terça-feira, 14 de novembro de 2017

CONHEÇA O POLÊMICO “MANUAL COMPLETO DO SUICÍDIO”



CONHEÇA O POLÊMICO “MANUAL COMPLETO DO SUICÍDIO”


O objetivo deste artigo não é de incentivar ao suicídio, ele tem apenas o valor jornalístico de apresentar um fato, um acontecimento, assim como matérias de jornais sobre assassinatos não incentivam ao homicídio.


O ato de tirar a própria vida, embora no passado fosse visto com um olhar mais ameno, com a popularização da religião Cristã, passou a ser visto como ato abominável, como a maior ofensa a deus, pois seria a negação do maior dom que deus poderia dar a uma criatura: a vida.

Para culturas cristãs a alma de quem tirasse a própria vida tornava-se maldita, levando até mesmo a negação de enterros de suicidas em locais santos.


Porém, no Império Romano, tal ato era visto como um “Privilégio”. Assim o escritor e cônsul romano Petrônio ao ser acusado pelo próprio imperador Nero de conspirar contra ele, foi levado a tirar sua própria vida abrindo suas veias enquanto estava mergulhado em uma banheira com água morna para evitar o incômodo da perda progressiva de sangue; e enquanto morria comentava sobre as coisas boas da vida.


Em culturas da escandinavas, anciãos doentes se encaminhavam para solitários bosques para morrerem em paz.


Para a cultura milenar do Japão feudal, não foi diferente, guerreiros samurais, preferiam o suicídio do que a desonra.  Assim estes preferiam apunhalar o próprio ventre e morrer praticando o Harakiri do que aceitar as humilhações da derrota.




Muito dessa antiga cultura japonesa ainda sobrevive na moderna cultura do Japão, país que tem no culto da tradição uma forte característica de seu povo, fazendo com que a milenar concepção de suicídio dos samurais ainda possua alguma influência. E foi justamente lá, na terra do sol nascente, em 4 de julho de 1993, que o mais polêmico livro relacionado ao suicídio foi escrito.



Trata-se do MANUAL COMPLETO DO SUICÍDIO, escrito por Wataru Tsurumi. O livro tem 128 páginas, e já vendeu mais de um milhão de exemplares. E não se trata de um manual de suicídio para doentes terminais, como pode pensar a maioria, o Manual Completo do Suicídio é direcionado para qualquer um que deseje pôr um ponto final em sua vida.


O livro tem o propósito de ser, literalmente, um manual do suicídio, fornecendo àqueles que pretendem encurtar a vida meios necessários para que possam se decidirem por qual o melhor meio de tirar a própria vida. Para tanto o livro não entra em discussões filosóficas ou religiosas sobre o ato do suicídio, ele vai logo direto ao assunto analisando os onze tipos de métodos para se tirar a vida. São eles:


Overdose
Enforcamento
Auto-defenestração (Se matar ao pular das alturas)
Corte de pulso e carótida
Colisão de carro
Envenenamento por gás
Choque elétrico
Afogamento
Auto-imolação (atear a si próprio fogo)
Congelamento
Outros.


Antes de entrar em cada método, o livro mostra gráfico com graduação que vai de 1 até 5 caveiras, para alertar a requisitos como dor provocado, dificuldade de realização, aparência do corpo após o suicídio, perturbação que pode causar a outros, letalidade.


Diferentemente do que aconteceria na maior parte do mundo, o livro não foi proibido pelo governo japonês (apenas 8 províncias encontraram motivos para não permitir sua venda). Contudo, não evitou críticas e um grande debate sobre sua publicação após várias pessoas que cometeram suicídio terem sido encontradas com exemplares de tal livro. Wataru Tsurumi, seu autor, argumentou que o livro não estimula suicídios, mas apenas mostra o grau de letalidade de métodos pelos quais a maioria dos suicidas têm procurado pôr fim em suas vidas. Do outro lado, muitos argumentam que a publicação do Manual Completo do Suicídio fez aumentar o número de suicídio no Japão.


Após a polêmica provocada por seu livro, o autor, publicou o livro NOSSO COMPLETO MANUAL DE SUICÍDIO, composto por cartaz de pessoas à favor e contra sua polêmica obra. O livro ainda continua à venda até hoje.

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