quinta-feira, 9 de agosto de 2018

COMO DEFINIR UMA EXPERIÊNCIA SOBRENATURAL


COMO DEFINIR UMA EXPERIÊNCIA SOBRENATURAL

Não é difícil encontrar alguém que tenha uma boa história misteriosa a contar, que tenha acontecido com a própria pessoa ou com conhecidos seus.

Tais eventos inexplicáveis são tão comuns que relatos de leitores contando suas experiências em blogs dedicados a fatos misteriosos se tornaram uma atração à parte, tendo cada blog um lugarzinho dedicado a publicação dos relatos enviados por seus leitores.

Porém, ao lermos ou ouvirmos algum relato misterioso contado por alguém que supostamente passou pela experiência que é narrada, é natural que uma pergunta venha à mente: “Será verdade?”. Em geral, a verdade do relato é defendida com um: “Mas o que ele teria a ganhar mentindo?”. Este pensamento não é um bom pensamento para defender a veracidade de um relato, pois sempre há sim algo que se pode ganhar mentindo.  Seja se divertindo à custa das crenças dos outros; seja atraindo atenção para si; seja como forma de aparentar aos outros que se tem um dom especial; seja como uma forma de tirar vantagens financeiras, etc.
Portanto, há sempre a possibilidade de se estar perante uma mentira e também da possibilidade de que relatos misteriosos sejam frutos de erros de interpretação, ou fatos que possam ser explicados, cuja explicação é ignorada por aquele que relata, podendo ser também fruto de boatos, crendices, simples superstição, etc. Por isso, deve-se sempre manter-se a desconfiança. Porém, isso não impede que, uma vez desfeita a possibilidade de ser mentira, e após tentativas de se achar boas explicações possíveis, seja levantado a possibilidade do relato ou da experiência ser verdadeira.

Nesse sentido é natural que as pessoas se dividam em três grupos em relação a veracidade de um relato sobre um fenômeno inexplicável:
  
·        A: Pessoas que se mantem totalmente céticas em relação a verdade do relato, mas o acompanha apenas por curiosidade para ver até que ponto vai o “absurdo” das histórias;
·        B: Pessoas que possuem crenças espirituais, e por isso tendem a acreditar em relatos de assombrações, fantasmas, etc;
·        C: Pessoas que acreditam em alguns relatos sobrenaturais por ter passado por algo semelhante ao que é contado, e, por isso, acreditam que o relato mereça credibilidade.

CÉTICOS E FATOS MISTERIOSOS
Céticos rejeitam a existência de fenômenos sobrenaturais simplesmente por tais fenômenos contrariarem explicações científicas, embora atualmente teorias científicas modernas cogite a existência de inúmeros universos independentes do nosso, com leis físicas próprias, porém, com passagens que ligariam nosso universo aos demais universos por meio de espécies de portais dimensionais, ideia que faz parte da mais moderna física teórica atual, o que poderia ser uma boa explicação para fenômenos inexplicáveis, tais como a existência de extraterrestres, bem como fantasmas, ou “coisas do outro mundo”, que poderiam ser, finalmente, explicados como se esses seres usassem tais portais dimensionais como forma de penetrar em nosso mundo.

Jacques Vallée

São essas modernas teorias físicas, por exemplo, que tem levado estudiosos sérios, como o Matemático, teórico da computação e astrônomo da NASA, o francês Jacques Vallée, munido de modelos estatísticos, após dezenas de anos de pesquisa, a afirmar que extraterrestres não seriam seres de outros planetas, mas de um outro plano dimensional. Portanto, ao contrário do que pensam os mais céticos, fenômenos pertencentes ao insólito podem sim ser explicados com base na mais moderna e complexa ciência atual, claro, uma vez afastado todas as possibilidades de fraudes ou equívocos.

RELIGIOSOS E FATOS MISTERIOSOS
É natural que pessoas religiosas interpretem fenômenos misteriosos com base em suas crenças independente das evidências do fenômeno. Porém, ao tentar explicar um fato misterioso, devemos reconhecer que uma coisa é o fato ocorrido e outra é sua explicação: nem sempre um reflete o outro, por isso só devemos seguir determinada explicação se houver evidências que a sustente, fato que, na maioria das vezes, não é seguido por aqueles que tendem, imediatamente, a explicar experiências incomuns por meio de suas crenças religiosas. Fazendo com que um mesmo fenômeno misterioso, presenciado por mais de uma pessoa, receba explicações diferentes, pois cada pessoa tenderia a explicar segundo suas diferentes crenças religiosas.

DIÁLOGO COM IVANILSON RODRIGUES, AUTOR DE UM DOS RELATOS DO LEITOR, “O FANTASMA DE CUTIJUBA”
Depois da sua experiência, que você relatou ao BORNAL, experiências semelhantes a sua, relatadas por outras pessoas, passaram a ter credibilidade para você? E a experiência despertou vontade de conhecer mais sobre o ocorrido com você?
Sim, claro, pois não acreditava. E depois fui da atenção a outras histórias. Não procurei sobre o ocorrido mais tive informação de que outras pessoas já tinham visto o que eu vi, no mesmo lugar, mas de longe, já eu vi de perto.

Foi a única vez que você teve contato com algo inexplicável???
Antes só ouvia história.

E quando vc conta para outras pessoas, elas acreditam que aconteceu mesmo contigo, ou elas não acreditam???
Não conto, a não ser que outra pessoa conte a sua, porque as pessoas geralmente não acreditam nessas histórias.

PESSOAS QUE TIVERAM EXPERIÊNCIAS INEXPLICÁVEIS
Para quem já viveu alguma experiência verdadeiramente inexplicável, é difícil aceitar que tal experiência tenha sido real, a pessoa enche-se de dúvida, fica confusa, tenta, a princípio, explicar o ocorrido por meio de qualquer explicação plausível - ilusão de ótica, erros de interpretação dos sentidos, ou por meio de crenças religiosas. E, quando não consegue uma boa explicação, em muitos casos, prefere não comentar sobre, para não ser motivos de piadas, ou serem vistas como mentirosas, ou mesmo, drogadas ou loucas. Mas o fato de ficarem caladas não significa que não ocorreu nem que não possa se repetir com outras pessoas. Contudo, sempre há aqueles que não preferem esquecer ou se calar, mas insistem em buscar respostas sobre o que aconteceu, vendo em experiências semelhantes vividas por outras pessoas uma forma de evidência de que sua experiência foi real e verdadeira, e não apenas criação de sua mente.


E embora sempre devamos nos ater as evidências - exemplificada na famosa frase de Carl Sagan, “Alegações Extraordinárias Exigem Evidências Extraordinárias” -, muitas experiências não deixam rastros, são tão únicas e inesperadas que não deixam a menor evidência, por meio da qual, poderíamos provar a outras pessoas - mesmo por meio de uma foto - que ela aconteceu e que não foi apenas criação de nossas cabeças. Na maioria das vezes, deixam apenas o testemunho de quem a presenciou, alimentando a dúvida e a convicção de que foi apenas uma espécie de alucinação. Neste caso, como já foi dito acima, uma das formas de desfazer a dúvida, é buscar saber se outras pessoas tiveram experiências semelhantes, nas mesmas circunstâncias, ou seja, buscar outras testemunhas para o ocorrido.

Acredito que para esta pequena parcela do público (parcela a qual também me incluo), ter passado por alguma experiência inexplicável é um dos motivos que os levam a se interessar por assuntos misteriosos, levando-os também a se dedicar a fatos misteriosos não apenas por diversão, interesse mais comum, mas como uma busca de encontrar nas experiências dos outros, em experiências semelhantes, formas de tentar encontrar alguma explicação para  o que aconteceu consigo próprio, e de tentar compreender um pouco do desconhecido.

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