ATAÍDE: A Inusitada Criatura do Folclore Paraense
Que personagem do folclore brasileiro seria capaz de causar um tremendo escândalo sexual em uma cidade brasileira? O saci pererê, com seu cotoco de perna? A mula-sem-cabeça, com suas labaredas saindo pela venta, após ter transado com um padre? Ou o boto, pai de mais um filho encantado com uma mulher casada?
Não, não, não, a polêmica que repercutiu em toda uma cidade do estado do Pará, foi causada pela imagem de uma inusitada entidade do folclore paraense pintada em um mural da praça Edwaldo de Souza Martins, da cidade de Bragança/Pa, feita por um artista local, que causou um reboliço dos diabos quando de sua criação em 2018, devido a criatura ter atributos sexuais proeminentes.
Digamos que, enquanto o Pé-Grande do folclore norte-americano, tem o pé grande, o Ataíde, entidade da região do salgado paraense, tem aquilo grande, se é que vocês me entendem.
A criatura é uma entidade protetora da natureza, que costuma atacar, para desespero dos moradores da região, quem esteja de quatro catando caranguejo no mangue --- isso mesmo “de quatro”, na posição que, dizem, Napoleão perdeu a guerra ---; principalmente no período de reprodução desse saboroso crustáceo, o que prejudica a espécie.
Há vários relatos de moradores da região que já presenciaram tal criatura, que descrevem o Ataíde como um ser humanóide, com o corpo tomado por pelos, com um olho só e com um pênis descomunal, que faria o Kid Bengala se sentir um bebê de meses. E a julgar pelos relatos, quem já viu o Ataíde jamais esquece.
Na época de sua pintura, muitos moradores locais se sentiram constrangidos em ver tal imagem, devido seu gigantesco órgão sexual. Mas houve aqueles que se sentiram orgulhosos por tal entidade ser um representante dos caboclos amazônicos.
Certamente, o caboco Ataíde jamais irá estar em produções com temas folclóricos, como a série Cidade Invisível, só se for em uma versão para maiores de 18 anos.