ESCULTURA ERÓTICA EM CEMITÉRIO DE SÃO PAULO AINDA CAUSA
POLÊMICA
Para
quem adentra o cemitério São Paulo, situado na Rua Cardeal Arcoverde, na cidade
de São Paulo, é impossível não se surpreender com a bela escultura que adorna
um de seus túmulos, seja por seu grande volume, seja, principalmente, por seu
tema, cujo erotismo, para muitos, é uma profunda manifestação de ousadia para
um ambiente tão triste e familiar quanto um cemitério, a levando a se diferenciar
de todas as outras esculturas tumulares e causando polêmicas; a bela estátua,
denominada de “O Último Adeus”, simboliza o amor indissolúvel de Maria e
Antônio Cantarella, que mesmo a morte não conseguiu apagar.
O
referido túmulo é muito mais que apenas um espaço que guarda os restos mortais
de dois seres humanos, é um verdadeiro monumento ao amor entre um homem e uma
mulher, que enche de luz um recanto tão obscuro, dedicado a morte, demonstrando
que a vida vale apena de ser vivida.
A
escultura é composta da imagem de um homem de corpo atlético, nu, reclinado
sobre o corpo de uma bela mulher para beijá-la; a mulher aparenta estar morta.
A bela
escultura foi encomendada por Maria Cantarella, quando do falecimento de seu amado
esposo, Antônio Cantarella, que faleceu próximo do Natal de 1942, com 65 anos. Curiosamente,
na escultura que representa o amor vivido pelo casal, não é Antônio que está
morto, mas ela. É como se em sua mente, em suas memórias e em sua eterna
saudade, o amado ainda estivesse vivo, enquanto ela, na ausência da companhia
do querido esposo, já estivesse morta. Maria Cantarella faleceria apenas em
1982.
Além
da polêmica escultura, frases da própria Maria Cantarella, gravada no túmulo,
deixa patente sua eterna saudade de seu esposo:
A
famosa escultura é obra do escultor brasileiro, descendente de italianos,
Alfredo Oliani, nascido em 1906, e falecido em 1988, também nessa mesma cidade.
Seu trabalho retrata a beleza e a sensualidade do corpo humano, seminu.
Quanto
ao apaixonado casal Maria e Antônio Cantarrella, era um rico casal de italianos
que estabeleceu na cidade de São Paulo na primeira metade do século passado, e
que nos deixaram muito mais do que seus bens materiais, mas uma bela história
de amor.
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