segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

RELATO DO LEITOR: A Garota Misteriosa do Igarapé (por Jani Brito)

A GAROTA MISTERIOSA DO IGARAPÉ
A vida era igual a de qualquer criança comum para aquela idade, morava no município de Vigia/Pará (região do Salgado) estava sempre a brincar, principalmente nos igarapés, a infância fora marcada por momentos bons, mas também por um evento sem explicação clara que acontecera na vida de seu Francisco da Silva, hoje com 46 anos.
O ano era 1977 ele era um garoto, que teve sua rotina mudada por um certo mistério, luzes estranhas começaram a aparecer nos céus daquela região, logo muitos já haviam testemunhado o ocorrido.
O pai de seu Francisco, na época proibiu que os filhos ficassem a esmo, em tempos tão difíceis, principalmente no interior, onde já se tem um atrativo pelo incomum.

  
"Mas quando se é criança, não se tem a noção, não é mesmo?" – Lembra seu Francisco, ele e mais dois amigos estavam pulando de um trapiche improvisado sobre a água gelada, depois de algum tempo eles percebem a presença dela, havia uma menina de aproximadamente uns seis anos, estava parada os observando, eles por sua vez nunca haviam visto aquela garotinha, haja visto que conheciam todas as crianças daquela localidade.
Seu Francisco conta que o cabelo da menina era de um loiro quase branco, os olhos a primeiro momento pareciam normais, mas quando se olhava, mas de perto lhe parecera petecas encaixadas em uma cavidade oca, mas ele e os amigos eram crianças e tampouco ligaram, ela então foi para agua, a altura já passava dos ombros, assustado seu Francisco mergulhou fundo e pode constatar que a menina estava com os pés tocando o fundo do igarapé... como era possível? Ele submerge e de fato a criança tinha o tamanho  de uma pessoa de mais ou menos um 1,60 de altura, ele tenta chamar os amigos, mas estes parecem tão dispersos, que ele desiste, apenas fica ali flutuando olhando a menina.
Passados alguns minutos, mas que para seu Francisco fora uma eternidade, a criança sai da água e a medida em que se afasta seu corpo vai tornando-se proporcional a idade desta, logo ela se embrenha entre as arvores, então a visão que garantiu que seu Francisco da Silva nunca mais voltasse ao igarapé foi vislumbrada por este, ela se transformara em um ser humanoide de cabeça pontuda e em seguida foi diminuindo até que se tornou um pequena esfera de luz, do tamanho de uma pupunha, era de um brilho ofuscante, ela ganhou os céus em uma velocidade muito grande.
Ele ficou ali parado e quando conseguiu voltar a si e lembrou dos amigos, perguntou se eles haviam visto tudo, estes perguntaram sobre o que ele estava falando, então seu Francisco parte do princípio, o choque foi grande quando ele percebeu que os amigos nem se quer viram menina alguma, e como no município se falava de aparições e coisas misteriosas, os garotos pensaram que seu Francisco estava inventando...
Antes de ir embora ele vai até perto das arvores, e bem no local de onde ela partiu, havia um buraco no chão, estava quase na metade de um poço artesiano, hoje ele entende que aquele foi o resultado da propulsão de partida que ela teve que empregar para se evadir dali.
Seu Francisco não contara a ninguém sobre o evento, primeiro não acreditariam, a região já estava alvoroçada com supostos fenômenos sobrenaturais, e segundo ele teve medo, até hoje ele não entende mas lembra muito do sentimento de terror que passara durante aquele ano todo.
Francisco da Silva veio estudar em Belém aos 19 anos, até hoje ele faz visitas periódicas a sua família, inclusive não perde o famoso carnaval de vigia, mas uma coisa e certa ele passa bem longe do misterioso igarapé, que outrora fora um de seus lugares preferidos na infância, agora não passara de lembranças, a qual ele prefere deixar guardada no fundo de suas memórias.


*Relato Colhido por Jani Silva.
Contatos: Facebook.

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