A
GAROTA MISTERIOSA DO IGARAPÉ
A
vida era igual a de qualquer criança comum para aquela idade, morava no
município de Vigia/Pará (região do Salgado) estava sempre a brincar,
principalmente nos igarapés, a infância fora marcada por momentos bons, mas
também por um evento sem explicação clara que acontecera na vida de seu
Francisco da Silva, hoje com 46 anos.
O
ano era 1977 ele era um garoto, que teve sua rotina mudada por um certo
mistério, luzes estranhas começaram a aparecer nos céus daquela região, logo
muitos já haviam testemunhado o ocorrido.
O
pai de seu Francisco, na época proibiu que os filhos ficassem a esmo, em tempos
tão difíceis, principalmente no interior, onde já se tem um atrativo pelo
incomum.
"Mas
quando se é criança, não se tem a noção, não é mesmo?" – Lembra seu Francisco,
ele e mais dois amigos estavam pulando de um trapiche improvisado sobre a água
gelada, depois de algum tempo eles percebem a presença dela, havia uma menina
de aproximadamente uns seis anos, estava parada os observando, eles por sua vez
nunca haviam visto aquela garotinha, haja visto que conheciam todas as crianças
daquela localidade.
Seu
Francisco conta que o cabelo da menina era de um loiro quase branco, os olhos a
primeiro momento pareciam normais, mas quando se olhava, mas de perto lhe
parecera petecas encaixadas em uma cavidade oca, mas ele e os amigos eram
crianças e tampouco ligaram, ela então foi para agua, a altura já passava dos
ombros, assustado seu Francisco mergulhou fundo e pode constatar que a menina estava
com os pés tocando o fundo do igarapé... como era possível? Ele submerge e de
fato a criança tinha o tamanho de uma
pessoa de mais ou menos um 1,60 de altura, ele tenta chamar os amigos, mas
estes parecem tão dispersos, que ele desiste, apenas fica ali flutuando olhando
a menina.
Passados
alguns minutos, mas que para seu Francisco fora uma eternidade, a criança sai
da água e a medida em que se afasta seu corpo vai tornando-se proporcional a
idade desta, logo ela se embrenha entre as arvores, então a visão que garantiu
que seu Francisco da Silva nunca mais voltasse ao igarapé foi vislumbrada por
este, ela se transformara em um ser humanoide de cabeça pontuda e em seguida
foi diminuindo até que se tornou um pequena esfera de luz, do tamanho de uma
pupunha, era de um brilho ofuscante, ela ganhou os céus em uma velocidade muito
grande.
Ele
ficou ali parado e quando conseguiu voltar a si e lembrou dos amigos, perguntou
se eles haviam visto tudo, estes perguntaram sobre o que ele estava falando,
então seu Francisco parte do princípio, o choque foi grande quando ele percebeu
que os amigos nem se quer viram menina alguma, e como no município se falava de
aparições e coisas misteriosas, os garotos pensaram que seu Francisco estava
inventando...
Antes
de ir embora ele vai até perto das arvores, e bem no local de onde ela partiu,
havia um buraco no chão, estava quase na metade de um poço artesiano, hoje ele
entende que aquele foi o resultado da propulsão de partida que ela teve que
empregar para se evadir dali.
Seu
Francisco não contara a ninguém sobre o evento, primeiro não acreditariam, a
região já estava alvoroçada com supostos fenômenos sobrenaturais, e segundo ele
teve medo, até hoje ele não entende mas lembra muito do sentimento de terror
que passara durante aquele ano todo.
Francisco
da Silva veio estudar em Belém aos 19 anos, até hoje ele faz visitas periódicas
a sua família, inclusive não perde o famoso carnaval de vigia, mas uma coisa e
certa ele passa bem longe do misterioso igarapé, que outrora fora um de seus
lugares preferidos na infância, agora não passara de lembranças, a qual ele
prefere deixar guardada no fundo de suas memórias.
*Relato
Colhido por Jani Silva.
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