Povos antigos viam o sonho como o meio pelo qual os deuses, ou espíritos dos mortos, se utilizavam para se comunicarem com os vivos, e todos os povos antigos possuíam pessoas encarregadas de interpretar os significados dos sonhos. O caso mais famoso é o do faraó egípcio que sonhou com 7 vacas gordas seguidas de 7 vacas magras, sendo interpretado por Josué como sendo 7 anos de fartura e 7 anos de fome no Egito. O que levou o faraó a estocar comida para os anos sem colheitas.
E não foi apenas nas religiões que os sonhos tiveram importância fundamental, na literatura também.
Sonhos e Literatura
O escritor inglês Horace Walpole (1717 - 1797) nos conta que concebeu seu primeiro livro de terror, O Castelo de Otranto, através de um pesadelo, em que uma gigantesca mão, revestida por uma armadura, o aguardava sobre a escada de um velho castelo. À noite, inspirado pelo pesadelo, pôs-se a escrever sem saber bem o que escreveria; seguia uma leitura automática; suas mãos escrevia rapidamente como se fosse conduzida por algo desconhecido, algo que não fazia parte de si, e que era mais forte que ele; passando horas ininterruptas a escrever, só terminou quando seu corpo exausto foi vencido pelo cansaço.
Pesadelos também foram uma fonte de inspiração da escritora inglesa Ann Radcliff (1764 – 1830), que costumava provocá-los por meio de pesados jantares afim e usá-los como tema de suas histórias de terror.
Já o famoso escritor americano H. P. Lovecraft (1890 – 1937) costumava anotar seus pesadelos imediatamente após acordar. O que explica, em grande parte, a atmosfera mórbida e noturna de seus contos de terror.
Músicas Sonhadas
I Can’t Get No Satisfaction
Uma das mais conhecidas músicas do Rock foi feito por meio de um sonho. Seu autor, Keith Richard, dos Rolling Stone, contou em uma entrevista, que certa vez, em 1968, dormiu com sua guitarra, ao acordar e verificou que havia adormecido com o gravador ligado, gravando. Curioso para ouvir seus roncos, ligou o aparelho e ouviu as notas iniciais da famosa música sendo produzidas por ele enquanto dormia, terminando com a frase “I can’t get no satisfaction”, que se tornaria o refrão da música considerada a segunda mais importante da história do Rock.
Alguns dias depois Mick jagger terminou a letra da música e a banda estava pronta para gravá-la, primeiro uma versão acústica, e finalmente a versão elétrica com distorção, gravada nos estúdios da RCA, em Hollywood.
Quem diria que sem o sonho de keith Richard os Rolling Stones não seria uma grande banda, e mantido o sucesso até agora.
O Trilo do Diabo
Numa noite, no longínquo ano de 1756, o grande compositor italiano Giuseppe Tartini fora dormir mais cedo. Porém, devido a uma inquietação profunda, abriu os olhos bem no meio da noite. Olhou em direção aos seus pés, e viu, espantado, um pequeno demônio escuro sentado em sua cama que lhe olhava fixamente.
Tartini tentou mexer-se, esboçar alguma reação, ou mesmo um grito de horror, mas nada parecia mover-se em seu corpo, estava petrificado como um cadáver, somente seus olhos moviam-se, observando aquela horrível criatura que lhe encarava, por sua vez, com um olhar ameaçador. Subitamente, a sombria criatura pegou o violino que estava próximo da cama, e começou a tocar aquela que seria a música mais bela que Tartini havia ouvido na vida; o pequeno demônio tocava com uma habilidade e precisão que ele jamais havia visto em toda sua vida: era ao mesmo tempo tão infernal como a mais terrível tempestade e tão doce quanto a mais suave das brisas.
E como Tartini nada podia fazer exceto olhar e ouvir a criatura a tocar tentou memorizar a música, até que o diabo, por fim, desapareceu em uma nuvem de fumaça, deixando o violino cair sobre a cama. Foi quando, finalmente, Tartini pôde se mover, e tendo a música ainda em sua mente, pegou o violino e pôs-se a tirar suas notas. Surgindo a famosíssima sonata Trilo do Diabo. E embora fosse a música mais bela que havia tocado, Tartini reconhecia que não chegava aos pés da música tocada pelo próprio diabo.
E não somente religiosos, escritores e músicos se inspiraram nos sonhos para criar, cientistas também.
Mendeleiev e a Tabela Periódica
O russo Dmitri Mendeleiev (1834 - 1907) já estava à noite e dia sem dormir direito na árdua tarefa de organizar os elementos químicos conhecidos em uma tabela, e cansado de tanta tentativa e erros, adormeceu e sonhou. Mendeleiev conta: “Vi num sonho uma tabela em que todos os elementos se encaixavam como requerido. Ao despertar, escrevi-a imediatamente em uma folha de papel.” E foi assim, graças ao seu sonho, que ele compreendeu que as propriedades das substâncias dos elementos se apresentam em função dos seus pesos atômicos. Fazendo com que nascesse a famosa Tabela Periódica da química.
O Químico que Sonhou com Elementos Químicos em Forma de Cobra
Outro químico que intencionava resolver um problema de ciência, e o resolveu ao sonhar, foi o alemão Friedrick kekulé (1829 - 1896), que intencionava descobrir a fórmula do Benzeno.
Certo dia ele se encontrava escrevendo, quando virou sua cadeira em direção da lareira e dormiu. Kekulé teve um sonho, em que ele via os átomos como que dançando na sua frente, e os grupos menores ficavam mais atrás. Então, ele distinguiu cadeias longas girando e torcendo-se como cobras. De repente, uma das cobras mordeu a sua própria cauda. Ao acordar, e ainda impressionado pelo sonho, kekulé percebeu que se os átomos do benzeno se assemelhasse aquela cobra mordendo a si mesmo, isto é, se os átomos formasse uma forma hexagonal, ele poderia explicar a fórmula de tal substância. E não é que seu sonho estava correto mesmo!
Os Sonhos e o Futuro
Incrivelmente, o poder dos sonho não está apenas ligado à religião, arte ou a ciência, ele também pode dizer muito sobre a realidade.
É grande o número de depoimentos de pessoas que previram catástrofes ou até a própria morte, como o surpreendente vídeo do tecladista dos Mamonas Assassinas, Júlio Rasec, afirmando, com o semblante preocupado de que havia sonhado com um desastre de avião. Incrivelmente, doze horas após o vídeo ser gravado, o avião da banda se chocaria com um morro, matando todos os membros da banda e da tripulação.
O outro fato incrível, aconteceu na Alemanha. Em 1933, bem antes dos nazistas pôr em prática sua perversa política anti judaica, a jornalista alemã Charlotte Baredt começou a anotar os sonhos dos judeus. Os sonhos eram repletos de cadáveres e torturas. Eram relatados também que nos sonhos as luminárias e os fogões, denunciavam a presença dos judeus, e também era comum relatarem que as paredes de suas casas desapareciam do nada.
Teriam sido sonhos proféticos sobre o holocausto judeu que aconteceria anos depois?
O que Pensa os Cientistas Sobre os Sonhos
Para uma parcela dos cientistas sonhos são apenas imagens do nosso dia a dia reativadas por descargas elétricas aleatórias no cérebro sem qualquer sentido. Já para outros, os sonhos, por estar fora das pressões do dia a dia, e do compromisso de acertar sempre, possibilita ao sonhador juntar imagens, experiências e sentimentos de sua vida e combiná-los das mais diferentes possibilidades, que nós não associaríamos quando acordados, por estarmos sob a pressão do pensamento lógico, originando a total liberdade dos sonhos. O que explicaria o grande poder de criação artística que possui os sonhos e também o poder de fazer descobertas enquanto sonhamos. Mas quanto a prever o futuro, seria tudo apenas coincidências?
E não foi apenas nas religiões que os sonhos tiveram importância fundamental, na literatura também.
Sonhos e Literatura
O escritor inglês Horace Walpole (1717 - 1797) nos conta que concebeu seu primeiro livro de terror, O Castelo de Otranto, através de um pesadelo, em que uma gigantesca mão, revestida por uma armadura, o aguardava sobre a escada de um velho castelo. À noite, inspirado pelo pesadelo, pôs-se a escrever sem saber bem o que escreveria; seguia uma leitura automática; suas mãos escrevia rapidamente como se fosse conduzida por algo desconhecido, algo que não fazia parte de si, e que era mais forte que ele; passando horas ininterruptas a escrever, só terminou quando seu corpo exausto foi vencido pelo cansaço.
Pesadelos também foram uma fonte de inspiração da escritora inglesa Ann Radcliff (1764 – 1830), que costumava provocá-los por meio de pesados jantares afim e usá-los como tema de suas histórias de terror.
H.P. Lovecraft |
Músicas Sonhadas
I Can’t Get No Satisfaction
Uma das mais conhecidas músicas do Rock foi feito por meio de um sonho. Seu autor, Keith Richard, dos Rolling Stone, contou em uma entrevista, que certa vez, em 1968, dormiu com sua guitarra, ao acordar e verificou que havia adormecido com o gravador ligado, gravando. Curioso para ouvir seus roncos, ligou o aparelho e ouviu as notas iniciais da famosa música sendo produzidas por ele enquanto dormia, terminando com a frase “I can’t get no satisfaction”, que se tornaria o refrão da música considerada a segunda mais importante da história do Rock.
Keith Richard |
Quem diria que sem o sonho de keith Richard os Rolling Stones não seria uma grande banda, e mantido o sucesso até agora.
O Trilo do Diabo
Numa noite, no longínquo ano de 1756, o grande compositor italiano Giuseppe Tartini fora dormir mais cedo. Porém, devido a uma inquietação profunda, abriu os olhos bem no meio da noite. Olhou em direção aos seus pés, e viu, espantado, um pequeno demônio escuro sentado em sua cama que lhe olhava fixamente.
Giuseppe Tartini |
E não somente religiosos, escritores e músicos se inspiraram nos sonhos para criar, cientistas também.
Mendeleiev e a Tabela Periódica
O russo Dmitri Mendeleiev (1834 - 1907) já estava à noite e dia sem dormir direito na árdua tarefa de organizar os elementos químicos conhecidos em uma tabela, e cansado de tanta tentativa e erros, adormeceu e sonhou. Mendeleiev conta: “Vi num sonho uma tabela em que todos os elementos se encaixavam como requerido. Ao despertar, escrevi-a imediatamente em uma folha de papel.” E foi assim, graças ao seu sonho, que ele compreendeu que as propriedades das substâncias dos elementos se apresentam em função dos seus pesos atômicos. Fazendo com que nascesse a famosa Tabela Periódica da química.
Dmitri Mendeleiev e a Tabela Periódica |
Outro químico que intencionava resolver um problema de ciência, e o resolveu ao sonhar, foi o alemão Friedrick kekulé (1829 - 1896), que intencionava descobrir a fórmula do Benzeno.
Friedrick Kekulé |
A Molécula do Benzeno em Forma de Cobre Visto em Sonho por Kekulé |
Incrivelmente, o poder dos sonho não está apenas ligado à religião, arte ou a ciência, ele também pode dizer muito sobre a realidade.
Charlotte Baredt |
Teriam sido sonhos proféticos sobre o holocausto judeu que aconteceria anos depois?
O que Pensa os Cientistas Sobre os Sonhos
Para uma parcela dos cientistas sonhos são apenas imagens do nosso dia a dia reativadas por descargas elétricas aleatórias no cérebro sem qualquer sentido. Já para outros, os sonhos, por estar fora das pressões do dia a dia, e do compromisso de acertar sempre, possibilita ao sonhador juntar imagens, experiências e sentimentos de sua vida e combiná-los das mais diferentes possibilidades, que nós não associaríamos quando acordados, por estarmos sob a pressão do pensamento lógico, originando a total liberdade dos sonhos. O que explicaria o grande poder de criação artística que possui os sonhos e também o poder de fazer descobertas enquanto sonhamos. Mas quanto a prever o futuro, seria tudo apenas coincidências?
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