MÉDIUM JOÃO DE DEUS É ACUSADO DE VENDER CRIANÇAS
Acusado
de estuprar devotas e de possuir armas de fogo ilegais em sua casa, o médium
João de Deus é acusado por duas ativistas, entre elas por Sabrina Bittencourt,
de vender crianças e de levar mulheres à prostituição.
Sabrina
Bittencourt publicou em seu Facebook vídeo em que relata que entrou em contato
com estrangeiras que compraram crianças por intermédio do famoso médium durante
suas viagens Abadiânia, onde se localizava seu centro espírita.
“A
gente tem recebido relatos, desde as mães adotivas dessas crianças que foram
vendidas por US$ 20 mil (cerca de R$ 74 mil) a US$ 50 mil (cerca de R$ 185 mil)
na Europa, EUA e Austrália, até ex-funcionários e cidadãos de Abadiânia que
estão farto de serem coniventes com a quadrilha de João de Deus", diz
Sabrina em seu vídeo.
João
de Deus, por meio de terceiros, contrataria jovens pobres da região para
servirem como prostitutas em garimpos pertencentes ao próprio médium, localizados
em Goiás e no estado de Minas Gerais. Os filhos destas mulheres seriam então
vendidos a estrangeiros.
“Em
troca de comida, elas eram engravidadas para vender [os bebês] no mercado
negro. Centenas de meninas foram escravizadas durante anos, viveram em fazendas
de Goiás, serviam de matrizes para ficarem grávidas, para os bebês serem
vendidos. Essas meninas eram assassinadas depois de 10 anos parindo. A gente já
tem uma série de relatos, mas a gente precisa de mais provas", relata a
ativista.
Sabrina
é uma das responsáveis pelo Coame (Combate ao Abuso no Meio Espiritual), que
reúne denúncias de violações sexuais cometidas por líderes religiosos. Sob
ameaça de morte, vive atualmente fora do Brasil sob a proteção de organismos
internacionais.
No
caso João de Deus, ela pede ainda que outras vítimas façam denúncias para
ajudar nas provas dos crimes. "Eu peço às embaixadas da Holanda, Estados
Unidos, Austrália que exijam das autoridades brasileiras uma conduta
impecável", diz.
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