quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

DAMARES E AS FAKE NEWS SOBRE A ILHA DE MARAJÓ





DAMARES E AS FAKE NEWS SOBRE A ILHA DE MARAJÓ


Recentemente a cantora paraense Aymeê Rocha em um programa de reality gospel, cantou a música de sua própria autoria “Evangelho de Fariseus”, que faz duras críticas aos próprios evangélicos: 


“O Reino virou negócio.

O dízimo importa mais do que os corações.”


A música também faz alusão a situação das crianças na ilha de Marajó/Pa:


“Ah, um evangelho de fariseus

cada um escolhe os seus

E se inflamam na bolha do sistema

Ah, enquanto isso, no Marajó

O João desapareceu

Esperando os ceifeiros da grande seara”.


Contudo, mesmo a crítica na música feita ao papel dado ao dízimo nas igrejas evangélicas atuais ter sido extremamente polêmica, devido ter sido apresentada em um programa evangélico e na presença de vários pastores, o que chamou a atenção dos jurados do programa não foi a crítica ao dízimo mas a citação da ilha de Marajó, que passou a ser debatido após a cantora ter terminado de cantar sua canção.


Questionada sobre o que a inspirou a compor tal música, Aymeê respondeu que foi os casos de pedofilia acontecidos na ilha de Marajó.


“As famílias de lá [ilha de Marajó] são muito carentes. Criancinhas de 6, 7 anos saem numa canoa e elas se prostituem dentro do barco por 6 reais”, disse a cantora aos jurados.




Aymeê também comentou que há em Marajó “tráfico de órgãos”.


O vídeo com os comentários da cantora sobre a ilha de Marajó logo foi compartilhado milhares de milhares de vezes pelas redes sociais, assim como vídeos falsos com supostas cenas de pedofilia acontecido em outros lugares, não na ilha de Marajó. 


O vídeo de Aymeê Rocha também ressuscitou um antigo vídeo da ex-ministra do governo Bolsonaro sobre as supostas atrocidades cometidas contra crianças em Marajó.


Damares e as Bonecas Sexuais da Deep Web


Em vídeo, quando era ministra do governo Bolsonaro, a atual senadora Damares, afirmou ter informações gravíssimas sobre o tráfico de crianças na ilha de Marajó; disse ela em um culto em Goiânia:


“Nós temos imagens, de crianças nossas, brasileiras, com 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras sequestradas, os seus dentinhos são arrancados, pra elas não morderem durante o sexo oral. Essa nação que a gente ainda tem, irmãos. Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa pro intestino ficar livre para a hora do sexo anal”.


O Ministério Público cobrou de Damares as provas de que haveria, de fato, o que ela afirmava acontecer na ilha de Marajó. Damares respondeu que não tinha nenhuma prova; que teria apenas ouvido falar de tais atrocidades.




O relato da ex-ministra Damares se assemelha bastante à uma lenda urbana surgida durante o começo dos anos 2000, das chamadas “bonecas sexuais”.


Dizia-se que, pela Deep Web, um médico vendia bonecas sexuais humanas. Para isso ele recolhia crianças de orfanatos de países pobres do leste europeu, cortava-lhes os braços, pernas e as cordas vocais, para evitar que fugissem e gritassem; tirava-lhes os dentes e os substitua por dentes moles de silicone, para que evitassem morderem durante o sexo oral; e estas crianças deveriam ser alimentadas por comida pastosa. Desta forma as crianças eram transformada em uma espécie de boneca que ficariam a mercê dos gostos sexuais de seus algozes.




A existência de tais bonecas sexuais nunca teve qualquer indício de que existiriam, pois era apenas uma lenda urbana de internet. Parece que Damares a teria adaptado à ilha de Marajó.


Tráfico de Órgão na Ilha de Marajó?

Lucas Hayashi no Inteligência Limitada

A fala de Aymeê Rocha, como era de se esperar, também trouxe à tona denúncias feitas por ongs evangélicas. 


Recentemente, no pod cast Inteligência Limitada, o pastor Lucas Hayashi da igreja Zion Church, foi confrontado pelo fato de que ele teria dito de que na ilha de Marajó teria sido descoberto um cemitério com corpos de crianças e adultos encontrados sem órgãos internos, insinuando a grave existência de tráfico de órgão na região. E ao ser perguntado se ele poderia dizer onde estaria este cemitério, já que nem mesmo a Polícia Federal sabia algo sobre, o pastor, assim como fez Damares, afirmou que apenas teria ouvido falar.


É estranho a afirmação de tráfico de órgãos em Marajó, já que a extração e conservação de órgãos humanos para transplante requer um grande aparato médico, e o rápido transporte do material até aquele que irá recebê-lo, exigindo transportes rápidos, como o uso de helicópteros e aviões, e um hospital bem aparelhado para o transplante; uma estrutura que a ilha de Marajó não possui, e chamaria atenção se tivesse algo semelhante e ilegal na região.


Miséria e Abandono


A ilha de Marajó tem denúncias de pedofilia, miséria e falta de amparo político, como vários lugares de nosso país, que merecem tanto atenção quanto Marajó, não sendo problemas exclusivos da ilha. Agora levantar denúncias gravíssimas sem que seja apresentada a menor evidência a favor, parece ser má fé.


Parece que o que há por trás de todas essas graves denúncias, sem quaisquer evidência, e que tem chamado bastante atenção da mídia para a ilha, tem como causa motivações políticas e interesse de organizações religiosas que aproveitam o momento para se promover, arrecadar fundos e ganhar cada vez mais influência política sobre a região. O que fica claro nas próprias palavras do pastor Lucas Hayashi (um dos membros da família fundadora da igreja Zion Church), que disse no referido pod cast: “Nós temos que ser a voz das crianças, nós temos que ser a voz da população marajoara”. Ou seja, Hayashi acaba atribuindo a si e a sua igreja o papel que é dado ao governo do estado do Pará de representar, de forma constitucional, a população da ilha de Marajó. 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

RELATOS DE EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE

RELATOS DE EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE


Relatos de EQMs (Experiência de Quase-Morte) são fascinantes. Já ouvi dezenas de relatos de pessoas dizendo que “voltaram à vida” após um período em que foram consideradas mortas, revelando terem tido experiências incríveis, como sentir-se deixando o corpo, visto seu corpo inerte no leito de cirurgia e transportadas para lugares fantásticos. Em muitos casos o paciente é capaz de relatar tudo que se passou durante a cirurgia, o que foi feito e dito pelos médicos, ou ter visitado parentes em lugares distantes, descrevendo suas roupas e o que eles faziam; o que é confirmado posteriormente pelos próprios parentes. 


As EQMs são fascinantes, antes de tudo, por confrontar o sujeito mais cético e materialista (que acredita que a ciência é a única fonte de conhecimento verdadeiro), devido grande parte das experiências acontecerem em um ambiente cercado de ciência, ocorrendo durante cirurgias ou salas de UTI, em que o paciente está conectado a aparelhos médicos, que medem o batimento cardíaco e a atividade cerebral, e, muitas vezes, o paciente está sob efeito de anestesia, sem nenhuma atividade mental, com aparelhos mostrando que houve parada cardíaca e um período que se assemelha com a morte do corpo.




E ainda mais impressionante, são os relatos de EQMs em que o paciente retornou da experiência de quase-morte curado da grave doença que o levou ao coma, sendo comprovado por exames médicos e pela própria equipe médica que o auxiliou.


Fatos Comuns às Experiências de EQM

Nas experiência, estão lá, além do sair do corpo e vê-lo do teto, o túnel de luz e a experiência de que “a vida toda se passou como se fosse um filme”, e a sensação de total ausência de dor, paz profunda, amparo, ausência de corpo e o subir além do teto do hospital, para fora de nosso planeta. Outra sensação comum é a sensação de presenças próximas, que pode ser familiar ou não, e o aviso de que “não chegou sua hora” ou a experiência de tomar a decisão de voltar para o corpo ou não, sendo a volta ao corpo marcada pelo retorno a sentir a dor causada pelo acidente ou doença que vitimou o paciente.




Mas engana-se quem acha que as experiências de EQM são sempre agradáveis, uma pequena parcela delas são extremamente desagradáveis. Lembro do relato do Ênio, no canal Afinal, O Quem Somos Nós, no youtube, e do desconforto dele ao relembrar sua experiência para a câmera e a frase pronunciada por ele: “Eu não desejo isso para ninguém”. 


Ênio havia sido acometido de um AVC, e mandado para a UTI, ele se viu em uma cidade abandonada, com pessoas vivas, porém despedaçadas pelo chão, que pediam ajuda, enquanto um enorme ser amedrontador caminhava por entre elas. Ênio não conseguia sair de tal ambiente, sempre se deparando com a horrível criatura e também com as pessoas em pedaços. Para ele sua experiência havia durado 5 longos dias de extrema angústia neste lugar, até retornar ao seu corpo.


Especialistas Também Têm EQM

Interessante também são os casos de EQMs acontecidos com aqueles que justamente teriam a função de explicá-las, e, no entanto, se mostram tão ignorantes quanto qualquer outra pessoa. São os casos das EQMs ocorridas com experientes neurocirurgiões, com grande conhecimento sobre o funcionamento do cérebro humano, incapazes de entender como foi possível que eles próprios, em coma, sem atividade cerebral alguma, puderam ter experiências complexas e extremamente realistas. Foi o caso do neurocirurgião e professor da universidade de Harvard, o estadunidense Eben Alexander, que em 2008, passou 7 dias em coma devido a uma meningite, e que durante esses dias viveu experiências incríveis.




Eben relata que se sentiu transportado, primeiro para um lugar escuro e tomado por lama, como se ele fosse um organismo primitivo, e, em seguida, para um lindo campo com árvores, flores e borboletas, em que uma mulher de roupas simples e branca, com asas, o recebeu, e lhe disse: “Que não havia nada a temer”.


EQM e Religião

As EQMs acontecem independente da crença religiosa ou da descrença das pessoas, e também de condições sociais, profissionais e econômicas, sendo bastante individuais apesar dos vários elementos em comum. E após ter acompanhado vários delas chamou-me especial atenção o fato de que tais experiências não se assemelham às descrições feitas por nenhuma religião conhecida (o que é afirmado pelos próprios indivíduos que a experimentaram), que descreva o que aconteceria após a morte, o que seria de esperar caso as EQMs fossem fruto apenas da imaginação pessoal dos pacientes.




Os Relatos de EQM

Para quem acompanha os relatos é natural que assista com desconfiança devido a natureza fantástica e inacreditável do que é narrado. Contudo, não existem fatos considerados ainda como inexplicáveis que tenham sido tão bem amparados pela ciência e por profissionais da medicina, quanto as EQMs. Além disso, deve-se levar em conta que as pessoas que relatam suas experiências estão expondo suas caras e identidades para quem quiser ver, não obtendo nenhum lucro e enfrentando o risco de serem taxadas de loucas ou perder a credibilidade em seus empregos, muitos profissionais da medicina. 


Para quem tem curiosidade de assistir tais relatos, recomendo o canal do youtube, Afinal, O Quem Somos Nós, que, no princípio, era comandado por um neurologista, e atualmente por um físico, que conduz a entrevista.


Tenho notado que o que move os participantes a relatar suas experiências é a necessidade de dividir com outras pessoas suas experiências, motivados principalmente pelos relatos de outros participantes que lhes dão segurança e certeza de que não foram as únicas pessoas a ter tais experiências.

 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

A LENDA DE CAMILLE MONFORT: Um Romance Gótico Vampiresco e Amazônico




A LENDA DE CAMILLE MONFORT: Um Romance Gótico Vampiresco e Amazônico

Embora a cidade de Belém houvesse se tornando uma das cidades mais prósperas e modernas do Brasil durante o ciclo da borracha (1870 a 1920), quanto aos direitos das mulheres, continuava tão atrasada quanto qualquer outra cidade brasileira da época. Mulheres eram criadas, antes de tudo, para serem boas esposas e mães; estudar, adquirir conhecimento e ter uma profissão, era tão impensado a elas quanto não casar ou ser mãe solteira.



Por isso, em 1896,  a vinda da cantora lírica francesa Camille Monfort (1869 - 1896) para a cidade de Belém, para concertos no Theatro da Paz, causaria um imenso alvoroço. 

Camille não possuía o comportamento de uma mulher de sua época: era instruída, extrovertida, uma sufragista que defendia o direito ao voto feminino e, sobretudo, era uma mulher de espírito livre que adorava se refrescar seminua sob a chuva da tarde, levando esposas a tapar os olhos de seus maridos quando a viam; os mesmos que, à noite, após seus concertos no Theatro da Paz, lhes enviavam buquês de flores com perfumados bilhetinhos.



Chamou também a atenção os seus passeios noturnos, com seu longo vestido negro à beira do Rio Guajará em noites de lua cheia. 

Para aonde ia, sempre fora um grande mistério, nunca revelado mesmo por aqueles que a seguiam, pois ela parecia desaparecer dentro da noite feito um animal noturno.

As mocinhas queriam vestir-se como ela, abusavam de vestidos negros, deixando de lado o modo francês de se vestir, com suas cores vivas e alegres, e abraçaram o modo vitoriano. 

Logo Camille Monfort tornou-se a sensação da cidade, com pessoas que vinham de todos os cantos e aguardavam a chuva cair apenas para vê-la dançar e cantar durante seus banhos de chuva. 



Porém, logo ela passou a incomodar as conservadoras senhoras, que viravam o rosto ou cuspiam no chão ao vê-la passar, pois viam nela uma má influência, argumentando que suas filhas já não queriam casar e constituir família, preferindo trabalhar e a se dedicar às artes e ofícios.

E assim vieram os rumores venenosos: dizia-se que ela tinha o poder de hipnotizar o público com sua linda voz; de fazer homens escravos de sua vontade, de fazê-los jogar-se aos seus pés após os concertos e de lhe dar banho com caríssimas champanhes; de arruinar casamentos por puro prazer e, devido sua palidez e uma suposta doença adquirida em Londres, de fazer jovens mocinhas desmaiar em seus concertos para lhes roubar o sangue que, supostamente, a mantinha jovem para sempre. O que, curiosamente, coincidiu com desmaios ocorridos no Teatro da Paz em outubro de 1896.



O que teria levado o bispo de Belém a exigir que mudassem o nome original do Theatro da Paz outrora Theatro de Nossa Senhora da Paz , por julgar que seus espetáculos não condiziam com os nobres valores familiares.

E seu desejo de levar arte ao povo, reservando os 30 primeiros ingressos de seus concertos aos que não podiam pagar, desagradou aqueles que não queriam ter seus gostos artísticos compartilhados com seus empregados ou terem que dividir os teatros com os filhos destes.

Foi quando as portas passaram a se fechar para ela. Então veio a cólera que dizimou um terço da população de Belém , fazendo-lhe uma de suas vítimas.

Mas nem mesmo após a morte lhes deram sossego, pois ainda hoje, há os que dizem que seu túmulo está vazio, que sua morte não passara de encenação para acobertar seus casos de vampirismo; e que hoje ela vive na Europa aos 155 anos de vida.



Camille Marie Monfort (1869 - 1896) cuja vida logo fora tomada pelas brumas do tempo, foi uma dessas enigmáticas criaturas que deixou de ser história para se tornar lenda.

Sua história é contada por meio de matérias de jornais e relatos dos que a conheceram em “Após a Chuva da Tarde, um Romance Gótico Paraense”.

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O EXTERMINADOR DO FUTURO E O ANO DE 2024




O EXTERMINADOR DO FUTURO E O ANO DE 2024


Lembro de filmes da década de 1980, em que personagens se comunicavam por meio de aparelhos portáteis, não apenas por áudio mas também com a imagem do cidadão do outro lado da linha (como se dizia na época). Aquilo parecia tão distante da realidade dos orelhões (como era chamado os telefones públicos) e dos pesados aparelhos de telefone com fio das casas brasileiras, que parecia algo que jamais existiria.


Para Quem Não Sabe o Terror que Era Ligar em um Telefone Público

E não é que agora, com os aparelhos de celular, se comunicar com a imagem do interlocutor estampado no aparelho, tornou-se algo banal!


Lembro também dos óculos de imagens virtuais de alguns filmes do passado, que hoje se tornou algo comum. É, em matéria de tecnologia, os filmes de ficção científica previram muitas coisas boas, que hoje é totalmente realidade.


Mas os filmes também não se limitaram apenas em prever coisas boas vindas da tecnologia. Em filmes famosos, como Matrix, a tecnologia passa a competir com o próprio ser humano, o escravizando e se alimentando da nossa energia e tomando nosso lugar no mundo.


No filme O Exterminador do Futuro, de 1984, Sarah Connor é avisada de que, 40 anos depois, será criada a tecnologia que irá começar uma guerra entre humanos e máquinas pelo poder da Terra. E adivinhe qual era o ano… O ano seria 2024.


Coincidentemente, é o ano em que as empresas de inteligência artificial prometem um grande avanço das tecnologias de IA (inteligência artificial). E o ano já começou com uma notícia assustadora (pelo menos para a maioria daqueles que trabalham com vídeos), a divulgação da Sora, um programa de inteligência artificial que é capaz de criar vídeos extremamente realistas, apenas com alguns comandos de texto. Ou seja, você escreve: “Quero a imagem de uma mulher asiática, vestida com jaqueta de couro e óculos escuros caminhando, à noite, em uma rua com transeuntes e molhada da chuva”… E, após alguns segundos, lá está a imagem da mulher caminhando, com tudo que se pediu, e sendo impossível a um desavisado, dizer que não é a imagem de alguém real.


O Sora é um programa da mesma empresa que criou o Chat GPT, o programa que cria texto e que responde a perguntas, que tem causado bastante medo de provocar uma grande leva de desempregados no mundo inteiro, que pode substituir profissionais em mais de 80 tipos de profissões, e que foi um dos responsáveis pela greve de trabalhadores dos estúdios de cinema de Hollywood. Pois posso lhes dizer que com o Sora, a leva de desempregados será bem maior, principalmente daqueles profissionais que trabalham com imagens, podendo ser o início do fim dos filmes de Hollywood, com seus astros multimilionários. 




Imagino que, em um futuro próximo, poderá acontecer de, para assistir um filme, bastará apenas dar os comandos certos para o programa de IA, segundo o gosto do usuário, e a IA criará, do nada, um filme totalmente de acordo com o gosto do cliente.


Nesse requisito, não posso deixar de pensar que, após os programas de IA substituir os atores, as paisagens, os roteiristas, os cameramens, e criarem os filmes por inteiro, fruto totalmente da atividade não-humana, chegará o momento que até mesmo o público de espectadores será substituído pela máquina. Será quando o humano terá sido totalmente substituído e as máquinas terão entrado em uma nova fase, de auto consciência. 


Volto novamente para a imagem dos filmes da década 80, com aparelhos de comunicação por imagem, e olho para o celular na minha mão, e penso: O domínio da máquina sobre os humanos, como no filme O Exterminador do Futuro, será apenas um roteiro de cinema ou uma assustadora antecipação do futuro?


A grande verdade é que, os programas de inteligência artificial tendem a substituir o trabalho humano, pelo simples fato dos computadores serem capazes de fazer tudo mais rápido, com custo muito menor do que seria feito por humanos e nunca grevarem por melhores salários (pelo menos por enquanto), substituindo o trabalho humano por completo, e nos tornando totalmente ultrapassados.


Isso é assustador! Depois não vão dizer que o cinema não avisou. 


Atenção: Este texto foi escrito por um humano. 


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

ATOR MARK RUFFALO DESCOBRE TUMOR CEREBRAL APÓS SONHAR COM ELE




ATOR MARK RUFFALO DESCOBRE TUMOR CEREBRAL APÓS SONHAR COM ELE


Os sonhos sempre foram vistos como mensageiros de um outro mundo, podendo trazer mensagens tanto boas quanto ruins. Para muitos isto é apenas mera superstição. Por isso chama bastante atenção um fato curioso que o ator estadunidense Mark Ruffalo contou recentemente durante uma entrevista ao podcast Smartless, um sonho que teve há 20 anos atrás, durante a gravidez de sua esposa. Ruffalo sonhou que estava com um tumor no cérebro, e que precisava urgentemente de ir ao médico, ele fez o que o sonho recomendava, e assim descobriu realmente que havia um tumor em seu cérebro; contou ele na entrevista:


“Foi um sonho louco, sabe, diferente de qualquer outro que eu tive. Era como se fosse o conhecimento disso: você tem um tumor no cérebro e precisa lidar com isso imediatamente”.


Mark Ruffalo e sua Esposa Sunrise Coigney

Ruffalo ainda relatou a reação de sua esposa quando soube do acontecido, uma semana depois do nascimento de seu filho.


“Quando eu contei para a Sunny, ela achou que eu estava brincando. Então ela começou a chorar e disse: eu sempre soube que você morreria jovem”.


A cirurgia de retirada do tumor deixou sequelas: paralisia de um lado do rosto e a surdez de um dos ouvidos. Mas tudo se curou com um ano após a cirurgia. Ruffalo terminou com o relato:


“Pode levar minha audição, mas deixe-me manter o rosto e deixe-me ser um pai para essas crianças”.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

JEAN LIBBERA - O HOMEM QUE NASCEU COM UM IRMÃO PARASITA NO CORPO




JEAN LIBBERA - O HOMEM QUE NASCEU COM UM IRMÃO PARASITA NO CORPO


Do século XIX até metade do século passado, uma espécie de circo era bastante popular nos Estados Unidos, que se especializaram nos chamados “freak show”, em que a grande atração eram pessoas com bizarras deformidades em seus corpos, que eram expostos como uma aberração ao público. Em geral, eram pessoas com uma triste história, que foram abandonadas quando criança por seus pais devido suas deformações e que, sem esperança de uma vida melhor, se submetiam à humilhação e ao constrangimento, sendo contratadas por donos de circo que viam nelas um bom motivo de ganharem dinheiro.


Garota Pé-Grande



Fanny Mills nasceu em 1860. Era portadora de uma grave anomalia denominada de Mal de Milroy, que fazia com que suas pernas ficassem enormes. Ela ficou conhecida como “A Garota Pé-Grande de Ohio”.


Garoto Lagosta



Outro que havia nascido com uma grave condição genética, foi Grady Franklin Stiles Jr. Portador de ectrodactilia, que fez com que nascesse com os dedos das mãos e dos pés grudados, dando a impressão de pata de caranguejo. Ele ficou conhecido, durante a primeira metade do século XX, de “Garoto-Lagosta”.


Mulher Barbada



Uma das atrações mais comuns nos circos de freak Show era a mulher barbada. Mas poucas se tornaram tão conhecidas quanto Annie Jones, cujos pelos em seu rosto começaram a crescer quando ainda era um bebê.


Homem de Duas Cabeças



Foi assim como o mexicano Pascal Pinon era conhecido. Pasqual tinha um enorme tumor em sua cabeça que aparentava ser uma segunda cabeça, ideia fortalecida com o desenho de uma cara feita no tumor.


Homem Cachorro



Hipertricose é o nome da doença que o russo Fedor Jeftichew era portador, que fazia com que os pelos crescessem em todo seu corpo, dando-lhe a aparência de um animal.


Esqueleto Humano Vivo



Ao atingir a adolescência Isaac W. Sprague passou a perder bastante peso, ficando apenas com a pele sobre os ossos, provocado por uma misteriosa condição. Impossibilitado de conseguir trabalho, Isaac recorreu, em 1885, aos freak shows como forma de ganhar a vida. Era conhecido como “O esqueleto humano vivo”.


Gêmeos Siameses



Gêmeos siameses são raro, e mais raro ainda é sobreviverem até adultos. O que fez dos irmãos gêmeos siameses tailandeses Chang e Eng Bunker, nascidos em 1811, uma grande atração de um circo estadunidense. Os irmãos eram unidos apenas pelo fígado.


Jean Libbera



Entre as várias formas de gêmeos siameses --- que acontece um caso em 50 mil nascimentos ---, um tipo ainda mais raro é o chamado “parasita vestigial”, em que um dos gêmeos cresce em seu tamanho normal enquanto o outro adquire um tamanho bem menor. E foi pertencendo a esse pequeno grupo de gêmeos siameses que nasceu o italiano Jean Libbera.


Jean Libbera nasceu em Roma em 1884, com um pequeno irmão grudado em sua barriga. O irmão, que era chamado de Jacques, tinha dois braços, duas pernas e a cabeça estava embutida no estômago de Jean.


Libbera havia tido 12 irmãos, um deles também nascera com um gêmeo parasita grudado no corpo, porém faleceu quando ainda era bebê.



Jean ganhava a vida se apresentando em um circo de freak show, com seu irmão que, assim como ele, vestia um smoke, sapatinhos e fralda, e quando precisava sair o cobria com uma capa. E embora haja dúvidas se o irmão parasita estava vivo, há relatos de que, apesar dos dois gêmeos dividirem entre si todos os órgãos de Jean, o gêmeo parasita podia mover seus membros.


Jean Libbera viveu até seus 50 anos, casou-se, teve quatro filhos normais, e voltou para a Itália, falecendo em algum período entre os anos de 1934 e 1936.