histórias de assassinos em série, e também é relativamente comum ouvirmos casos com tal tema em lendas urbanas ligadas a necrotérios e funerárias, ou até mesmo que alguns pouquíssimos casos vire notícias de jornal. De modo que tais casos sempre me pareceram serem pouquíssimos e muito longínquo da realidade, e qual não foi minha surpresa quando percebi que eu estava extremamente errado, ao saber sobre uma comunidade do Facebook composta por membros que incentivavam e divulgavam suas experiências de prática sexual com cadáveres;  foi quando pude ver que a coisa é bem mais comum do que eu pensava.


A comunidade Festa no IML, do Facebook, se dedicava a publicar vídeos de cadáveres nus de mulheres, também publicava cenas de sexo com cadáveres, memes com frases ofensivas a belas jovens que haviam falecidas recentemente, e que tinham se tornado matéria de jornais, e até ensinavam os meios de entrarem no necrotério para ter relação sexual com cadáveres.



Devido aos inúmeros comentários de seus membros, supõe-se que é bastante possível que alguns deles trabalhem em funerárias ou como auxiliares de necropsia e que sejam até legistas em alguns dos milhares de IMLs e casas funerárias espalhados pelo Brasil. E foram graças a algumas pessoas que se infiltraram no grupo que a existência desta comunidade veio à tona, como os agentes funerários Nina Maluf e Vinicius Cunha.

Nina Maluf comenta já ter presenciado cadáveres de mulheres terem desperta admiração em colegas de trabalho:  "Escutei, na funerária onde eu trabalhava, homens falando sobre uma menina de 24 anos que tinha morrido por suicídio. 'Toda depilada, nossa que peitão, baita de uma gostosa'. Fiquei tão irritada que botei todo mundo para fora. Fiquei sozinha preparando o corpo dela".



Já Vinicius Cunha relata que "Já vi colegas que se depararam com esse tipo de corpo, jovem e bonito, e tiveram ereção. Mesmo com uma moça com a face desfigurada do acidente de carro, um deles foi ao banheiro se masturbar. Aquilo foi a gota d'água."

A indignação com esses comportamentos levaram os dois a pesquisarem sobre o assunto, e os levaram a descobrirem alguns grupos na internet e Whats App que se dedicavam a publicar fotos de cadáveres de belas moças, com comentários de desejo sobre seus corpos, e o grupo Festa no IML, que já existia a um ano, foi um deles. Os dois recolheram material sobre o grupo, saíram do mesmo, e o denunciaram a polícia que o tirou da internet.

Necrofilia


A necrofilia é uma forma de parafilia, nome dado a formas de gostos sexuais em que o indivíduo se excita com algo que não está diretamente relacionado com o sexo, como no caso de pessoas que se excitam com a possibilidade de fazer sexo em público, ou em lugares impróprios, como elevadores, banheiro de aviões; ou pessoas que se excitam com pés femininos, ou mulheres calçadas com sapatos salto alto. Note que a excitação sexual precisa de algo além do sexo ou de partes não diretamente ligadas ao sexo. Essas são formas de parafilias inofensivas; já a necrofilia se insere nas parafilias agressivas e perigosas, em que a proximidade com a morte, como o corpo frio e imóvel de um cadáver, é o motivo de excitação do necrófilo. Há casos de estupradores que matam suas vítimas para depois fazerem sexo com elas, já que é o contato com a morte que os excita.

O Código Penal prevê o crime de vilipêndio de cadáver, com punição entre um e três anos de prisão, além de multa.

"É crime ter qualquer atitude que signifique desrespeito, agressão ou violação com cadáveres", diz a advogada criminalista Luiza Eluf. "Se violar mais de um cadáver, a pena acumula."

Geralmente, se espera os piores fatos vindos da deep web, e é assustador verificarmos que não precisamos ter contato com a macabra e lendária rede criminosa para termos acesso ao que de pior o ser humano é capaz de fazer, para tanto basta apenas acessarmos algo tão familiar e supostamente inofensivo, como o Facebook.

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