Fomos os primeiros a chegar o jovem Mauro ainda arrumava as
cadeiras. Salvattore em uma cena: um café após cigarro um café após cigarro um
café após cigarro um café. agora uma cerveja e um wisk pois eu cheguei:
discussão em andamento... Até os cadáveres da guerra do Paraguai e os pés das
cadeiras do bar sabiam: o bigode do meu tio era uma farsa! Tantas noites
embriagadas de poesia amor e luar... A grande sacada de Salvattore residia na
forma livre, na liberdade Dadá, na criação da linguagem, um socialismo de
oportunidades literárias, potenciais escritores, enrustidos ou não saindo do
armário, bem blog (quer algo mais sem identidade?) liberando as idéias sem
grilo falante. Uma viagem para além das palavras reais que fazem sentido,
oníricas no cotidiano onde o esgotamento por si só trouxesse o caos e a
luz Foi muita viagem e pouco
marinheiro tudo se confundindo e deixando de ter importância novos sentidos e nem tanto a cada minuto,
cada décimo de segundo na luta para parir alguma prosa poética, a vivência que
traz um poema, uma profundidade rasa, na pobreza, na economia das palavras a riqueza dos sentidos ... pausa para um
gole... daí que ele foi editando quase tudo que lhe chegasse às mãos, durante
um tempo a sintonia dos quatro elementos dava coesão e segurava a barra mas
tanto o bigode como o tio eram uma bela farsa, uma invenção por demais e os 4
preferiram a diáspora. ..Não! não como
uma Yoko Ono o texto do Bosco não foi o bode expiatório, já havia uma
inflamação egóica, uma cisão e a liberdade, a espontaneidade do bigode foi
ficando burocrática, se descolando, e então revelou-se: o bigode do meu tio era
uma farsa, aquilo era uma vulva empentelhada. Pedimos mais café e fomos
assistir some kind of monster do Metallica.
Todos orgulhosos uns dos outros, mas o Bigode do meu Tio sempre foi muita areia pro nosso caminhão de interesses. "Ficamos nós com a abóbora", como dizia o Renato. rsrsrsrsrsr
ResponderExcluirrsrsrsrrsrsrssssrrrr... Até agora estou pensando o que fazer com a abóbora...
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