CRINOLINE: A PEÇA DE ROUPA QUE MATOU 3 MIL MULHERES
Não é
de hoje que as regras do “bem vestir” incide muito mais nas mulheres, exigindo
muito mais destas; e muitas vezes tais exigências são verdadeiros sacrifícios
físicos, como no uso do espartilho que, de tão apertados, atrapalhavam a
respiração e deformavam as costelas femininas. E houve mesmo uma peça do
vestuário feminino, que chegou a provocar cerca de 3 mil mortes em dez anos.
A
crinoline apareceu no cenário da moda em meados do século XIX. Tratava-se de
uma estrutura que armava as grandes saias dos vestidos de elegantes mulheres. O
nome era uma mistura de “crin” – material derivado da crina de cavalos - com “linen”,
linho.
Além
da crina de cavalo e linho, faziam parte de sua composição, ossos ou finos fios
de aço para dar a elas a resistência exigida para modelar as saias femininas.
A
crinoline se tornou tão popular que foi criado a palavra “crinolinemania” para
designar o estrondoso número de mulheres que a usava ao ponto de fábricas de
aço de dedicar apenas a produzir tal metal para sua fabricação, tendo fábricas
produzido milhares de peças por dia.
Como
podemos imaginar, o uso de tal indumentária não era nada fácil, pois
dificultava a locomoção de suas usuárias, além de exigir um espaço bem maior
que qualquer outro tipo de roupa, o que certamente também dava as mulheres a
sensação de ser o centro das atenções em salões de bailes, bastando apenas um
número menor de mulheres do que o usual para preencher o espaço de um espaçoso
salão.
Mas o que poucos sabem é que a crinoline foi responsável, entre o período
do final de 1850 e final da década de 1860, por cerca de 3 mil mortes de
mulheres que as usavam, devido a queimaduras provocadas por acidentes durante
seu uso, devido a crinoline ser composta de material de fácil combustão, é o que nos relata um
artigo do Museu Nacional da Escócia.
Bustle |
Seu
uso durou até meados da década de 1860, e acabou sendo substituída pelo bustle.
Ele foi reavivado periodicamente, principalmente após a Segunda Guerra Mundial,
como parte do New Look de Christian Dior. Hoje, a crinolina ainda é usada, mas
em ocasiões muito formais – e, em particular, sob vestidos de noivas.
Fonte: Crinolinemania Victorian Fashion Goes to Extremes
Fonte: Crinolinemania Victorian Fashion Goes to Extremes
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