OPERADOR DE RÁDIO-TÁXI RELATA CASOS DE TAXISTAS QUE VIRAM O FANTASMA DA “MOÇA DO TÁXI”
O Operador de rádio-táxi, José Jr., tem mais de trinta anos de profissão; e
nesses anos ouviu muitas histórias contadas por seus colegas taxistas; e entre
histórias relativamente comuns à sua profissão, como a triste realidade dos
assaltos a taxistas, há também aquelas inexplicáveis, que o povo local chama de
assombrações ou visagens; e estando próximo do dia do nascimento de Josephina
Conte, a Moça do Táxi” (19/04), o blog de Mistérios BORNAL não poderia perder a
oportunidade de perguntar a esse profissional com longos anos de profissão se
ele já ouviu algum relato contado por algum taxista sobre os misteriosos contatos
com aquela que, dizem, assombra as ruas de Belém com viagens fantasmagóricas de
táxi.
José Jr. |
BORNAL:
Sei que você sempre trabalhou à noite, isso deve ter lhe dado muitas
oportunidades para presenciar comportamentos estranhos do público que frequenta
a noite de Belém, isso deve despertar perguntas nas pessoas, não?
JOSÉ
JR.: As pessoas sempre me perguntam se eu não vejo fantasmas (risos).
BORNAL:
Falando nisso, nesses longos anos de profissão conheceste algum taxista que
relatasse algum contato com a aparição da “Moça do Táxi”?
Josephina Conte, Cuja Morte Inspirou a Criação da Lenda da Moça do Táxi |
JOSÉ
JR.: Conheci dois: o Raimundo, já falecido; faleceu ano passado; mas ainda tem
um vivo, que tem o apelido de Dedé, que já se aposentou; morador do
Guamá.
BORNAL:
Então, em todos esses anos de profissão foram somente esses dois casos?
JOSÉ
JR.: Sim. E já faz muito tempo que não se tem relatos da sua aparição.
BORNAL:
Em que ano aconteceram esses fatos?
BORNAL:
Você poderia nos contar o que o Raimundo contou?
JOSÉ
JR.: É o relato comum. Estava passando pela Serzedelo Correia, e uma moça deu
sinal; até aí tudo bem. Ao chegar na casa onde ela queria ir, pediu para
esperar que ela ia buscar o dinheiro, só que não voltou. Ele não quis bater na
porta, pois já era tarde, muito tarde. Resolveu voltar de manhã. Quando falou
pro moço que lhe atendeu que uma moça estava devendo o dinheiro de uma
corrida de táxi, a resposta foi que alí não morava nenhuma moça. Foi um
pega pacapá, pois ele queria o dinheiro dele, foi quando ele viu uma foto dela
na estante. E falou: "olha aí a mulher safada que está me devendo". O homem disse: "vou pagar a corrida, mas antes
você vai me levar a um local". "OK", ele disse, "sem problemas". Então foram ao
cemitério. O homem pediu para que ele o acompanhasse. Foram até uma sepultura.
E ele disse para o Raimundo: “foi essa moça?” Então, ele deixou a dívida pra
lá. E nunca mais trabalhou em dia de finados.
Vista do Túmulo de Josephina Conte, a Moça do Táxi |
BORNAL:
O relato dos dois taxistas em relação ao contato com a suposta assombração da
“Moça do táxi” são parecidos, ou tem grandes diferenças?
JOSÉ
JR.: São parecidas. Só que o seu Dedé não voltou no dia seguinte para ir buscar
o dinheiro, pois foi alertado no ponto de táxi onde trabalhava, na época. Mas,
passado alguns dias, ele foi ao cemitério só para ter certeza. E, segundo ele,
quando viu a foto dela na sepultura ficou muito tempo lá, não porque quisesse,
mas porque não podia mexer com as pernas (risos).
BORNAL:
Qual a reação que eles tiveram ao transportá-la?
JOSÉ
JR.: Olha, os dois pensavam que fosse uma prostituta, pois, na época, moça de
família não ficava sozinha na rua até altas horas. E levaram ela já com
segundas intenções.
BORNAL:
E quanto a aparência dela. O que eles relataram?
JOSÉ
JR.: Ela estava muito bem vestida; com bom perfume. Ela não falou nada durante
a corrida, somente o endereço onde queria ficar.
BORNAL:
Você se recorda do endereço?
JOSÉ
JR.: Não! Já faz muito tempo. Só sei que era no bairro da Campina.
BORNAL:
Há a confirmação de que uma das irmãs da Josephina Conte, a “Moça do Táxi”,
morou no bairro da Campina. Será se foi ela que os atendeu?
JOSÉ
JR.: Tanto o seu Dedé quanto o seu Raimundo falavam que foi um homem que os
atendeu; eles acharam que fosse irmão mais novo, pois era jovem ainda. Detalhe:
os dois casos foram quase no mesmo tempo, coisa de dois ou três anos de
diferença.
BORNAL:
Então as aparições dela, ao contrário do que diz a lenda de que é no dia de seu
aniversário é que ela pega um táxi, ocorreram no dia de finados?
JOSÉ
JR.: Aconteceram no dia de finados. Na madrugada entre 00:00 e 01:00 do dia 2
de novembro.
BORNAL:
Não havia nenhum taxista que, não acreditando na história, zombasse deles?
E como eles reagiam?
JOSÉ
JR.: Sim, sim… Até eu mesmo, mas, firmemente, eles confirmavam a história. Eles
se arrepiavam ao contar… Ah! teve uma vez que fomos na madrugada no cemitério
justamente em um dia de finados (risos). Rolou uma aposta para saber quem ia
até o portão do cemitério (risos). Nessa época só trabalhava com a gente só o
seu Raimundo. Fizemos uma coleta entre nós, deu mais ou menos 150 reais para
darmos para o seu Raimundo para ele ir até ao portão do cemitério. Ele só
falou assim: “Nem que me dessem 100 mil reais eu ia até lá” (risos)... Havia
muitas zombarias, mas a maioria tinha medo de passar à noite em frente ao
cemitério de Santa Isabel. Não era só ele que falava do assunto, na época,
muitos taxistas falavam. E mesmo passado tanto tempo, eles ainda tinham medo.
Essas histórias era lembradas no ponto de táxi onde trabalhávamos todo dia de
finados.
JOSÉ JR.
O operador de rádio-táxi, José Jr. trabalha atualmente na cooperativa de taxistas VIP TÁXI, cuja central fica na cidade de Ananideua, na rua Três Corações, Cidade Nova 1.
Contatos: Facebook.
JOSÉ JR.
O operador de rádio-táxi, José Jr. trabalha atualmente na cooperativa de taxistas VIP TÁXI, cuja central fica na cidade de Ananideua, na rua Três Corações, Cidade Nova 1.
Contatos: Facebook.
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