RELATO DO LEITOR: Uma Noite no Cemitério
da Soledade
Era
mês de maio de 1996. Eu e mais três amigos estávamos numa festa de casamento na
casa da minha namorada. No final da festa, pegamos umas garrafas de bebida escondidas e saímos por volta das 11 horas da noite rumo a praça da República.
Eu, Levi, Manta e o Broto, procuramos um lugar para acender um baseado. Eu dei
a ideia de fumarmos dentro do Cemitério da Soledade.
Quando chegamos ao
cemitério, pulamos
a grade ajudando o Manta a subir, pois ele era deficiente da perna. Lá dentro, quanto mais adentrávamos no
cemitério, mais escuro ficava. Começamos a beber e fumar, ríamos muito. Todos
estávamos chapados. Foi quando começamos a visitar os jazigos, que são muitos
bonitos. Escolhemos uma sepultura que chamou a atenção de todos. Nos
sentamos em volta bebendo e conversando...
Saímos
impressionados com a coincidência das datas, e até hoje fico pensando qual a
probabilidade disso acontecer.
Nota: O túmulo do relato, é uma sepultura simples que é tida como pertencente a escrava tida como santa popular, Anastácia. Na verdade, a escrava Anastácia verdadeira é alvo de devoção no Rio de Janeiro, onde supostamente está enterrada. No caso do antigo cemitério Soledade, o túmulo atribuído a escrava Romana também Chamada de Anastácia é de uma mulher homônima ou de uma escrava que era considerada propriedade de Joaquim Francisco Corrêa. A sepultura escrava Romana é tido como tendo sido o primeiro enterro feito no cemitério da Soledade.
Glauco Miranda
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