NECROFILO – O VIOLADOR DE VIRGENS MORTAS
Sempre gostei de frequentar
velórios, desde pequeno, desde muito novo, mesmo. A curiosidade mórbida, o
misto de medo e curiosidade, sempre foram ingredientes excitantes em minha
vida. As imagens de cadáveres mutilados me arrebatavam, ao ponto de passar
horas e horas em frente ao computador vasculhando incansavelmente novas
imagens. Era um divertimento sem igual. Tudo me parecia estar relacionado com
este prazer mórbido, até mesmo a música que ouvia, refletia isso.
Adorava as capas de CD’s de Metal,
com suas figuras de cadáveres deformados, mutilados, e com suas letras
pestilentas, falando sobre corpos em decomposição, autópsias e membros
retalhados.
O proibido me excitava muito.
Foi quando tive minha primeira experiência macabra:
Ao ver a imagem de uma bela
mulher mutilada, com expressão de dor em sua face, com seus lábios roxos,
carnudos, com suas vísceras expostas e seus seios duros banhados em sangue, pus
a me masturbar incessantemente, não pude controlar. A excitação e o prazer foram
intensos, jamais tinha sentido tanto prazer em minha vida. O medo e o
arrependimento também eram motivos a mais de excitação.
A compulsão por tal ato parecia
mesmo ser incontrolável. As imagens de cadáveres se multiplicavam aos milhares:
crianças, adolescentes e velhos, em uma profusão sem fim. Já não levava mais
revistas masculinas para o banheiro, mas livros de anatomia e patologia. O
segredo e a minha discrição eram motivos também de prazer: quem poderia achar
que aqueles livros eram fontes de um prazer sem fim. Talvez meus amigos de Metal
percebessem, mas não tocavam nisso, com medo de darem aperceber que também
sentiam um imenso prazer por isso. No fundo me parecia que todos sentiam prazer
por tais coisas, por isso procuravam destruir crenças cristãs, apagando a noção
de pecado, para poderem melhor se dedicar aos seus prazeres mórbidos. Mas pelo
menos eu não era tão hipócrita quanto eles. Eu não podia negar, o cristianismo
me dava prazer! Que iria fazer sem seus cultos fúnebres? Sem a glória do
sofrimento e o prazer indizível do arrependimento do pecado? Tudo me era
extremamente importante, necessário.
Ao namorar, pedia para minhas
namoradas fingirem-se de mortas, pois tornavam-se mais excitantes, para mim. As
minhas fantasias incluíam: escuridão, frio, umidade, imobilidade e, claro,
roupas negras. Mas, isso, tornou-se com o tempo enfadonho. O que me obrigou a procurar
algo mais excitante:
Freqüentava, agora,
necrotérios. Isto, tornou-se um hábito para mim. Gostava de ver os corpos
imóveis, frios e deformados. O cheiro de sangue podre me reanimava a cada dia.
A excitação aumentava dia após dia, ao ponto de não mais tornar-se suficiente.
Passei logo, então, a frequentar cemitérios.
Certa manhã ao freqüentar uma
pequena capela, penetrei silenciosamente em um velório. O velório era de uma
jovem que acabara de morrer. Seu rosto pálido entre as flores, parecia ser a
própria imagem do céu.
À noite, não tive dúvidas,
pulei o muro do cemitério indo imediatamente à sua sepultura. Tirei-a à muito
custo. Custo que valeu a cada minuto expedido.
Ao despi-la, e sentir seu corpo
frio, em seu caixão fúnebre, tive uma agradável surpresa: a moça era virgem. E
como tal foi deflorada sob a luz do luar, em meio a anseios e delírios
pós-morte.
Isto, tornou-se, mais uma vez,
um hábito que se juntava incessantemente ao meu rol de perversidades:
Agora procurava em cada
velório, em cada necrotério e capela, mortas virgens.
Mas, mais uma vez, isto não foi
o suficiente. Dediquei-me então a estupros.
Não bastava apenas estuprar, o
que, aliás, não era o que me excitava, mas sim seus corpos mortos.
O silêncio de seus corpos, o
frio de suas vaginas, o odor anterior à fase de putrefação, era o que
verdadeiramente me atraia. Para tanto, as matava e esperava o início da podridão.
eu acredito que tem doido pra tudo nesse mundo...
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