quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

“MEMENTO MORI”: QUANDO A MORTE É A MELHOR CONSELHEIRA DA VIDA


“MEMENTO MORI”: QUANDO A MORTE É A MELHOR CONSELHEIRA DA VIDA

Na Roma antiga quando um general ganhava uma batalha importante e desfilava sob aplausos e olhares de admiração do povo, um escravo tinha a incumbência de dizer-lhe ao pé do ouvido: "Memento Mori", ou em português, "Lembre-se que um dia irás morrer". O "Memento Mori" fazia lembrá-lo de que ele era mortal, não um deus, e de que toda felicidade, toda alegria, toda sensação de triunfo eram apenas passageira, e que todo prazer, toda beleza, dariam lugar a infelicidade e a feiura, assim como um dia a vida dará lugar a morte. Então lembre-se: "MEMENTO MORI": um dia irás morrer; não se prenda a valores de glórias passageira, como a beleza fútil e vã; se prenda aquilo que pode durar tanto quanto a vida, pois a morte lhe espera, tal é a condição humana.





A ideia é não tratar a morte como algo não natural, mas como parte da vida, e não se trata de estragar os prazeres momentâneos da vida com a lembrança daquilo que os seres humanos mais temem, mas, tendo consciência de que somos mortais, e que um dia morreremos, sabermos valorizar melhor as coisas da vida que, de fato, valem a pena, como não amar apenas a beleza passageira do corpo, que se esvai com o curto passar dos dias, mas valorizar algo que permaneça mesmo quando a beleza física tiver se esvaído como todas as coisas evanescentes.




O Memento Mori, como todas as boas coisas da cultura pagã, foi absorvido pela cultura cristã, gerando, por sua vez, nas artes esculturas e pinturas tétricas, sinistras e grotescas, porém com um belo significado, chamadas de Vanitas. Nesta, a mensagem do Memento Mori passou a ser dada de forma simbólica: um crânio humano em meio a uma ampulheta e velas acesas e frutos podres significaria a morte, ou a brevidade da vida; e em meio a livros e instrumentos de músicas, simbolizava a futilidade das vaidades humanas perante a morte.






















Sem dúvida alguma, “Memento Mori” e as Vanitas foram absorvidos pela cultura do Rock, por meio das inúmeras figuras de caveiras e também em belas e grotescas tatuagens:





















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