sexta-feira, 9 de agosto de 2024

DANIEL MASTRAL — UM LOBO EM PELE DE CORDEIRO





DANIEL MASTRAL UM LOBO EM PELE DE CORDEIRO

Como sempre acontece, é após a morte de alguém famoso que a verdade tende a vir à tona. E com o teólogo e escritor cristão Daniel Mastral, que se matou no último domingo, não foi diferente.


Tudo indica que por trás de toda aquela história, infundada e fantasiosa, de ter feito parte de uma seita satânica e de ter se convertido ao cristianismo e da imagem de bom pai e marido, havia algo de terrível escondido na vida de Daniel Mastral, digno de um filme de terror.




Ao que tudo indica, ao lado do personagem carismático criado por ele --- um grande contador de histórias inverossímeis, bom moço e pai de família exemplar --- havia o Marcelo Agostinho Ferreira, seu nome verdadeiro, um homem frio, péssimo pai e marido.


Ultimamente veio à tona a notícia de que Daniel Mastral estava sob investigação do Tribunal de Justiça de São Paulo pela morte de sua esposa Cíntia Rosa Lotte Ferreira, que segundo laudo, teria falecido de ataque cardíaco provocado por uma overdose de remédios, administrado pelo próprio Mastral.


Página do Documento do Tribunal de Justiça de São Paulo Contra Marcelo Agostinho Ferreira (Daniel Mastral)

Cíntia, que era médica e coautora (com o nome de Isabela Mastral), de alguns livros do marido, segunda testemunha que frequentava a casa do casal, vivia sob efeito de remédios, que incluía morfina, administrados pelo próprio marido, que não era médico, mantendo a esposa dopada, enquanto ele mantinha relações extraconjugais. Os remédios eram conseguidos de forma criminosa, sem receita médica, clandestinamente. A mesma testemunha também relatou que havia uma apólice de seguro em nome de Daniel Mastral, que seria o beneficiado em caso de morte da esposa.


Daniel Mastral, Cíntia Rosa (Esposa) e Mikael (Filho)

Cíntia Rosa faleceu em 2018, três anos depois do suicídio do filho do casal, de 15 anos, que tirou a própria vida, atirando-se debaixo de um trem, por ser homossexual; não aguentou viver em um ambiente com tão falta de amor e compreensão e tão nocivo à sua condição de homoafetivo.


Daniel Mastral que para milhares de pessoas era um grande exemplo de religioso e de ser humano, um profeta dos tempos modernos com suas ideias conspiratórias, um homem santo que alertava seus seguidores do grande mal que ameaçava a humanidade, comandado por pessoas poderosas pertencentes a seitas satânicas, não suportou o peso de sua consciência e o receio de que os resultados da investigação movida pelo Tribunal Criminal de São Paulo viesse à tona, e tirou a própria vida. E os únicos demônios que existiam estavam em sua cabeça, na forma de culpa, depressão e arrependimento.


Esperemos agora para ver como seus discípulos e admiradores se comportarão perante às denúncias do tribunal de Justiça de São Paulo, contra ele. 

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