UNITY MITFORD, A VALQUÍRIA DE HITLER, A MULHER QUE
PROMOVIA ORGIAS SEXUAIS PARA OS NAZISTAS
Valquírias
são deusas aladas pertencentes a mitologia dos povos nórdicos. A quem, após as
batalhas, era dado a tarefa de recolherem os corajosos guerreiros sucumbidos
heroicamente nas batalhas, e levados para o Valhala, onde Odin os receberiam no
magnífico salão de 540 portas do Vingölf para que estes o ajudassem durante o
Ragnarök, a luta final dos deuses nórdicos.
Em
plena década de 1930, uma jovem inglesa pertencente a uma das mais ricas e
nobres famílias da Inglaterra, tomou para si a tarefa, como as valquírias da
mitologia nórdica, de proteger e distrair soldados alemães das mais altas
patentes do exército nazista. Curiosamente, seu nome de batismo (sugerido
devido a amizade de seu avô com o compositor alemão Wagner) já possuía valquíria
no nome. Era a jovem Unity Valkyrie Freeman-Mitford (1914-1948).
Unity Valkyrie
Mitford, que era a quinta de seis irmãs, havia nascido, curiosamente, na cidade
de Swastika, no norte do Canadá. E tendo crescido em uma família que cultuava a
cultura alemã, acabou, como os demais membros de sua família, se identificando
com a política nazista, e professando um forte sentimento anti judaísmo.
O
forte anti judaísmo de Unity escandalizava Londres, com esta a fazer a saudação
nazista em pleno público e a propagar que os judeus deveriam serem mortos à
tiros.
E
graças a grande influência de sua família, conseguiu com 20 anos não apenas conhecer
seu grande ídolo, Hitler, como fazer parte do círculo íntimo de amizade deste,
mudando-se para a Alemanha, e morando em um apartamento que havia sido tomado
de um casal de judeus, redecorando-o enquanto eles ainda pegavam suas coisas.
Unity Valkyrie
Mitford possuía tanta influência ao ponto de ter o direito de falar em comícios
ao lado de grandes autoridades nazistas e de escrever para o mais importante
jornal nazista. E sua proximidade de Adolf Hitler chegou a provocar ciúmes em
Eva Braun, esposa do líder nazista.
No
livro Hitler’s Valkyrie, the uncensored biography of Unity Mitford, o
pesquisador David R. L. Litchfield, conta que certa vez Unity Mitford levou
seis oficiais da SS para seu apartamento em Munique permitiu que a amarrassem
em sua cama cercada por bandeiras nazistas, teve os olhos vendados por uma
braçadeira com a suática, deixando que a esquadra a dominasse, enquanto ouvia
por um gramofone o hino nazista, Horst Wessel Lied. Tal cena, segundo o mesmo autor, se
repetiria outras vezes.
Para a rica e influente Unity Mitford tal ato de
promiscuidade fazia parte de um ritual simbólico de se entregar totalmente a
causa nazista e também ao seu ídolo Adolf Hitler, que sabia de suas atividades
pela causa alemã, e que aprovava de bom gosto seu esforço por distrair seus
soldados.
Especula-se que a bela jovem inglesa teria tido algum
relacionamento a mais do que simples amizade com Hitler, afinal, Unity, era uma
mulher loira de olhos azuis, modelo da mulher ariana. Especula-se também, que a
bela inglesa, por ver Hitler como mais do que um homem, como um verdadeiro
deus, não teria ido além do amor ideal e da amizade. Enquanto outros argumentam
que, por saber de suas atividades, Hitler evitou se relacionar com alguém que
tinha levado quase que metade de seu exército para a cama. Contudo, houve, sim,
um encontro íntimo na Chancelaria entre Hitler e Unity, em que esta notou que
seu ídolo havia reservado uma garrafa de champanhe sobre a mesa.
Ao que parece, segundo a biografia de Unity Mitford teria manifestado o desejo de
morrer por ele, e Hitler a convenceu de que sua missão era servir como sua
valquíria pessoal, e esperá-lo no além.
Após este encontro, ocorreu muitos outros, como quando Hitler a convidou para sua mesa na
Osteria Bavaria, em Munique, em 9 de fevereiro de 1935 (o dia mais feliz de
minha vida, escreveu ela).
Contudo, com a chegada da Segunda Guerra Mundial,
tudo mudou. E em 3 de setembro de 1939, no Englischer Garten da capital bávara,
Unity Mitford deu um tiro em sua cabeça ao saber que a Grã-Bretanha havia declarado
guerra contra a Alemanha. Mas ela não morreu. Foi mandada, por sua proteção,
por ordem de Hitler, de volta ao seu país, onde viveu sem ser vista como
inimigo por seus patriotas. Porém, em 1948, aquela que havia se declarado a
Valquíria de Adolf Hitler, morreu devido sequelas provocadas pela bala alojada
em sua cabeça, fruto de sua tentativa de suicídio, levando para o túmulo seu desgosto
por Hitler ter se suicidado e por ter falhado em sua missão de ser sua
valquíria.
No
livro Hitler’s Valkyrie, the uncensored biography of Unity Mitford, David
R. L. Litchfield faz um balanço da simpatia das famílias tradicionais da
Grã-Bretanha, e argumenta que o anti judaísmo e a profunda simpatia de Unity Mitford
pelo nazismo não era uma exceção – sua irmã Diana, que também se relacionou com
vários oficiais nazistas, e por fim se casou com Oswald Mosley, presidente do
partido nazista inglês, ou mesmo sua mãe, Lady Redesdale, que sonhava casar uma
de suas filhas com Adolf Hitler –, membros das nobres famílias inglesas possuíam profunda
admiração pelos ideais nazistas, como o projeto de higiene racial. Porém, sem
dúvida, a família Mitford foi a que mais se destacou.
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