sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

4 ACONTECIMENTOS MAIS HORRIPILANTES DO BLACK METAL



4 ACONTECIMENTOS MAIS HORRIPILANTES DO BLACK METAL

O Black Metal tem como temas preferidos o satanismo e a violência extrema. Não raro, os elementos de satanismo e o culto a morte, saem de suas letras para invadirem as vidas de seus músicos, causando acontecimentos trágicos e fatais, levando este estilo musical a ganhar, digamos, uma fama bastante horripilante. São fatos que invadiram jornais e programas de TV, e revelaram ao grande público uma faceta sinistra e horripilante de sua história. Vamos então aos fatos que mais repercutiram na imprensa sobre este estilo extremo:


O SUICÍDIO DE DEAD


É impossível não começar qualquer lista dos fatos mais horripilantes do Black Metal sem citar o famoso e sinistro suicídio de Dead, vocalista da banda norueguesa MAYHEN, sem dúvida, um dos mais brutais episódios de toda história da música. Vamos a ele:

Em um dia de abril de 1991, Euronymous, nome artístico de Øystein Aarseth, então líder da banda norueguesa MAYHEM, ao retornar à casa de ensaios, se depara com uma cena chocante: Dead, o vocalista da banda havia se suicidado dando um tiro em sua cabeça, após ter cortado a garganta. O tiro havia exposto seu cérebro, que havia deslizado de seu crânio caindo no chão. A faca e a arma usadas continuavam ao seu lado, e um irônico bilhete, que dizia “desculpe pelo sangue”. E como se não bastasse toda a horrível cena, este acontecimento ainda se encheu de detalhes horripilantes, com o próprio  Euronymous afirmando que havia comido parte do cérebro de Dead e guardado pedaços do crânio do amigo para fazer enfeites de cordão.




"Nós não temos mais vocalista! Dead se matou há duas semanas! Foi realmente brutal, primeiro ele cortou os pulsos e então ele estourou os miolos com um rifle. Eu o encontrei e ele estava horrível pra caralho, a metade superior de sua cabeça estava por todos os lados do quarto, e a parte inferior do cérebro escorreu pelo resto da cabeça e caiu na cama. Eu, claro, peguei minha câmera imediatamente e tirei algumas fotos, nós vamos usá-las no próximo LP do Mayhem. Eu e o Hellhammer tivemos sorte, porque encontramos dois grandes pedaços de seu crânio e então fizemos colares como lembrança. Dead se matou porque ele vivia somente para o verdadeiro black metal. Quer dizer, roupas pretas, espetos, etc... [...] Eu tenho que admitir que foi interessante examinar um cérebro humano em "rigor mortis" - Euronymous.

O disco "Dawn of the Black Hearts", ficou famoso não tanto pela música, mas pela capa, que trazia o corpo morto de Dead. Ideia de seu amigo Euronymous que, após o ocorrido, declarou: "Quando Dead explodiu seus miolos, este foi o maior ato de promoção que ele fez para nós. É sempre fenomenal quando alguém morre, não importa quem. Se você pensa que nós somos idiotas emocionais com sentimentos humanos, você está errado!".


A morte trágica de Dead, na verdade Per Yngve Ohlin, seu nome verdadeiro, parece ser a conclusão de seus estranhos comportamentos.

Dead era um rapaz estranho, que cultuava a morte; e que vivenciava ao máximo as letras mórbidas das músicas que cantavam. Era descrito por seus parceiros como alguém solitário e melancólico, que estava sempre trancado no quarto, que não se alimentava para poder sentir a dor da fome, e que usava camisetas com anúncios fúnebres; que usava corpse paint (pintura imitando cadáver) mesmo em dias que não eram de shows. Foi mesmo um dos primeiros a usá-la.

Dead gostava de enterrar suas roupas antes dos shows, para que ficassem pútridas com insetos e vermes, como a carne de um cadáver putrefato. Nos shows, gostava de autoflagelar-se, e antes das músicas, gostava de cheirar um pássaro morto que guardava em um saco plástico. O cheiro da morte o inspirava. Tanto que foi ao extremo de conhecê-la prematuramente.
   
O ASSASSINATO DE EURONYMOUS


O trágico suicídio de Dead seria apenas o prelúdio para outro trágico acontecimento que daria ao Black Metal norueguês uma popularidade negativa.

Entre os anos de 1992/93, o Black Metal da Noruega deixava de ser apenas música passando a tomar ares de movimento terrorista, pondo em prática suas ideias e seu ódio ao cristianismo, e se concretizando na queima de igrejas centenárias de sua cidade.

Um nome logo ficaria ligado a tal ato: Varg Vikernes. Varg fora apontado como um dos principais líderes do movimento. Sim, o mesmo cara que Euronymous havia ajudado em lançar o seu projeto solo Burzum.

Nesse período a rivalidade entre Euronymous e Varg Vikernes se acirrava. Ambos se confrontavam por mais poder e influência na cena Black Metal norueguesa.

Euronymous e Dead

Varg estava descontente, não lhe agradava as ideias de Euronymous, que era partidário do Satanismo, já que para Varg conceber uma união entre o Satanismo e uma postura anti-cristã era algo contraditório pelo fato de Satã pertencer a mitologia judaico-cristã, e só fazer sentido em sua oposição com o deus cristão, fazendo com que o deus cristão fosse algo necessário para a compreensão de Satã, de modo que o Satanismo de Euronymous se mantinha dependente do cristianismo, daí sua contradição. Por outro lado, Varg queria voltar a cultuar a cultura original de seu povo, que fora abandonada em favor do cristianismo. Varg por isso defendia o Odinismo, que venera o Deus Nórdico Odin, pai do Poderoso Thor, da antiga religião de seus ancestrais Viking. O que o levou a sair do MAYHEN e se dedicar a sua banda composta por ele apenas, o Burzum.

Contudo a rivalidade entre Varg Vikernes e Euronymous só fazia crescer, até culminar com o assassinato deste, ocorrido em 10 de agosto de 1993.

A versão de Varg para o assassinato de Euronymous:
"Fui para Oslo pegar uns discos e levar um contrato para o Aarseth, nunca com a intenção de matá-lo. Eu sempre levo armas comigo. Tinha três facas e mais quatro punhais, um machado, uma baioneta e um taco de beisebol no carro. Sempre carrego um monte de armas para o caso de algo acontecer. Toquei a campainha e Aarseth abriu a porta. Parecia cansado, vestia apenas uma cueca. Entreguei o contrato e, de repente começamos a discutir. Entre outras coisas, ele me acusava de dizer merdas sem sentido. Começou a bater em mim. Os covardes ameaçam, os fortes agem. Ele chutou meu peito. Me assustei e o empurrei. Quando se levantou, Aarseth começou a correr em direção a cozinha. Tenho certeza de que procurava uma faca, então peguei uma das minhas e o esfaqueei para que ele não chegasse até a cozinha. Gritou por socorro. Fiquei louco. Ele correu para a entrada da casa e eu fui atrás. Continuei a esfaqueá-lo para que calasse a boca. Meti a faca nele porque estava com raiva. Ele gritava por socorro ao invés de lutar".

Porém temos a versão de Snorre W., ex-guitarrista do Mayhem, que acompanhava Varg Vikernes no dia do assassinato:
"Ele (Vikernes) falava muito em matar o Aarseth. Um dos planos dele era dar uma machadada assim que ele abrisse a porta. Eu disse que era estupidez andar com um machado numa área tão cheia de prédios. Outra alternativa era pedir para que ele nos mostrasse algo no computador. Poderíamos golpeá-lo no pescoço enquanto estivesse sentado e de costas para nós. Eu estava no carro e após alguns minutos me dirigi à porta do apartamento. Cheguei mais perto, ouvi barulhos lá dentro. De repente, a porta se abriu e Aarseth veio correndo em minha direção. Vi sangue na sala e também Vikernes esfaqueando-o. Então, ambos desapareceram pela escada. Depois de alguns segundos e sem saber o que fazer, corri escada abaixo, passei por eles e saí pela rua. Saímos de Oslo e paramos no lago Opplan, onde Varg tomou banho nu. Ele pegou suas roupas sujas de sangue, amarrou-as numa pedra e atirou tudo na água. No caminho, Varg disse que o atingira na cabeça, no pescoço e nas costas, só que errou a jugular. Disse ainda que era desonroso para um líder da comunidade Black Metal ter morrido de cueca."

THE BEASTS OF SATAN
(Banda Italiana que sacrificava Pessoas a Satã)


Em 1998, foi cometido um duplo homicídio que causou indignação na Itália por ter sido feito como parte de um ritual satânico. As vítimas foram o casal de namorados Fabio Tollis, de 16 anos, e Chiara Marino, de 19 anos. Fabio Tollis, então vocal da banda de Black Metal italiana The Beasts of Satan, e sua namorada, foram mortos por dois membros de sua banda. Chiara Marino foi levada para uma floresta próximo a Milão, durante uma noite de lua cheia, e morta a facadas, enquanto seu namorado, ao defendê-la, foi assassinado por golpes de martelo na cabeça. O duplo homicídio também teve a participação de alguns fãs da banda. O corpo do casal foi jogado em um poço e os assassinos ainda urinaram em cima deles.

O grupo também mataria em 2004 uma terceira pessoa, Mariangela Pezzotta, de 27 anos. O pai de Fabio Tollis, senhor Micheli Tollis, investigou o assassinato de seu filho por conta própria, encontrando indícios entre as atividade da banda The beasts of Satan e uma seita satânica, bem como em relação aos assassinatos do casal. Com o aparecimento do assassinato de Mariangela Pezzotta, ele entregou o resultado de sua investigação à polícia, levando aos assassinos.

Andrea Volpe, o líder dos The Beasts of Satan, mesmo confessando todos os crimes, inclusive de sua namorada, Mariangela Pezzotta, que foi morta com um tiro na boca e teve o corpo mutilado, por ter entregado seus cúmplices e mostrado onde tinha enterrado os corpos, recebeu, por isso, uma sentença considerada "branda" de apenas 30 anos de prisão.

A MORTE DE SAMONG TRAISATTHA




Em janeiro de 2014, mais um episódio sangrento invadiu a imprensa, manchando de sangue mais uma página do Black Metal mundial; desta vez foi na Tailândia.

No dia 8, Samong Traisattha, vocalista e baixista da banda de Black Metal tailandesa SURRENDER OF DIVINITY, abriu a porta de sua casa para Prakarn Harnphanbusakorn, um conhecido fã da banda. Prakarn, Samong e a mulher deste, Jaruvan Surapol, beberam e estamparam algumas camisetas da banda. E quando, Surapol se ausentou da sala para levar o filho até o quarto; ao voltar, encontrou uma cena de horror.

Peritos Examinam o Corpo de Samong Traisattha

Numa visão horripilante, seu marido Samong estava caído no chão em meio a uma poça de sangue. O fã da banda, Prakarn, não estava mais no local. Dias depois, um usuário do Facebook intitulado “Maleficent Meditation” publicou fotos da cena do crime acompanhadas de um texto:

“Tenho tido a intenção de acabar com a minha vida desde que tinha 25 anos. Como vou morrer eventualmente, quero arrastar comigo aqueles que maculam o satanismo. Mas evitei matar mulheres e crianças… Tenho mais respeito por devotos budistas, cristãos ou muçulmanos do que por aqueles que se chamam de satanistas sem saber nada sobre o assunto… Se eu não o matasse, tenho certeza que ele seria assassinado por outra pessoa mais tarde.”



O Assassino Prakarn Harnphanbusakorn  

Um mês após este trágico episódio, Prakarn Harnphanbusakorn se rendeu à polícia. O que motivou o crime foi que o assassino matou Samong por este não ser satânico “o suficiente”.

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