terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA ESCRAVA ISAURA




Leôncio
Talvez nenhuma obra da literatura brasileira se compare em popularidade a saga da bela escrava branca Isaura e seu sonho de liberdade, vivendo oprimida e assediada por seu malévolo senhor, Leôncio, em um Brasil ainda imperial e escravocrata.

Pergunte a qualquer um, dos mais jovens aos mais velhos, e todos lhes dirão da grande simpatia que nutrem pela bela escrava e o ódio sentido por seu senhor.  Porém acreditando serem injustas o que tem sido dito a respeito de Leôncio, um dos personagens mais injustiçados da literatura brasileira: ora que este fora um homem de péssimo caráter, ora um “mal amado”, ou um libertino que só fez aproveitar a dinheirama do pai, caindo na farra todas as noites com mulheres e bebidas (eita vida boa!!!).


Suposta foto de Leôncio entre duas raparigas

E pior: que apenas obtinha mulheres à força ou por conveniência; enquanto Isaura, por outro lado, é festejada, ainda hoje, como a imagem da bondade e pureza. Ideias espalhadas aos quatro cantos, de geração em geração, desde que fora posta em palavras por meio da escrita de Bernardo Guimarães em seu livro “A Escrava Isaura”, publicado em 1875, e repetida à exaustão em novelas televisivas.


Leôncio mostrando quem manda

Venho, por meio desta, defendê-lo, irei contar toda a verdade a respeito de tal romance, que retrata uma história tão longe da realidade da época quanto a nossa é daquela; pois ao amigo leitor basta apenas observar um detalhe para que possa perceber o quanto é irreal e absurda tal história: se Leôncio desejava possessivamente Isaura e se Isaura era uma escrava e ele seu dono por que então não fez valer-se de seu direito sobre ela, mas, ao contrário, preferiu apenas cortejá-la? E o pior: como era possível uma escrava rejeitar os desejos de seu dono? Só há uma resposta possível, em oposição ao que pensava o autor, Leôncio era um cavalheiro.


Leôncio, mais uma vez, dando um chega pra cá em Isaura, 
e, mais uma vez, sendo desprezado por ela

Ele é o único personagem interessante da história, um poeta a seu modo e por isso um injustiçado; e Isaura uma dissimulada, que achando-se gostosa, a última bolacha do pacote, uma periguete de época, de marca maior; veja o que ela diz no livro, o que comprova o que digo:   
“Meu Deus! Meu Deus!… já que tive a desgraça de nascer cativa, não era melhor que tivesse nascido bruta e disforme, como a mais vil das negras, do que ter recebido do céu estes dotes, que só servem para amargurar-me a existência?” 
 Portanto, renegava sua própria raça, preferindo apenas brancos ricos. Porém o que Bernardo Guimarães não nos conta em seu famoso livro é que por trás de seu ingênuo sorriso e do rosto angelical de menina se escondia uma mulher capaz das mais ardentes paixões; Isaura queimava de tesão em seu quarto, sob labaredas da mais pura luxúria e paixão. O que a obrigava a sair às escondidas sob o espesso véu da noite e se entregar aos negros da senzala.


Isaura na senzala entre dois negros criados
Acima, Isaura conseguindo o que toda piriguete quer: fama
Foto da época demonstra o quanto o livro "A Escrava Isaura" está errado, 
já que na verdadeira história Leôncio e Isaura se reconciliam e foram felizes para sempre 

Porém a verdadeira história será contada em:
"ISAURA, UMA ESCRAVA BRANCA", 
Não percam!
E para quem não gostou sigam o conselho da vovó

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