CONVERSANDO COM UM SERIAL
KILLER: TED BUNDY (RESENHA)
Ted
Bundy foi o modelo clássico de Serial Killer de que temos hoje. Se especializou
em matar mulheres, com suas vítimas entre 18 e 21 anos; escolhia mulheres com o
mesmo penteado e parecidas; era extremamente inteligente, bem falante, bonito,
estudioso, e usava a imagem de um pacato estudante universitário para esconder
suas maldades. Quanto a esta, foi completo. Fingia estar com o braço quebrado
para atrair alguma garota atraente para lhe ajudar a pôr livros dentro de seu
carro; e aproveitando que a moça estivesse dentro do carro, a deixava
inconsciente, e a levava a algum lugar para estuprá-la e matá-la. Ted Bundy
tinha o hábito de visitar os cadáveres de suas vítimas para maquiá-las e manter
relações sexuais novamente, durante dias em seguida.
Ted Bundy e os Objetos Usados na Caça a suas Vítimas
Se
Jack, o estripador foi o modelo para a criação do assassino serial na
literatura, Ted Bundy, com sua história de vida, personalidade e modus operandi, serviu
de modelo para psicólogos forenses criarem o conceito de Serial Killer. Vale
lembrar que na época que Bundy assassinava suas vítimas o conceito de Serial
Killer não existia ainda, nem era padrão a criação de perfis psicológicos de
assassinos. Aliás, assassinos serial era uma novidade nos anos de 1970, como
podemos ver através do documentário Conversando com um Serial Killer: Ted
Bundy, lançado pela Netflix, ironicamente, no dia 24 de janeiro, dia que
Ted Bundy foi executado na cadeira elétrica, em 1989.
O
documentário, baseado no livro Conversations With a Killer: Ted Bundy, de
Stephen Michaud e Hugh Aynesworth, como mostra seu título, conta a história do
assassino de mulheres Ted Bundy: seus assassinatos, seus sentimentos (ou a
falta destes), sua infância e juventude, e de como foi capaz de fugir duas
vezes, após ter sido preso, da polícia -- a segunda fuga de forma espetacular,
por meio de um buraco no teto de sua cela, chegando ao apartamento do
carcereiro, trocando de roupa e saindo pela porta da frente do presídio (coisa
de filme, hein?).
Ted Bundy aproveitou os dias que esteve em fuga para fazer novas vítimas, entrando em uma república de estudantes, estuprando e matando duas estudantes a pauladas e ferindo gravemente outras duas enquanto dormiam, e ainda matando na mesma noite uma terceira garota em um quarteirão vizinho após invadir sua casa. O documentário mostra também o quanto a polícia dos Estados Unidos estava despreparada para lidar com casos semelhantes, não havendo intercâmbio entre policiais dos diferentes estados americanos, nem experiência para lidar com assassinatos serial, sem o exame moderno de DNA para relacionar os assassinatos entre si.
Ted Bundy aproveitou os dias que esteve em fuga para fazer novas vítimas, entrando em uma república de estudantes, estuprando e matando duas estudantes a pauladas e ferindo gravemente outras duas enquanto dormiam, e ainda matando na mesma noite uma terceira garota em um quarteirão vizinho após invadir sua casa. O documentário mostra também o quanto a polícia dos Estados Unidos estava despreparada para lidar com casos semelhantes, não havendo intercâmbio entre policiais dos diferentes estados americanos, nem experiência para lidar com assassinatos serial, sem o exame moderno de DNA para relacionar os assassinatos entre si.
Algumas das Vítimas de Ted Bundy
Conversando
com um Serial Killer tem como base gravações de áudio inéditas de
entrevistas que Ted Bundy deu ao jornalista Stephen Michaud, em 1980, quando
estava no corredor da morte, do Presídio Estadual da Flórida, tendo também entrevistas
com amigos de infância ou de faculdade de Bundy, além de policiais que
participaram do caso, tudo ilustrado por fotos e vídeos de programas de Tv da
época, que documentavam seus crimes e a repercussão destes.
O
jornalista Stephen Michaud nos conta que foi muito difícil para ele romper com
o narcisismo de Ted Bundy, que durante as primeiras semanas queria apenas falar
sobre si próprio, se esquivando de falar sobre seus crimes, até que teve uma
ideia genial: ele pediu a Bundy para que analisasse psicologicamente alguém que
fosse capaz de cometer crimes semelhantes aos seus. Pronto. Logo estava Ted
Bundy falando de si em terceira pessoa.
Bundy e uma das Poucas Mulheres que Escaparam Viva de sua Violência
Ted
Bundy passou então a contar a história de sua escalada de maldade, sempre
falando de si na terceira pessoa, chamando a si próprio de “a entidade”.
Tudo
começou com seu grande interesse por pornografia, que encontrava em locadoras
de vídeo e revistas. Depois passou a associar mulheres nuas à violência.
“A sensação cresceu até que ele passou a ouvir uma voz e fazer tudo que a ‘entidade’ mandava”, comentou Stephen Michaud.
“Chegava
a um ponto em que a raiva, a frustração, a ansiedade, a baixa autoestima, a
sensação de ser traído, injustiçado, inseguro, o fizeram decidir que mulheres
jovens e atraentes seriam suas vítimas”, contou o próprio Ted Bundy.
Contou
também como foi o assassinato de sua primeira vítima:
“Em uma noite, ele estava em uma rua escura e viu uma garota andando sozinha. Ele estacionou o carro e correu atrás dela, ela o viu, se virou e ele brandiu a faca, a segurou pelo braço e mandou que ela fizesse o que ele queria. Ele segurou o pescoço dela com as mãos só para deixá-la inconsciente para que parasse de gritar. Quando a necessidade dessa condição maligna havia sido suprida pelo sexo, ele percebeu que não conseguia deixar a garota livre. Então, matar, de certa forma, se tornará um meio de destruir as provas. Mas o ato de matar se torna um fim”.
Conversando
com um Serial Killer: Ted Bundy é dividido em 4 partes,
cada parte com aproximadamente 56 minutos de duração.
Para quem sente prazer em conhecer o lado obscuro da mente humana, vale muito apena assisti-lo, certamente irá se deleitar com o documentário, que é bastante detalhista, sem ser sensacionalista, e que dá uma boa ideia de quem foi Theodore Robert Cowell (nome real de Ted Bundy), sua faceta humana, além de sua mente extremamente perversa, que após matar tanta mulheres, morreu na cadeira elétrica, ironicamente, acionada por uma mulher.
Para quem sente prazer em conhecer o lado obscuro da mente humana, vale muito apena assisti-lo, certamente irá se deleitar com o documentário, que é bastante detalhista, sem ser sensacionalista, e que dá uma boa ideia de quem foi Theodore Robert Cowell (nome real de Ted Bundy), sua faceta humana, além de sua mente extremamente perversa, que após matar tanta mulheres, morreu na cadeira elétrica, ironicamente, acionada por uma mulher.
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