domingo, 20 de novembro de 2016

GAROTA COM CÂNCER É A PRIMEIRA CRIANÇA BRITÂNICA A TER O CORPO CONGELADO



GAROTA COM CÂNCER É A PRIMEIRA CRIANÇA BRITÂNICA A TER O CORPO CONGELADO
Após uma batalha judicial, uma adolescente britânica, de 14 anos, que não teve sua identidade revelada, ganhou na justiça britânica o direito de ter o corpo congelado após a morte, para que possa no futuro ser descongelada e curada do câncer. A disputa se deu entre a mãe da adolescente, que queria realizar a vontade de sua filha e o pai que descordava totalmente.
A adolescente faleceu devido uma forma rara de câncer em outubro desse ano. A menina escreveu uma carta ao juiz explicando que queria "viver mais" e não desejava "ficar embaixo da terra".

Acima, os Tanques Onde Cadáveres são Armazenados
"Acho que ser preservada criogenicamente me dá a chance de ser curada e acordar - nem que seja daqui a centenas de anos", escreveu ela.
O juiz Peter Jackson encarregado da decisão ao visita-la no hospital se comoveu muito com "forma corajosa como ela estava enfrentando o seu destino".
Criogenia é a tentativa de manter um corpo humano congelado pelo mais tempo possível, na tentativa de que no futuro ele possa ser reanimado e curado da doença por ele sofrida. No mundo, há apenas duas empresas americanas e uma russa que trabalha com tal procedimento.

Local Onde os Primeiros Procedimentos da Criogenia são Feitos
O custo de preservar um corpo por tempo infinito é de 37 mil libras (R$ 158 mil).
O corpo é posto em um tanque com hidrogênio líquido, na temperatura de -196 ºC, para que não entre em processo de decomposição.
Abaixo, a carta que a adolescente explica ao juiz as razões de sua difícil decisão:
"Tenho apenas 14 anos e não quero morrer, mas sei que vou morrer".
"Acho que ser criopreservada vai me dar a chance de ser curada e acordar - mesmo que daqui a centenas de anos".
"Não quero ficar embaixo da terra".
"Quero viver e viver mais. Acredito que no futuro devem achar uma cura para o meu câncer e eu vou acordar".
"Quero ter essa chance".
"Este é o meu desejo".
Por outro lado, as razões que levaram o pai, que há 6 anos não a via a filha, a não permitir que sua vontade fosse satisfeito, fora:
"Mesmo que o tratamento seja bem-sucedido e ela volte à vida, digamos, daqui a 200 anos, minha flha não deverá encontrar nenhum parente. Além disso, talvez ela não se lembre de coisas que podem deixá-la desesperada, já que terá apenas 14 anos e estará nos EUA".
Posteriormente o pai mudou de ideia. E quando quis ver o corpo da filha depois de sua morte, soube que a filha deixou a recomendação de não permitir isso.
Um fato curioso de deu após sua morte. A equipe do hospital manifestou preocupação em relação à maneira como foi conduzido o processo de preparação do corpo para o congelamento, mas não esclareceu os motivos dessa inquietação.
A preparação foi feita por um grupo de voluntários no Reino Unido. 

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