sábado, 12 de março de 2016

EXPERIÊNCIAS BIZARRAS COM CÃES QUE POSSIBILITARAM O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS HUMANOS



EXPERIÊNCIAS BIZARRAS COM CÃES QUE POSSIBILITARAM O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS HUMANOS
A plateia, composta apenas por cientistas, já estava ansiosa, esperando o grande show de horror começar, pois já tinham ouvido sobre as bizarras experiências que estavam sendo conduzidas por aquele instituto científico, quando o homem vestindo um jaleco branco entrou no recinto, sendo aplaudido por todos.
Ele discursou aos seus espectadores, disse que o que veriam era o limiar de um novo começo para a humanidade, em que grande parte das doenças seriam vencidas. Em seguida, pediu para que sua plateia se aproximasse de uma mesa coberta por um grande pano branco, que fora retirado expondo, para desânimo da plateia, apenas uma cabeça decepada de um cachorro.


O homem de jaleco então se aproximou, bateu com uma marreta na mesa, e a cabeça, para espanto de todos, pareceu hesitar. Em seguida, lançou luz nos olhos da cabeça inerte, que piscou. E ao se aproximar com um pedaço de queijo, a plateia, que não podia acreditar no que estava vendo, viu o focinho mexer-se, como se farejasse, abrir os olhos, e se pôr a lamber a boca. A cabeça de cachorro, em seguida, abocanhou o queijo, sob comentários incrédulos da plateia, fazendo-o cair pelo tubo de seu esôfago, e aparecer do outro lado da mesa...
Abaixo o vídeo da cabeça decepada mantida viva de um cão:



O homem de jaleco era Sergei Brukhonenko, uma espécie de doutor Frankstein de carne e osso, um cientista russo, que em 1928, diante de uma audiência de cientistas internacionais no Terceiro Congresso de Fisiologistas da antiga União Soviética, demonstrou que por meio de um aparelho por ele inventado que podia manter cabeças de cães decepadas vivas.
Brukhonenko, no entanto, não conseguia mantê-las vivas por mais de algumas horas.
Em 1954, outro russo assustaria o mundo com bizarros procedimentos médicos em animais. Vladimir Demikhov apresentou a jornalistas a bizarra imagem de um cão com duas cabeças que se debatiam para beberem um prato com leite.
Abaixo o vídeo com o cão de duas cabeças de Demikhov:



Ele havia enxertado a cabeça, ombros e pernas frontais de um filhote no pescoço de um pastor alemão, criando a bizarra criatura. Contudo, mais uma vez, os cães não se mantinham vivos por mais do que alguns dias, já que a rejeição de tecidos tornava o procedimento inválido. O recorde de duração de vida de uma das criaturas de Demikhov chegou a um mês apenas.


Demikhov com um de seus Cães com Duas Cabeças

Embora nos pareça bizarras e vazias de sentido, tais experiências foram fundamentais para a criação de métodos capazes de proporcionar o transplante de órgãos humanos em pacientes humanos. Possibilitando que em 1967, o cirurgião sul-africano Christian Barnard realizasse o primeiro transplante de coração. E serão também fundamentais para o mais assustador e bizarro transplante de todos os tempos, que se realizará em 2017:

O PRIMEIRO TRANSPLANTE DE UMA CABEÇA HUMANA
Em parte a cirurgia de transplante de cabeça, que será realizada pelo neurologista italiano Sergio Canavero, lembra as experiências de Brukhonenko, já que esta cabeça deverá se manter viva, embora inconsciente, fora de um corpo, e também a de Vladimir Demikhov, ao ser enxertada em um novo corpo, embora diferentemente dos cães, o corpo estará morto, com a fundamental diferença que tal procedimento incorporará novas técnicas e novos conhecimentos, como medicamentos capazes de evitar a rejeição de tecidos. E, coincidentemente, terá também o envolvimento de um russo, desta vez como paciente.

Valery Apiridonov
Valery Spiridonov sofre de uma doença degenerativa que poderá leva-lo à morte em alguns anos.
Sobre sua decisão, o russo, de 30 anos, disse:
“Lido com este tema com bastante tranquilidade, à espera que a data seja confirmada. Não me importa onde ou quando, não tenho pressa. O que me importa é a confiabilidade do procedimento".
E embora haja paciente e médicos que a realize, a operação tem ainda que obter permissão para que possa ser realizada.

Sergio Canavero Apresentando seu Paciente, Valery Spiridonov

"A China quer tomar a iniciativa e está disposta a se arriscar para obter uma vitória no meio científico. A permissão das autoridades para realizar a operação é um assunto que, apesar de não estar resolvido, estará em breve", comentou o russo sobre o lugar onde deve ser feito o procedimento.
Contudo, como era de se esperar, tal procedimento possui muitos opositores que relutam em aceitar que possa dar certo. Mas, quanto a isso, o cirurgião Sergio Canavero pode sempre contar com a ideia de que há 60 anos atrás era impensável o transplante de coração, ou de outro órgão humano, porém hoje não apenas se tornaram rotina transplante de órgãos humanos, como passaram até a transplantar membros e faces humanas.

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