Se hoje o racismo é tido como crime em muitos país, inclusive no Brasil, no passado ele não apenas era a regra geral como era defendido por teóricos que buscavam na ciência fundamentos para suas crenças racistas. E foi no século XIX que teóricos do racismo buscaram com maior intensidade na biologia e na história das civilizações bases para fundamentar suas horríveis teorias que tinham como objetivo demonstrar a suposta superioridade da raça branca sobre as demais raças humanas. Fato que atingiria seu apogeu com o extermínio de povos tidos como inferiores pelo Nazismo no século XX.
Aqui, dois importantes teóricos do racismo serão abordados. O francês ARTHUR DE GOBINEAU (1816 - 1882), que foi diplomata no Brasil durante o século XIX, para o qual a mistura de raça do povo brasileiro, o tornava inferior tanto em qualidades físicas quanto em inteligência e virtudes morais; e CESARE LOMBROSO (1835 - 1909) psiquiatra italiano que pretendia identificar criminosos por meio da cor de sua pele, olhos, cabelos, buscando, por meio de suas características físicas, condenar o indivíduo como criminoso antes que este praticasse o crime.
A influência destas correntes racistas teve tanta influência no Brasil, que ainda podemos ver sua influência em um clássico da literatura brasileira: O CORTIÇO, do escritor maranhense Aluísio Azevedo, obra de 1890, e usado como livro de leitura obrigatória para vestibulares.
O livro conta a história de portugueses que vêm para o Brasil para tentar melhorar de vida. Descreve os brancos portugueses como pessoas virtuosas, trabalhadoras, enquanto os mulatos brasileiros, seriam pessoas preguiçosas, dadas ao divertimento exagerado, esquecendo do trabalho.
Os portugueses quando em contato com os mulatos brasileiros, e com sua cultura, adquirem maus hábitos, tornando-se maus-caráter, é isso que vemos quando o livro descreve o português Jerônimo, homem dedicado ao trabalho e a família, que ao vir para o Brasil, se apaixona pela mulata brasileira Rita Baiana, renega a mulher e a filha, e passa a adquirir hábitos brasileiro:
Cesare Lombroso (1835 - 1909) foi um cientista italiano que acreditava que indivíduos que nascessem com certas características físicas, tais como sobrancelhas muito arqueadas e espessas, pelos nas orelhas, dentes pontiagudos, fronte proeminente, olhos, cabelos e pele escura, eram pessoas que já nasciam com tendência a ser criminosos. Ele tentou provar isso examinando prisioneiros e cadáveres de criminosos, agrupando estas características humanas como sendo o modelo do criminoso nato.
Lombroso, por meio de tais características, buscava identificar indivíduos criminosos antes mesmo que eles cometessem crimes, mantendo-os longe da sociedade.
Curiosamente, como seria de esperar, pelo tom racista da época, as características físicas humanas que Lombroso classificava como de tendência criminosa eram muito mais comuns em raças tidas pelas sociedades europeias da época como inferiores.
As teorias de Cesare Lombroso ficaram tão famosas no século XIX, que acabou fortalecendo muito a crença geral de julgar o caráter de uma pessoa por sua aparência, por sua cor de pele, fortalecendo ainda mais o racismo da época por aparentar dar a ele bases científicas.
O racismo e a crença de que havia raças com tendências ao crime era tão certa na época de Lombroso, que jamais ocorreu a este que o maior número de pessoas tidas como indivíduos de raça inferior entre criminosos se devia ao fato de que menos oportunidades sociais eram dadas a estas pessoas, justamente pelo próprio racismo, e não por estas trazerem em si tendências inatas ao crime, e por isso, estas tinham maior propensão em cair no crime.
Arthur de Gobineau (1816 - 1882) foi um diplomata francês, que se dedicou a mostrar por meio de seus escritos, tais como Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas, que a mistura de raças levava a diminuição das boas qualidades de um povo.
Gobineau trabalhou durante um ano como embaixador da França no Brasil, país cujo povo, devido a grande mistura de raças, ele não via com bons olhos, prevendo um péssimo futuro para nosso país, e argumentando que para o Brasil só havia uma saída: estimular a vinda de europeus, então tidos por ele como superiores, para melhorar as qualidades de nosso povo.
Sua influência foi tão grande em nosso país que durante o final do século XIX e começo do século XX, o governo brasileiro estimulou a vinda de europeus, na tentativa de “branquear” a população brasileira.
Tempos Atuais
As ideias de Arthur Gobineau e de Cesare Lombroso se mostraram, por meio das novas descobertas científicas, como apenas fruto do preconceito de suas épocas e de seus criadores.
FONTES:
O Cortiço, Aluísio Azevedo.
Cesare Lombroso e a Teoria do Criminoso Nato
A Extinção do Brasileiros Segundo o Conde Gobineau, de Ricardo Alexandre Sousa
Aqui, dois importantes teóricos do racismo serão abordados. O francês ARTHUR DE GOBINEAU (1816 - 1882), que foi diplomata no Brasil durante o século XIX, para o qual a mistura de raça do povo brasileiro, o tornava inferior tanto em qualidades físicas quanto em inteligência e virtudes morais; e CESARE LOMBROSO (1835 - 1909) psiquiatra italiano que pretendia identificar criminosos por meio da cor de sua pele, olhos, cabelos, buscando, por meio de suas características físicas, condenar o indivíduo como criminoso antes que este praticasse o crime.
A influência destas correntes racistas teve tanta influência no Brasil, que ainda podemos ver sua influência em um clássico da literatura brasileira: O CORTIÇO, do escritor maranhense Aluísio Azevedo, obra de 1890, e usado como livro de leitura obrigatória para vestibulares.
O livro conta a história de portugueses que vêm para o Brasil para tentar melhorar de vida. Descreve os brancos portugueses como pessoas virtuosas, trabalhadoras, enquanto os mulatos brasileiros, seriam pessoas preguiçosas, dadas ao divertimento exagerado, esquecendo do trabalho.
Os portugueses quando em contato com os mulatos brasileiros, e com sua cultura, adquirem maus hábitos, tornando-se maus-caráter, é isso que vemos quando o livro descreve o português Jerônimo, homem dedicado ao trabalho e a família, que ao vir para o Brasil, se apaixona pela mulata brasileira Rita Baiana, renega a mulher e a filha, e passa a adquirir hábitos brasileiro:
O português abrasileirou-se para sempre; fez-se preguiçoso, amigo das extravagâncias e dos abusos, luxurioso e ciumento; fora-se-lhe de vez o espírito da economia e da ordem; perdeu a esperança de enriquecer…Também descreve a profunda admiração de pessoas de raças tidas como inferiores por pessoas de raça superior, européia, como quando o português João Romão, visando a enganar e surrupiar, convida a negra Bertoleza para morarem juntos:
Ele propôs-lhe morarem juntos e ela concordou de braços abertos, feliz em meter-se de novo com um português, porque, como toda a cafuza, Bertoleza não queria sujeitar-se a negros e procurava instintivamente o homem numa raça superior à sua.Dois Teóricos Racistas
Cesare Lombroso |
Lombroso, por meio de tais características, buscava identificar indivíduos criminosos antes mesmo que eles cometessem crimes, mantendo-os longe da sociedade.
Curiosamente, como seria de esperar, pelo tom racista da época, as características físicas humanas que Lombroso classificava como de tendência criminosa eram muito mais comuns em raças tidas pelas sociedades europeias da época como inferiores.
As teorias de Cesare Lombroso ficaram tão famosas no século XIX, que acabou fortalecendo muito a crença geral de julgar o caráter de uma pessoa por sua aparência, por sua cor de pele, fortalecendo ainda mais o racismo da época por aparentar dar a ele bases científicas.
Mulheres, Segundo Lombroso, com Características Criminosas |
Arthur Gobineau |
Arthur de Gobineau (1816 - 1882) foi um diplomata francês, que se dedicou a mostrar por meio de seus escritos, tais como Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas, que a mistura de raças levava a diminuição das boas qualidades de um povo.
Gobineau trabalhou durante um ano como embaixador da França no Brasil, país cujo povo, devido a grande mistura de raças, ele não via com bons olhos, prevendo um péssimo futuro para nosso país, e argumentando que para o Brasil só havia uma saída: estimular a vinda de europeus, então tidos por ele como superiores, para melhorar as qualidades de nosso povo.
Já não existe nenhuma família brasileira que não tenha sangue negro e índio nas veias; o resultado são compleições raquíticas que, se nem sempre repugnantes, são sempre desfavoráveis aos olhos - Arthur Gobineau.Gobineau acreditava que, se caso nada fosse feito para melhorar a raça brasileira, o povo brasileiro não duraria 200 anos.
Sua influência foi tão grande em nosso país que durante o final do século XIX e começo do século XX, o governo brasileiro estimulou a vinda de europeus, na tentativa de “branquear” a população brasileira.
Tempos Atuais
As ideias de Arthur Gobineau e de Cesare Lombroso se mostraram, por meio das novas descobertas científicas, como apenas fruto do preconceito de suas épocas e de seus criadores.
FONTES:
O Cortiço, Aluísio Azevedo.
Cesare Lombroso e a Teoria do Criminoso Nato
A Extinção do Brasileiros Segundo o Conde Gobineau, de Ricardo Alexandre Sousa
Esse blog é show!não perco uma atualização
ResponderExcluir"Extrema direita ",vim aqui para ver algo inteligente e acho esse tipo de comentário....quer dizer que aqueles que prezam pelos valores familiares,são extremos????Vão à merda com esse papo imbecil,a merda esquerdopata está em tudo,incluindo em sites que deveriam ser isentos e demonstram seu caráter,através de opiniões favoráveis à certos grupos 👎👎👎👎👎🤮🤮👟
ResponderExcluir