Esqueletos humanos encontrados em paredes de antigos casarões em tradicionais cidades de nosso país mostram um fato curioso e bizarro do Brasil imperial que poucos conhecem: o ocultamento de cadáveres em estreitos compartimentos em paredes de casas.
O pesquisador Reinaldo Carneiro Leão, do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, garante: “Há pelo menos três casos, aqui no Recife, de casas com parede falsas no porão e esqueletos dentro”.
Os restos humanos são geralmente encontrados durante reformas em casas antigas, com o proprietário tendo uma surpresa pra lá de bizarra ao encontrá-los.
Pesquisadores afirmam que não há meios que se possa afirmar de que as pessoas foram postas vivas em tais cubículos para morrer. Acredita-se que os esqueletos eram de escravos ou de familiares que possuíam alguma doença ou deformidade que pudesse envergonhar a família, que encontrava no emparedamento destes um modo de evitar a exposição dos cadáveres publicamente.
O emparedamento de corpos chegou mesmo a dar origem a uma horripilante lenda urbana na cidade de Recife. Trata-se da lenda do fantasma da mulher emparedada viva, que assombraria a região da Rua Nova, região antiga da cidade de Recife, onde, segundo a lenda, por ter engravidado de alguém que seu pai não autorizara foi emparedada viva na casa familiar, que transformou-se em seu túmulo.
O emparedamento tornou-se famoso nas história bizarras do escritor Edgar Allan Poe, presentes em alguns dos seus contos mais famosos, e também foi tema de uma, hoje, desconhecida obra do escritor Carneiro Vilela, “A Emparedada da Rua Nova”, cuja história pesquisadores afirmam ter sido a origem da lenda urbana recifense do fantasma da mulher emparedada.
Para Saber Mais Acesse: Investigando a Lenda do Fantasma da Mulher Emparedada, de Recife.
Para Saber Mais Acesse: Investigando a Lenda do Fantasma da Mulher Emparedada, de Recife.
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