Não é novidade que o
leite materno é o alimento mais apropriado ao ser humano principalmente durante
nossos primeiros anos de vida; mas o que talvez poucos saibam é que o leite
humano já foi usado por muitos homens adultos como forma de evitar doenças e
retardar a velhice.
Médicos da antiguidade o
receitavam como fonte de poderes revitalizantes; e sabemos que homens poderosos
mamaram em idade adulta: o papa Inocêncio VIII e o milionário americano John Rockfeller
são alguns bons exemplos disso.
E sem dúvida alguma
podemos dizer que é naquele momento tão íntimo em que a mãe alimenta seu pequeno
filho com seu próprio corpo, que começa toda a saga da sexualidade humana.
É neste momento que
aprendemos a associar a boca com o prazer, com o prazer do alimento e também
com o corpo de alguém. O que mais tarde terá como consequência o beijo e o sexo
oral.
Não viria também do
próprio ato de mamar a origem da expressão sexual tão usada por nós
brasileiros, “comer alguém”, que associa sexo com alimentação?
Bem, mais o certo é que a
amamentação gerou algumas histórias curiosas.
Conta-se que havia na
Roma antiga um bondoso pai, extremamente dedicado e atencioso.
Um dia ao ser denunciado
de se impor contra o imperador, foi condenado à pena de morte pela total
carência de alimento e água.
E assim, ficou o pobre
homem a sofrer com uma das formas mais terríveis de morte. Porém, passados
alguns dias, após vê-lo no mais degradante estado, ao visitá-lo, a filha que
então amamentava teve a mais feliz das ideias: alimentou-o com seu próprio
leite, nutrindo-o e acabando com o mais atroz sofrimento que este sentia. Tal
fato repetiu-se todos os dias, no mais extremo sigilo, até que, ao verem que o
homem não morria, outros viram nisso um sinal dos deuses de que ele era
inocente, sendo em seguida perdoado e imediatamente solto. Desde então, tal ato
chamou-se de Caridade Romana.
Abaixo algumas representações
da Caridade Romana:
Talvez seja o elemento
incestuoso que tenha excitado tanto a imaginação humana ao ponto de, desde a
antiguidade aos tempos modernos, ter havido tanta reprodução da Caridade Romana
nas artes plásticas e literária.
Então não é de estranhar
que o fetiche da amamentação seja um fetiche tão poderoso ainda hoje.
E não poderia faltar ela, afinal, é dela de quem sugamos hoje o leite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário