COMO DEFINIR UMA EXPERIÊNCIA SOBRENATURAL
Não é
difícil encontrar alguém que tenha uma boa história misteriosa a contar, que
tenha acontecido com a própria pessoa ou com conhecidos seus.
Tais eventos
inexplicáveis são tão comuns que relatos de leitores contando suas experiências
em blogs dedicados a fatos misteriosos se tornaram uma atração à parte, tendo
cada blog um lugarzinho dedicado a publicação dos relatos enviados por seus
leitores.
Porém,
ao lermos ou ouvirmos algum relato misterioso contado por alguém que
supostamente passou pela experiência que é narrada, é natural que uma pergunta
venha à mente: “Será verdade?”. Em
geral, a verdade do relato é defendida com um: “Mas o que ele teria a ganhar mentindo?”. Este pensamento não é um
bom pensamento para defender a veracidade de um relato, pois sempre há sim algo
que se pode ganhar mentindo. Seja se
divertindo à custa das crenças dos outros; seja atraindo atenção para si; seja
como forma de aparentar aos outros que se tem um dom especial; seja como uma
forma de tirar vantagens financeiras, etc.
Portanto,
há sempre a possibilidade de se estar perante uma mentira e também da
possibilidade de que relatos misteriosos sejam frutos de erros de interpretação,
ou fatos que possam ser explicados, cuja explicação é ignorada por aquele que
relata, podendo ser também fruto de boatos, crendices, simples superstição, etc.
Por isso, deve-se sempre manter-se a desconfiança. Porém, isso não impede que,
uma vez desfeita a possibilidade de ser mentira, e após tentativas de se achar boas
explicações possíveis, seja levantado a possibilidade do relato ou da
experiência ser verdadeira.
Nesse sentido
é natural que as pessoas se dividam em três grupos em relação a veracidade de
um relato sobre um fenômeno inexplicável:
·
A: Pessoas que se mantem totalmente céticas em
relação a verdade do relato, mas o acompanha apenas por curiosidade para ver
até que ponto vai o “absurdo” das histórias;
·
B: Pessoas que possuem crenças espirituais, e por
isso tendem a acreditar em relatos de assombrações, fantasmas, etc;
·
C: Pessoas que acreditam em alguns relatos
sobrenaturais por ter passado por algo semelhante ao que é contado, e, por
isso, acreditam que o relato mereça credibilidade.
CÉTICOS E FATOS MISTERIOSOS
Céticos
rejeitam a existência de fenômenos sobrenaturais simplesmente por tais
fenômenos contrariarem explicações científicas, embora atualmente teorias
científicas modernas cogite a existência de inúmeros universos independentes do
nosso, com leis físicas próprias, porém, com passagens que ligariam nosso
universo aos demais universos por meio de espécies de portais dimensionais, ideia
que faz parte da mais moderna física teórica atual, o que poderia ser uma boa
explicação para fenômenos inexplicáveis, tais como a existência de
extraterrestres, bem como fantasmas, ou “coisas do outro mundo”, que poderiam
ser, finalmente, explicados como se esses seres usassem tais portais
dimensionais como forma de penetrar em nosso mundo.
Jacques Vallée |
São essas modernas teorias
físicas, por exemplo, que tem levado estudiosos sérios, como o Matemático,
teórico da computação e astrônomo da NASA, o francês Jacques Vallée, munido de
modelos estatísticos, após dezenas de anos de pesquisa, a afirmar que extraterrestres
não seriam seres de outros planetas, mas de um outro plano dimensional.
Portanto, ao contrário do que pensam os mais céticos, fenômenos pertencentes ao
insólito podem sim ser explicados com base na mais moderna e complexa ciência
atual, claro, uma vez afastado todas as possibilidades de fraudes ou equívocos.
RELIGIOSOS E FATOS MISTERIOSOS
É
natural que pessoas religiosas interpretem fenômenos misteriosos com base em
suas crenças independente das evidências do fenômeno. Porém, ao tentar explicar
um fato misterioso, devemos reconhecer que uma coisa é o fato ocorrido e outra
é sua explicação: nem sempre um reflete o outro, por isso só devemos seguir
determinada explicação se houver evidências que a sustente, fato que, na
maioria das vezes, não é seguido por aqueles que tendem, imediatamente, a explicar
experiências incomuns por meio de suas crenças religiosas. Fazendo com que um
mesmo fenômeno misterioso, presenciado por mais de uma pessoa, receba explicações
diferentes, pois cada pessoa tenderia a explicar segundo suas diferentes
crenças religiosas.
Depois da sua experiência, que você
relatou ao BORNAL, experiências semelhantes a sua, relatadas por outras pessoas,
passaram a ter credibilidade para você? E a experiência despertou vontade de
conhecer mais sobre o ocorrido com você?
Sim,
claro, pois não acreditava. E depois fui da atenção a outras histórias. Não
procurei sobre o ocorrido mais tive informação de que outras pessoas já tinham
visto o que eu vi, no mesmo lugar, mas de longe, já eu vi de perto.
Antes
só ouvia história.
E quando vc conta para outras pessoas,
elas acreditam que aconteceu mesmo contigo, ou elas não acreditam???
Não
conto, a não ser que outra pessoa conte a sua, porque as pessoas geralmente não
acreditam nessas histórias.
PESSOAS QUE TIVERAM EXPERIÊNCIAS INEXPLICÁVEIS
Para
quem já viveu alguma experiência verdadeiramente inexplicável, é difícil
aceitar que tal experiência tenha sido real, a pessoa enche-se de dúvida, fica
confusa, tenta, a princípio, explicar o ocorrido por meio de qualquer
explicação plausível - ilusão de ótica, erros de interpretação dos sentidos, ou
por meio de crenças religiosas. E, quando não consegue uma boa explicação, em
muitos casos, prefere não comentar sobre, para não ser motivos de piadas, ou
serem vistas como mentirosas, ou mesmo, drogadas ou loucas. Mas o fato de
ficarem caladas não significa que não ocorreu nem que não possa se repetir com
outras pessoas. Contudo, sempre há aqueles que não preferem esquecer ou se
calar, mas insistem em buscar respostas sobre o que aconteceu, vendo em
experiências semelhantes vividas por outras pessoas uma forma de evidência de
que sua experiência foi real e verdadeira, e não apenas criação de sua mente.
E embora
sempre devamos nos ater as evidências - exemplificada na famosa frase de Carl
Sagan, “Alegações Extraordinárias Exigem Evidências Extraordinárias” -, muitas
experiências não deixam rastros, são tão únicas e inesperadas que não deixam a
menor evidência, por meio da qual, poderíamos provar a outras pessoas - mesmo
por meio de uma foto - que ela aconteceu e que não foi apenas criação de nossas
cabeças. Na maioria das vezes, deixam apenas o testemunho de quem a presenciou,
alimentando a dúvida e a convicção de que foi apenas uma espécie de alucinação.
Neste caso, como já foi dito acima, uma das formas de desfazer a dúvida, é
buscar saber se outras pessoas tiveram experiências semelhantes, nas mesmas
circunstâncias, ou seja, buscar outras testemunhas para o ocorrido.
Acredito
que para esta pequena parcela do público (parcela a qual também me incluo), ter
passado por alguma experiência inexplicável é um dos motivos que os levam a se
interessar por assuntos misteriosos, levando-os também a se dedicar a fatos
misteriosos não apenas por diversão, interesse mais comum, mas como uma busca
de encontrar nas experiências dos outros, em experiências semelhantes, formas
de tentar encontrar alguma explicação para
o que aconteceu consigo próprio, e de tentar compreender um pouco do
desconhecido.
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