SENHAS DEIXADAS POR PESSOAS ANTES DE MORRER
DESMENTE COMUNICAÇÃO ENTRE MORTOS E MÉDIUNS
A necessidade
de saber se existe vida após a morte tem despertado a curiosidade humana,
seguramente, desde que o homem passou a pensar. Não é por acaso que todas as
religiões têm como um de seus principais objetivos dar ao homem a esperança da
vida eterna. O que tem motivado a muitas pessoas a crença de que é possível que
mortos possam se comunicar com vivos, seja por meio de aparições
fantasmagóricas, seja por meio de pessoas que teriam o dom de servir como uma
ponte entre o mundo dos vivos e dos mortos. A estas pessoas dá-se o nome de
médiuns.
A
curiosidade é tanta que alguns pesquisadores aproveitaram o grande número de
pessoas gravemente feridas, e prestes a morrer, nos hospitais durante as duas
guerras mundiais, para testar a crença de que mortos são capazes de se comunicar
com médiuns. Para tanto, os feridos escolhiam senhas que eram guardadas em
segredo junto com seus dados pessoais, como nomes, para depois, após suas
mortes, médiuns tentarem se comunicar com os falecidos, cujas as senhas seriam
usadas como forma de comprovar a persistência da consciência daqueles após a
morte. Infelizmente, senha alguma de tais pessoas foram proferidas por médium
algum comprovando a veracidade do fenômeno.
E
nesse misto de deixar para os vivos formas de não serem enganados por falsos
médiuns e a vontade de deixar seu testemunho de que possa existir vida após a
morte, pessoas famosas recorreram as senhas para comprovar serem mesmo suas futuras
comunicações após suas mortes. Vamos a elas.
HARRY HOUDINI
O mais
famoso mágico, de todos os tempos, Harry Houdini, cujo verdadeiro nome era
Enrich Weiss, nasceu em 6 de abril de 1874, em Appleton, Wiscosin, Estados
Unidos.
Houdini
não apenas se tornou popular com seus truques de mágicas, mas grande parte de
sua fama deveu-se as suas bem sucedidas tentativas de desmascarar falsos
médiuns, revelando seus truques. Porém, Houdini alimentava o desejo de se
comunicar com sua mãe falecida. E todos os médiuns que dizia ter o poder de se
comunicar com sua mãe, não o convenceu. Por isso, pretendendo, caso falecesse
antes de sua esposa, que esta não se torna-se vítima de falsas comunicações de
seu suposto espírito feitas por um médium qualquer, Houdini deixou uma série de
mensagens secretas em envelopes para serem abertas em diferentes datas após sua
morte. Umas por espaços regulares nos dez primeiros anos seguintes à sua morte,
ocorrida em Detroit, em 31 de outubro de 1926.
Sua
mulher, falecida em 1943, nunca, por meio de tais senhas, pôde comprovar ser autêntica
as manifestações de seu suposto espírito por meio de médiuns.
Em
novembro de 1976, já deixada a tarefa de comprovar sua manifestação espiritual
nas mãos dos responsáveis pela associação de pesquisas psíquicas “American
Society For Psychial Research”, nenhuma manifestação autêntica comprovou que o
Grande Mágico Harry Houdini, após a morte, era capaz de se comunicar com os
vivos.
OLIVER LODGE
O
físico e escritor inglês Oliver Lodge nasceu em 12 de junho de 1851 e faleceu
em 22 de agosto de 1940. Foi um importante professor universitário e presidente
de importantes sociedades científicas.
Após a
morte de seu filho, Raymond, durante a guerra, em 1915, se voltou para o espiritismo,
para o fenômeno da comunicação entre o mundo dos mortos e dos vivos. Se dedicou
tanto, pretendeu usar sua morte como uma última experiência, que provaria que
seu espírito continuava existindo mesmo após sua morte por meio da possibilidade
de se comunicar com médiuns. Para tanto, como Houdini, recorreu a senha.
Escreveu
sua senha em 10 de junho de 1930. E escolheu 14 anos após sua morte para que o envelope
que continha sua senha fosse aberto.
Como Oliver
Lodge faleceu em 1940, o envelope foi aberto em 19 de maio de 1954, sobre os
cuidados da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, a “American Society For
Psychial Research”. Esta sociedade registrou 130 médiuns que acreditavam ter
recebido mensagens contendo a senha transmitida pelo espírito de Sir Oliver
Lodge. A senha era uma sequência de 15 notas musicais, que nenhum médium
desvendou, assobiou ou fez qualquer menção a respeito.
MONTEIRO LOBATO
O
método de usar senhas para comprovar a veracidade do fenômeno da comunicação
entre pessoas já falecidas e médiuns, não ficou apenas no estrangeiro, o
escritor Monteiro Lobato também a usou.
Antes
de morrer em 1948, Monteiro Lobato deixou duas senhas em envelopes lacrados e
deu uma para Dona Ruth Fontoura, filha do célebre magnata dos laboratórios
farmacêuticos de São Paulo, e outra para seu amigo Dr. José Godofredo de Moura
Rangel.
Curiosamente,
depois da morte de Monteiro Lobato, o famoso médium brasileiro Chico Xavier
escreveu texto que dizia ser mensagem enviada do além pelo próprio escritor.
Mas o que Chico Xavier ignorava era que Monteiro Lobato já havia se prevenido com
senhas para quando algum texto escrito por médium fosse dito ser, supostamente,
uma mensagem sua pós-morte. Logo a notícia de que o famoso escritor havia mandado
mensagem por meio do famoso médium se espalhou aos quatro ventos.
Imediatamente,
o Dr. José Godofredo de Moura Rangel se pôs a examinar tal mensagem, chegando a
esta conclusão:
“Tive nas minhas mãos, cópias dos escritos de Chico Xavier atribuídos a Monteiro Lobato assim como as senhas conservadas por Dona Ruth Fontoura: nada, absolutamente nada, nem de longe, de semelhante pude encontrar naquela cópia, nem em outro escrito de Chico Xavier.”
CHICO XAVIER
Para
terminar. Curiosamente, o próprio Chico Xavier recorreria mais tarde ao método
das senhas, e teria dado para três pessoas de sua confiança: a amiga Cátia
Maria, ao seu médico Eurípedes Tahan Vieira e ao seu filho adotivo Eurípedes
Humberto Higino Reis.
Chico
Xavier faleceu em 2002. Até hoje não se tem notícia que as senhas tenham
ajudado a comprovar como verdadeira qualquer mensagem supostamente enviada do
além pelo espírito do famoso médium.
Nenhum comentário:
Postar um comentário