segunda-feira, 29 de maio de 2023

OPERAÇÃO PRATO: Governo Brasileiro Proíbe Divulgação de Imagens de “Discos Voadores”



OPERAÇÃO PRATO: Governo Brasileiro Proíbe Divulgação de Imagens de “Discos Voadores”


Em 1977, o Estado do Pará foi assombrado por um estranho fenômeno de luzes vindas do céu que atacavam pessoas principalmente moradores de pequenas cidades do interior, se concentrando na Região do Salgado, e até mesmo chegando próximo da cidade de Belém, como apontam matérias de jornais da época; as pessoas relataram terem o sangue drenado e pequenas marcas em seus corpos.





O pânico e os crescentes relatos de luzes misteriosas nos céus do Pará chamou atenção do Exército Brasileiro que a princípio acreditava ser invasão de países estrangeiros, mobilizando para a cidade de Colares, soldados para registrar o estranho fenômeno. A operação ficou conhecida como Operação Prato (nome dado em alusão ao formato dos discos voadores).





Porém, enquanto países como os Estados Unidos passam a liberar vídeos com gravações de estranhos objetos nos céus de seu país, feito pelo próprio Exército americano, o governo brasileiro, no dia 17 de abril deste ano, proibiu que que vídeos e documentos relativos à Operação Prato sejam divulgados, decretando SIGILO ETERNO sobre seu material. O decreto se baseia no Art. 7,§1, da lei de acesso a informação, que proíbe a liberação de informação que afete a segurança nacional. 


O que conteria tais imagens para tão grande sigilo? 

 



sábado, 27 de maio de 2023

COINCIDÊNCIAS MACABRAS ENTRE SHOPPING BOULEVARD E EDIFÍCIO MANOEL PINTO DA SILVA



COINCIDÊNCIAS MACABRAS ENTRE SHOPPING BOULEVARD E EDIFÍCIO MANOEL PINTO DA SILVA


Localizado em área nobre da cidade de Belém, o Shopping Boulevard tornou-se também conhecido por ter se tornado, nos últimos anos, como o local preferido daqueles que desejam por fim à própria vida pulando de sua altura. 


Desde 2013, quando houve o primeiro suicídio até hoje, o shopping amarga 7 suicídios em suas dependências, o mais recente acontecido no dia 24 de maio deste ano. Em 10 anos, são quase um suicídio por ano, o que pode ser considerado uma taxa bastante alta de suicídios.


Porém o Shopping Boulevard não é o primeiro local de Belém a exercer tanta atração em suicidas. Nas décadas de 1970 e 1980, o Edifício Manoel Pinto da Silva também amargou a triste fama de ser o local preferido dos suicidas de Belém, que procuravam suas dependências para saltarem para a morte. Os dois casos são tão parecidos que vale comentar sobre suas semelhanças, e os motivadores para tanto suicídios.


Edifício Manoel Pinto da Silva


As Semelhanças

Construído em área nobre da cidade, na década de 1950, no estilo Art Decó, o Edifício Manoel Pinto da Silva foi o primeiro arranha-céu de Belém, e assim como o Shopping Boulevard, era a construção comercial mais badalada da época que se destacava por ser o prédio mais alto e imponente da cidade; era um edifício feito para servir de moradia e também para conter escritórios e lojas, o que proporcionava, semelhante ao já referido shopping, a livre entrada de pessoas em suas dependências (incluindo, claro, aquelas que tinham a firme intenção de se matarem). Havia também o importante fato de que o Edifício Manoel Pinto da Silva não tinha sido construído tendo em mente meios para impedir a possibilidade de eventuais suicídios, mas ao contrário, sua estrutura até facilitava: o edifício possuía parapeitos baixos não sendo um grande obstáculo a quem queria se jogar de sua área interna, que era agravada com o fácil acesso às áreas mais altas do prédio, e durante as décadas passadas nem se falava em telas de proteção muito menos em instalação destas.


Ponte Golden Gate, nos Estados Unidos,
um dos Lugares com Maior Número de Suicídios do Mundo 

Outro fator que exerce forte atração nos suicidas, que merece destaque e que está presente não apenas nos dois lugares citados aqui mas em qualquer outro lugar que tenha se tornado local de frequentes suicídios, é que estes locais passam a ser um referencial para aqueles que desejam tirar a própria vida, com as histórias de outros casos de suicídios exercendo uma forte influência de identificação com a dor sentida pelos suicídas anteriores, tornando-se um grande reforço para novos suicídios, e criando um mórbido ritual de escolher o mesmo local para se cometer novos suicídios.


Uma Coincidência Macabra

Quando um local se torna famoso por um número cresce de crimes ou casos trágicos, é comum que seja apontado como fruto de alguma maldição relacionado ao terreno onde fora construído, e, curiosamente, tanto o Edifício Manoel Pinto da Silva quanto o Shopping Boulevard possui uma macabra coincidência: os dois foram construídos em locais tidos como de mal agouro.


O Edifício Manoel Pinto da Silva fora construído em terreno do antigo Cemitério da Soledade, que se estendia até as imediações da Praça da República, embora quando de sua construção grande parte do Cemitério há muito já havia sido desativado, fato ocorrido em 1880.


Shopping Boulevar, Tarde de Quarta-Feira 24/05/2023

Já o Shopping Boulevard fora construído nas mediações do Igarapé das Almas, antigo igarapé que durante a guerrilha da Cabanagem, onde, 1840, os cabanos escondiam suas armas, daí dando o nome de Igarapé das Armas. Porém, após o fim do conflito, moradores das proximidades começaram a relatar o avistamento de figuras fantasmagóricas a rodar pela região, o que levou os moradores a acreditar se tratar da almas daqueles que morreram em tal conflito que vinham para recuperar suas armas, o que levou os moradores a passar chamar o pequeno rio de Igarapé das Almas.


É interessante também comentar que os dois locais acumulam grande número de relatos sobrenaturais, relatados por seus frequentadores e moradores, com alguns relatos apontando a presença de uma criança sempre vista na área de estacionamento do shopping, enquanto moradores do Edifício Manoel Pinto relatam a visão de estranhas pessoas em meio às atividades de seus moradores.  


Seja como for, com o tempo a fama de edifício preferido dos suicidas, do Manoel Pinto da Silva, foi se apagando da memória da população, devido ao fim dos suicídios em suas dependências, motivada grandemente pelo envelhecimento do edifício que deixou de ser uma novidade e badalado e principalmente porque deixou de ser um edifício comercial, o que fez que o acesso de pessoas às suas dependências fosse restringida apenas aos moradores ou aqueles permitidos por estes. 

sexta-feira, 12 de maio de 2023

SAIBA COMO A IGREJA CRIOU A IMAGEM DE JESUS CRISTO



SAIBA COMO A IGREJA CRIOU A IMAGEM DE JESUS CRISTO

Alguns anos atrás causou certa discussão a imagem de Jesus feita por um programa de computador que, por meio de características físicas dos judeus do tempo em que, supostamente, Jesus teria vivido, teria feito a imagem mais próxima do que seria o verdadeiro rosto de Jesus Cristo, criando a imagem de um homem de rosto moreno, cabelo crespo e densa barba negra.


Imagem de Jesus Cristo Criado por Inteligência Artificial, em 2008

Independente da questão se Jesus existiu ou não (sim, a questão ainda está em aberto), ou foi apenas uma criação mitológica com base em deuses gregos, a verdade é que as primeiras imagens do Jesus bíblico foi primeiro retratado, não como um judeu de pele morena e cabelos pretos encaracolados, mas com pele branca e fisionomia grega, já que a igreja tomou como base os deuses da antiga Grécia para criar a imagem de Jesus Cristo (seguramente, não apenas a aparência mas também muitas das características do Jesus bíblico), como podemos ver por meios das mais antigas imagens de Cristo retratadas em catacumbas e sarcófagos dos primeiros cristão da Síria e Roma, em que Cristo aparece dividindo o mesmo ambiente funerário com deuses gregos, mas também possuindo fisionomias semelhantes a esses deuses, tais como Hermes, Orfeu, Hércules, Asclépio e Mitra.


Hercules com Cérbero, o Cão de Três Cabeças, em uma Catacumba Cristã

A presença de deuses gregos que, tal qual Jesus, também venceram a morte, em locais funerários dos primeiros cristãos, demonstra que os primeiros cristãos cultuavam Jesus assim como cultuavam também outros deuses que venceram a morte. Porém, essa concepção mudaria com o tempo, com autoridades da igreja defendendo e criando meios de diferenciar Jesus do paganismo e o tomando como superior aos demais deuses, e único deus verdadeiro. O que levou o teólogo e Pai da Igreja, Justino Mártir (100 - 165), percebendo a imensa semelhança de Jesus com deuses gregos, e tendo a intenção de diferenciá-lo dos demais para dar maior poder e notoriedade a seu culto, argumentou que tal semelhança não se devia a um plágio da igreja, mas a influência dos demônios que fizeram com que outros povos e religiões copiassem as características do Cristo futuro só para torná-lo um deus semelhante aos demais e assim confundir os devotos do verdadeiro deus.


Hermes, o Bom Pastor



Conhecido como o Bom Pastor, centenas de anos antes de Jesus, Hermes tinha o poder de curar pessoas, era o deus mensageiro e por isso tinha livre acesso ao Hades, região para onde iam as almas dos mortos. Hermes era representado carregando um cordeiro nos ombros, imagem que posteriormente seria usado pela igreja para retratar Jesus Cristo.


Jesus Cristo, o Bom Pastor

Asclépio, o Milagreiro



Asclépio tinha o dom da cura, saia pelo mundo curando doentes e praticando milagres em enfermos e aleijados; causou a ira de Zeus quando ressuscitou um homem morto.



Orfeu



Munido de sua lira, Orfeu tinha poder de encantar todas as criaturas com sua música, incluindo animais que lhe prestavam culto; sua imagem envolta de animais influenciou na criação da imagem do menino Jesus adorado por animais na manjedoura. Orfeu desceu ao reino dos mortos em busca de sua amada Eurídice. Seu culto possuía ensinamentos sobre a vida após a morte.


O Menino Jesus Sendo Adorado Pelos Pais e por Animais

A POLÊMICA CLEÓPATRA NEGRA DA NETFLIX



A POLÊMICA CLEÓPATRA NEGRA DA NETFLIX

Com a série Vikings: Valhalla, da Netflix, vimos uma rainha negra comandar vikings na luta pelo poder da Escandinávia, na alta idade média. Por meio da série Bridgerton, vimos nobres ingleses negros dominarem a corte inglesa no início do século XIX, ignorando totalmente a escravidão negra e o extremo racismo desse século.

 



OK, não há nenhum problema nisso, já que tanto a série Vikings: Valhalla quanto Bridgerton são séries ficcionais, ou seja, fantasiosas, em que é tão possível conceber uma rainha viking negra e uma Inglaterra do século XIX sem escravidão e racismo quanto imaginar uma estória com dragões, fadas e zumbis.


Cena de Bridgerton

Porém, quando se quer fazer um documentário sobre uma personalidade histórica, a ficção e a fantasia devem ser deixadas de lado, e se prender apenas aos fatos históricos. E parece que isso não se aplica ao novo documentário da Netflix sobre a rainha Cleópatra, que a concebe como tendo sido uma mulher negra.


Bem, uma coisa é ter total liberdade para criar uma personagem ficcional, que nunca existiu, como a rainha negra da série Vikings: Valhalla, outra é fazer um documentário e abordar uma personagem histórica, de carne e osso, e ignorar sua história em prol de um ideal político.


Cleópatra, que nasceu e morreu em Alexandria, no Egito, cidade criada pelo Imperador Alexandre o Grande e dominada pela cultura grega, pertencia a dinastia que teve início com Ptolomeu, general do imperador Alexandre, cujo vasto império ia de Portugal até parte da Índia e norte da África, e que após sua morte, foi dividido entre seus generais, cabendo a Ptolomeu I tornar-se rei do Egito.


Imagem Romana, Pintada no Tempo de Cleópatra,
Mostrando uma Mulher Branca e Ruiva


Cleópatra era descendente direta de Ptolomeu I, homem macedônico, grego, branco europeu, e que pertencia a um povo que, embora buscasse impor sua cultura helênica a outros povos, e permitisse a mistura de culturas, não permitia a mistura de sua linhagem, praticando o casamento entre irmãos como forma de manter a mesma linhagem familiar, regra mantida até recentemente por monarquias europeias, que estimulava o casamento entre parentes, e que era muito comum o casamento entre primos e sobrinhas e tios; a própria Cleópatra se casou com um irmão, Ptolomeu XIII.

 



Portanto, há inúmeras evidências históricas, incluindo esculturas da própria Cleópatra, para acreditar que ela era uma mulher branca. A crítica aqui não se trata de racismo ou outra forma de preconceito, mas de precisão histórica, já que a Netflix propõe retratar Cleópatra por meio de um documentário. Contudo, a famosa plataforma não apenas concebe a personagem principal uma mulher negra, como também todos seus irmãos e mesmo seu pai, Ptolomeu XII.


O documentário é composto por cenas encenadas por atores e dividido por comentários feitos por meio de entrevistas a algumas pessoas --- algumas delas não especialistas no assunto, com opiniões bem pessoais, sem nenhuma base histórica, mas motivadas por lembranças emotivas sobre a famosa rainha.


A falta de precisão histórica do documentário da Netflix sobre Cleópatra, reforçou em mim a desconfiança sobre o fundo político e ideológico que um documentário pode conter ao ponto de distorcer os fatos.


E não ligando para a controvérsia que mobilizou o Egito e sua população que acusa a Netflix de distorcer sua história, e a ameaça do governo egípcio de banir a empresa de seu território, o documentário da Netflix estreou nesta quarta-feira, 10 de maio.