4 ACONTECIMENTOS MAIS HORRIPILANTES DO BLACK METAL
O Black Metal tem como temas preferidos o satanismo e a violência extrema. Não raro, os elementos de satanismo e o culto a morte, saem de suas letras para invadirem as vidas de seus músicos, causando acontecimentos trágicos e fatais, levando este estilo musical a ganhar, digamos, uma fama bastante horripilante. São fatos que invadiram jornais e programas de TV, e revelaram ao grande público uma faceta sinistra e horripilante de sua história. Vamos então aos fatos que mais repercutiram na imprensa sobre este estilo extremo:
O SUICÍDIO DE DEAD
Em
um dia de abril de 1991, Euronymous, nome artístico de Øystein Aarseth, então
líder da banda norueguesa MAYHEM, ao retornar à casa de ensaios, se depara com
uma cena chocante: Dead, o vocalista da banda havia se suicidado dando um tiro
em sua cabeça, após ter cortado a garganta. O tiro havia exposto seu cérebro,
que havia deslizado de seu crânio caindo no chão. A faca e a arma usadas
continuavam ao seu lado, e um irônico bilhete, que dizia “desculpe pelo
sangue”. E como se não bastasse toda a horrível cena, este acontecimento ainda
se encheu de detalhes horripilantes, com o próprio Euronymous afirmando
que havia comido parte do cérebro de Dead e guardado pedaços do crânio do amigo
para fazer enfeites de cordão.
"Nós
não temos mais vocalista! Dead se matou há duas semanas! Foi realmente brutal,
primeiro ele cortou os pulsos e então ele estourou os miolos com um rifle. Eu o
encontrei e ele estava horrível pra caralho, a metade superior de sua cabeça
estava por todos os lados do quarto, e a parte inferior do cérebro escorreu
pelo resto da cabeça e caiu na cama. Eu, claro, peguei minha câmera
imediatamente e tirei algumas fotos, nós vamos usá-las no próximo LP do Mayhem.
Eu e o Hellhammer tivemos sorte, porque encontramos dois grandes pedaços de seu
crânio e então fizemos colares como lembrança. Dead se matou porque ele vivia
somente para o verdadeiro black metal. Quer dizer, roupas pretas, espetos,
etc... [...] Eu tenho que admitir que foi interessante examinar um cérebro
humano em "rigor mortis" - Euronymous.
O
disco "Dawn of the Black Hearts", ficou famoso não tanto pela música,
mas pela capa, que trazia o corpo morto de Dead. Ideia de seu amigo Euronymous
que, após o ocorrido, declarou: "Quando Dead explodiu seus miolos, este
foi o maior ato de promoção que ele fez para nós. É sempre fenomenal quando
alguém morre, não importa quem. Se você pensa que nós somos idiotas emocionais
com sentimentos humanos, você está errado!".
Dead
era um rapaz estranho, que cultuava a morte; e que vivenciava ao máximo as
letras mórbidas das músicas que cantavam. Era descrito por seus parceiros como
alguém solitário e melancólico, que estava sempre trancado no quarto, que não
se alimentava para poder sentir a dor da fome, e que usava camisetas com
anúncios fúnebres; que usava corpse paint (pintura imitando cadáver) mesmo em
dias que não eram de shows. Foi mesmo um dos primeiros a usá-la.
Dead
gostava de enterrar suas roupas antes dos shows, para que ficassem pútridas com
insetos e vermes, como a carne de um cadáver putrefato. Nos shows, gostava de
autoflagelar-se, e antes das músicas, gostava de cheirar um pássaro morto que
guardava em um saco plástico. O cheiro da morte o inspirava. Tanto que foi ao
extremo de conhecê-la prematuramente.
O ASSASSINATO DE EURONYMOUS
Entre
os anos de 1992/93, o Black Metal da Noruega deixava de ser apenas música
passando a tomar ares de movimento terrorista, pondo em prática suas ideias e
seu ódio ao cristianismo, e se concretizando na queima de igrejas centenárias
de sua cidade.
Um
nome logo ficaria ligado a tal ato: Varg Vikernes. Varg fora apontado como um
dos principais líderes do movimento. Sim, o mesmo cara que Euronymous havia
ajudado em lançar o seu projeto solo Burzum.
Nesse
período a rivalidade entre Euronymous e Varg Vikernes se acirrava. Ambos se
confrontavam por mais poder e influência na cena Black Metal norueguesa.
Euronymous e Dead |
Contudo
a rivalidade entre Varg Vikernes e Euronymous só fazia crescer, até culminar
com o assassinato deste, ocorrido em 10 de agosto de 1993.
A
versão de Varg para o assassinato de Euronymous:
"Fui
para Oslo pegar uns discos e levar um contrato para o Aarseth, nunca com a
intenção de matá-lo. Eu sempre levo armas comigo. Tinha três facas e mais
quatro punhais, um machado, uma baioneta e um taco de beisebol no carro. Sempre
carrego um monte de armas para o caso de algo acontecer. Toquei a campainha e
Aarseth abriu a porta. Parecia cansado, vestia apenas uma cueca. Entreguei o
contrato e, de repente começamos a discutir. Entre outras coisas, ele me
acusava de dizer merdas sem sentido. Começou a bater em mim. Os covardes
ameaçam, os fortes agem. Ele chutou meu peito. Me assustei e o empurrei. Quando
se levantou, Aarseth começou a correr em direção a cozinha. Tenho certeza de
que procurava uma faca, então peguei uma das minhas e o esfaqueei para que ele
não chegasse até a cozinha. Gritou por socorro. Fiquei louco. Ele correu para a
entrada da casa e eu fui atrás. Continuei a esfaqueá-lo para que calasse a
boca. Meti a faca nele porque estava com raiva. Ele gritava por socorro ao
invés de lutar".
Porém
temos a versão de Snorre W., ex-guitarrista do Mayhem, que acompanhava Varg
Vikernes no dia do assassinato:
"Ele
(Vikernes) falava muito em matar o Aarseth. Um dos planos dele era dar uma
machadada assim que ele abrisse a porta. Eu disse que era estupidez andar com
um machado numa área tão cheia de prédios. Outra alternativa era pedir para que
ele nos mostrasse algo no computador. Poderíamos golpeá-lo no pescoço enquanto
estivesse sentado e de costas para nós. Eu estava no carro e após alguns minutos
me dirigi à porta do apartamento. Cheguei mais perto, ouvi barulhos lá dentro.
De repente, a porta se abriu e Aarseth veio correndo em minha direção. Vi
sangue na sala e também Vikernes esfaqueando-o. Então, ambos desapareceram pela
escada. Depois de alguns segundos e sem saber o que fazer, corri escada abaixo,
passei por eles e saí pela rua. Saímos de Oslo e paramos no lago Opplan, onde
Varg tomou banho nu. Ele pegou suas roupas sujas de sangue, amarrou-as numa
pedra e atirou tudo na água. No caminho, Varg disse que o atingira na cabeça,
no pescoço e nas costas, só que errou a jugular. Disse ainda que era desonroso
para um líder da comunidade Black Metal ter morrido de cueca."
THE BEASTS OF SATAN
(Banda Italiana que
sacrificava Pessoas a Satã)
O
grupo também mataria em 2004 uma terceira pessoa, Mariangela Pezzotta, de 27
anos. O pai de Fabio Tollis, senhor Micheli Tollis, investigou o assassinato de
seu filho por conta própria, encontrando indícios entre as atividade da banda
The beasts of Satan e uma seita satânica, bem como em relação aos assassinatos
do casal. Com o aparecimento do assassinato de Mariangela Pezzotta, ele
entregou o resultado de sua investigação à polícia, levando aos assassinos.
Andrea
Volpe, o líder dos The Beasts of Satan, mesmo confessando todos os crimes,
inclusive de sua namorada, Mariangela Pezzotta, que foi morta com um tiro na
boca e teve o corpo mutilado, por ter entregado seus cúmplices e mostrado onde
tinha enterrado os corpos, recebeu, por isso, uma sentença considerada
"branda" de apenas 30 anos de prisão.
A MORTE DE SAMONG TRAISATTHA
Em janeiro de 2014, mais um episódio sangrento invadiu a imprensa, manchando de sangue mais uma página do Black Metal mundial; desta vez foi na Tailândia.
No
dia 8, Samong Traisattha, vocalista e baixista da banda de Black Metal
tailandesa SURRENDER OF DIVINITY, abriu a porta de sua casa para Prakarn
Harnphanbusakorn, um conhecido fã da banda. Prakarn, Samong e a mulher deste,
Jaruvan Surapol, beberam e estamparam algumas camisetas da banda. E
quando, Surapol se ausentou da sala para levar o filho até o quarto; ao voltar,
encontrou uma cena de horror.
Peritos Examinam o Corpo de Samong Traisattha |
“Tenho
tido a intenção de acabar com a minha vida desde que tinha 25 anos. Como vou
morrer eventualmente, quero arrastar comigo aqueles que maculam o satanismo.
Mas evitei matar mulheres e crianças… Tenho mais respeito por devotos budistas,
cristãos ou muçulmanos do que por aqueles que se chamam de satanistas sem saber
nada sobre o assunto… Se eu não o matasse, tenho certeza que ele seria
assassinado por outra pessoa mais tarde.”
O Assassino Prakarn Harnphanbusakorn |
Um
mês após este trágico episódio, Prakarn Harnphanbusakorn se rendeu à polícia. O
que motivou o crime foi que o assassino matou Samong por este não ser satânico
“o suficiente”.
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