No dia 13 de novembro
(uma quarta-feira), de 1974, às três horas da madrugada, Ronald DeFeo Jr.
armado de uma arma de fogo vai até o quarto de seus pais, Ronald DeFeo e Louise,
e enquanto estes dormem, fuzila-os com tiros certeiros que os levam à morte.
Ronald ainda sobrevive por alguns minutos aos tiros que lhe atingem as costas;
Louise leva dois tiros também, um que atravessa seu pulso esquerdo, enquanto o
outro destrói seu pulmão e fígado. Ela ainda levanta-se da cama, porém,
desfalece enquanto caminha em direção à porta do quarto. Em seguida Ronald Jr. vai
em direção aos quartos de suas duas irmãs e de seus dois irmãos mais novos:
fuzilando-os também enquanto estão em seus quartos.
Sua irmã Allison está
acordada e ainda vê o cano da arma antes que seja atingida na cabeça; Dawn leva
um tiro na base do pescoço. Os irmãos, Mark e John, são atingidos à queima
roupa, com tiros que destroem seus corações e pulmões levando-os a uma morte
instantânea.
Exames posteriores
denunciam que eles haviam sido dopados, provavelmente durante o jantar em
família.
Ao ser perguntado do
porquê de tal ato, Ronald DeFeo Jr. disse: “vozes sobrenaturais me mandaram
fazer isso”.
Matéria de Jornal sobre o Assassinato |
Um ano depois dos
assassinatos a casa dos DeFeo é posta à venda, e devido aos assassinatos
ocorrido em seu ambiente, com um preço bem abaixo de seu valor real.
George Lutz, um chefe de
família que acabara de se mudar para a cidade de seu novo emprego, vê nisso uma
boa oportunidade de fazer um bom negócio, e de dar conforto a mais a sua
família. E após comprar a casa se muda imediatamente com a família para a nova
casa.
Como uma boa família
católica, antes de se mudarem, o senhor George Lutz convida o padre da cidade
para benzer a nova moradia. Porém algo inexplicável acontece que afugenta o sacerdote
de sua residência. Inquerido, posteriormente, sobre o que teria lhe acontecido,
o padre revela que ouviu uma voz que lhe dizia para que saísse dalí.
O Casal Lutz enfrente da Famosa Casa |
Aos poucos fatos sobrenaturais
se sucedem, como a inocente afirmação dita pela filha mais nova dos Lutz de que
possui uma “amiguinha” invisível chamada de “Jodie”, que acaba se revelando não
ser imaginária nem ser tão inofensiva à sua família.
Essa é história que
passou a ser conhecida por meio do romance de terror Horror em Amityville, que teve
um sucesso estrondoso em parte pela afirmação de seu autor de que “Até onde me
foi possível verificar, todos os acontecimentos narrados neste livro são
verdadeiros”.
Mas teria sido mesmo um
fato sobrenatural comprovadamente verídico?
Jay Anson |
Na verdade Jay Anson, autor de Horror em Amityville, fora bastante criticado por escritores de terror
famosos como Stephen King e Peter Straub, que consideraram o livro “uma
enganação”. Isso porque o escritor alegou ter feito uma “ampla pesquisa” sobre
a verdadeira casa de Amityville, afirmando que entrevistou os moradores da
verdadeira casa, que juntou depoimentos, estudos de parapsicólogos, etc. Porém
tudo não passou de pura propaganda. A verdade é que boa parte da pesquisa de
Anson foi baseada em ideias exageradas e em mentiras dos habitantes da casa. Nada
de sobrenatural se passou após a venda da casa dos DeFeo. O que nos leva a
considerar tal livro uma espécie de “mockumentary”, isto é, um falso
documentário escrito em linguagem jornalística para dar a impressão de ser
verdadeiro.
A verdade é que Jay Anson
se aproveitou de um fato verídico, o assassinato da família DeFeo, que tomou
suposta dimensão sobrenatural quando o assassino afirmou ter o praticado sob a
influência de uma voz misteriosa, aproveitando de sua popularidade nos jornais,
para criar sua história sobrenatural sobre uma casa possuída por uma força
desconhecida.
O Senhor Ronald DeFeo e seu Filho Assassino |
É difícil dizer se o que Ronald
DeFeo disse é verdade, porque ele criou muitas versões diferentes dos
assassinatos durante os interrogatórios policiais. E mesmo a afirmação de
Ronald DeFeo Jr. de estar sob a influência de uma voz misteriosa quando cometeu
os assassinatos pode ter sido uma tentativa de alegar insanidade e abrandar sua
pena. A verdade era que Ronald DeFeo Jr. não gostava de seus pais, não gostam
de seus irmãos e irmãs, não gostava de seu cão. Fora uma vítima da droga.
Ronald DeFeo Jr., Hoje |
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