terça-feira, 18 de setembro de 2018

UNITY MITFORD, A VALQUÍRIA DE HITLER, A MULHER QUE PROMOVIA ORGIAS SEXUAIS PARA OS NAZISTAS


UNITY MITFORD, A VALQUÍRIA DE HITLER, A MULHER QUE PROMOVIA ORGIAS SEXUAIS PARA OS NAZISTAS
Valquírias são deusas aladas pertencentes a mitologia dos povos nórdicos. A quem, após as batalhas, era dado a tarefa de recolherem os corajosos guerreiros sucumbidos heroicamente nas batalhas, e levados para o Valhala, onde Odin os receberiam no magnífico salão de 540 portas do Vingölf para que estes o ajudassem durante o Ragnarök, a luta final dos deuses nórdicos.

UNITY MITFORD
Em plena década de 1930, uma jovem inglesa pertencente a uma das mais ricas e nobres famílias da Inglaterra, tomou para si a tarefa, como as valquírias da mitologia nórdica, de proteger e distrair soldados alemães das mais altas patentes do exército nazista. Curiosamente, seu nome de batismo (sugerido devido a amizade de seu avô com o compositor alemão Wagner) já possuía valquíria no nome. Era a jovem Unity Valkyrie Freeman-Mitford (1914-1948).

Unity Valkyrie Mitford, que era a quinta de seis irmãs, havia nascido, curiosamente, na cidade de Swastika, no norte do Canadá. E tendo crescido em uma família que cultuava a cultura alemã, acabou, como os demais membros de sua família, se identificando com a política nazista, e professando um forte sentimento anti judaísmo.


O forte anti judaísmo de Unity escandalizava Londres, com esta a fazer a saudação nazista em pleno público e a propagar que os judeus deveriam serem mortos à tiros.
E graças a grande influência de sua família, conseguiu com 20 anos não apenas conhecer seu grande ídolo, Hitler, como fazer parte do círculo íntimo de amizade deste, mudando-se para a Alemanha, e morando em um apartamento que havia sido tomado de um casal de judeus, redecorando-o enquanto eles ainda pegavam suas coisas.

Unity Valkyrie Mitford possuía tanta influência ao ponto de ter o direito de falar em comícios ao lado de grandes autoridades nazistas e de escrever para o mais importante jornal nazista. E sua proximidade de Adolf Hitler chegou a provocar ciúmes em Eva Braun, esposa do líder nazista.

UNITY MITFORD COM FRITZ STADELMANN, AUXILIAR DE HITLER, EM 1933
Mas o que poucos sabiam é que sua extrema adoração ao nazismo ia além da admiração a sua terrível ideologia, Unity Mitford havia transformado sua admiração em motivo de excitação sexual, participando de grandes orgias sexuais com membros da SS, força especial do exército nazista.

No livro Hitler’s Valkyrie, the uncensored biography of Unity Mitford, o pesquisador David R. L. Litchfield, conta que certa vez Unity Mitford levou seis oficiais da SS para seu apartamento em Munique permitiu que a amarrassem em sua cama cercada por bandeiras nazistas, teve os olhos vendados por uma braçadeira com a suática, deixando que a esquadra a dominasse, enquanto ouvia por um gramofone o hino nazista, Horst Wessel Lied. Tal cena, segundo o mesmo autor, se repetiria outras vezes.

Para a rica e influente Unity Mitford tal ato de promiscuidade fazia parte de um ritual simbólico de se entregar totalmente a causa nazista e também ao seu ídolo Adolf Hitler, que sabia de suas atividades pela causa alemã, e que aprovava de bom gosto seu esforço por distrair seus soldados.

Especula-se que a bela jovem inglesa teria tido algum relacionamento a mais do que simples amizade com Hitler, afinal, Unity, era uma mulher loira de olhos azuis, modelo da mulher ariana. Especula-se também, que a bela inglesa, por ver Hitler como mais do que um homem, como um verdadeiro deus, não teria ido além do amor ideal e da amizade. Enquanto outros argumentam que, por saber de suas atividades, Hitler evitou se relacionar com alguém que tinha levado quase que metade de seu exército para a cama. Contudo, houve, sim, um encontro íntimo na Chancelaria entre Hitler e Unity, em que esta notou que seu ídolo havia reservado uma garrafa de champanhe sobre a mesa.

ADOLF HITLER E UNITY MITFORD
Ao que parece, segundo a biografia de Unity Mitford teria manifestado o desejo de morrer por ele, e Hitler a convenceu de que sua missão era servir como sua valquíria pessoal, e esperá-lo no além.

Após este encontro, ocorreu muitos outros, como  quando Hitler a convidou para sua mesa na Osteria Bavaria, em Munique, em 9 de fevereiro de 1935 (o dia mais feliz de minha vida, escreveu ela).

Contudo, com a chegada da Segunda Guerra Mundial, tudo mudou. E em 3 de setembro de 1939, no Englischer Garten da capital bávara, Unity Mitford deu um tiro em sua cabeça ao saber que a Grã-Bretanha havia declarado guerra contra a Alemanha. Mas ela não morreu. Foi mandada, por sua proteção, por ordem de Hitler, de volta ao seu país, onde viveu sem ser vista como inimigo por seus patriotas. Porém, em 1948, aquela que havia se declarado a Valquíria de Adolf Hitler, morreu devido sequelas provocadas pela bala alojada em sua cabeça, fruto de sua tentativa de suicídio, levando para o túmulo seu desgosto por Hitler ter se suicidado e por ter falhado em sua missão de ser sua valquíria.

ACIMA, SEPULTURA DE UNITY MITFORD
No livro Hitler’s Valkyrie, the uncensored biography of Unity Mitford, David R. L. Litchfield faz um balanço da simpatia das famílias tradicionais da Grã-Bretanha, e argumenta que o anti judaísmo e a profunda simpatia de Unity Mitford pelo nazismo não era uma exceção – sua irmã Diana, que também se relacionou com vários oficiais nazistas, e por fim se casou com Oswald Mosley, presidente do partido nazista inglês, ou mesmo sua mãe, Lady Redesdale, que sonhava casar uma de suas filhas com Adolf Hitler –, membros  das nobres famílias inglesas possuíam profunda admiração pelos ideais nazistas, como o projeto de higiene racial. Porém, sem dúvida, a família Mitford foi a que mais se destacou.

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