quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

HORROR EM AMITYVILLE: O QUE É VERDADE E O QUE É MENTIRA?


HORROR EM AMITYVILLE: O QUE É VERDADE E O QUE É MENTIRA?
No dia 13 de novembro (uma quarta-feira), de 1974, às três horas da madrugada, Ronald DeFeo Jr. armado de uma arma de fogo vai até o quarto de seus pais, Ronald DeFeo e Louise, e enquanto estes dormem, fuzila-os com tiros certeiros que os levam à morte.



Ronald ainda sobrevive por alguns minutos aos tiros que lhe atingem as costas; Louise leva dois tiros também, um que atravessa seu pulso esquerdo, enquanto o outro destrói seu pulmão e fígado. Ela ainda levanta-se da cama, porém, desfalece enquanto caminha em direção à porta do quarto. Em seguida Ronald Jr. vai em direção aos quartos de suas duas irmãs e de seus dois irmãos mais novos: fuzilando-os também enquanto estão em seus quartos.


Sua irmã Allison está acordada e ainda vê o cano da arma antes que seja atingida na cabeça; Dawn leva um tiro na base do pescoço. Os irmãos, Mark e John, são atingidos à queima roupa, com tiros que destroem seus corações e pulmões levando-os a uma morte instantânea.


Exames posteriores denunciam que eles haviam sido dopados, provavelmente durante o jantar em família.


Ao ser perguntado do porquê de tal ato, Ronald DeFeo Jr. disse: “vozes sobrenaturais me mandaram fazer isso”.

Matéria de Jornal sobre o Assassinato
Um ano depois dos assassinatos a casa dos DeFeo é posta à venda, e devido aos assassinatos ocorrido em seu ambiente, com um preço bem abaixo de seu valor real.
George Lutz, um chefe de família que acabara de se mudar para a cidade de seu novo emprego, vê nisso uma boa oportunidade de fazer um bom negócio, e de dar conforto a mais a sua família. E após comprar a casa se muda imediatamente com a família para a nova casa.



Como uma boa família católica, antes de se mudarem, o senhor George Lutz convida o padre da cidade para benzer a nova moradia. Porém algo inexplicável acontece que afugenta o sacerdote de sua residência. Inquerido, posteriormente, sobre o que teria lhe acontecido, o padre revela que ouviu uma voz que lhe dizia para que saísse dalí.


O Casal Lutz enfrente da Famosa Casa
Aos poucos fatos sobrenaturais se sucedem, como a inocente afirmação dita pela filha mais nova dos Lutz de que possui uma “amiguinha” invisível chamada de “Jodie”, que acaba se revelando não ser imaginária nem ser tão inofensiva à sua família.



Essa é história que passou a ser conhecida por meio do romance de terror Horror em Amityville, que teve um sucesso estrondoso em parte pela afirmação de seu autor de que “Até onde me foi possível verificar, todos os acontecimentos narrados neste livro são verdadeiros”.
Mas teria sido mesmo um fato sobrenatural comprovadamente verídico?

Jay Anson
Na verdade Jay Anson, autor de Horror em Amityville, fora bastante criticado por escritores de terror famosos como Stephen King e Peter Straub, que consideraram o livro “uma enganação”. Isso porque o escritor alegou ter feito uma “ampla pesquisa” sobre a verdadeira casa de Amityville, afirmando que entrevistou os moradores da verdadeira casa, que juntou depoimentos, estudos de parapsicólogos, etc. Porém tudo não passou de pura propaganda. A verdade é que boa parte da pesquisa de Anson foi baseada em ideias exageradas e em mentiras dos habitantes da casa. Nada de sobrenatural se passou após a venda da casa dos DeFeo. O que nos leva a considerar tal livro uma espécie de “mockumentary”, isto é, um falso documentário escrito em linguagem jornalística para dar a impressão de ser verdadeiro.
A verdade é que Jay Anson se aproveitou de um fato verídico, o assassinato da família DeFeo, que tomou suposta dimensão sobrenatural quando o assassino afirmou ter o praticado sob a influência de uma voz misteriosa, aproveitando de sua popularidade nos jornais, para criar sua história sobrenatural sobre uma casa possuída por uma força desconhecida.
O Senhor Ronald DeFeo e seu Filho Assassino  
É difícil dizer se o que Ronald DeFeo disse é verdade, porque ele criou muitas versões diferentes dos assassinatos durante os interrogatórios policiais. E mesmo a afirmação de Ronald DeFeo Jr. de estar sob a influência de uma voz misteriosa quando cometeu os assassinatos pode ter sido uma tentativa de alegar insanidade e abrandar sua pena. A verdade era que Ronald DeFeo Jr. não gostava de seus pais, não gostam de seus irmãos e irmãs, não gostava de seu cão. Fora uma vítima da droga.

Ronald DeFeo Jr., Hoje
Ronald Defeo Júnior foi condenado por seis assassinatos e condenado a 25 anos de prisão para cada um destes assassinatos. Ele está em Dannemora (Clinton) Correctional Facility em Nova York.



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