quinta-feira, 2 de novembro de 2017

CARPIDEIRAS, MULHERES PAGAS PARA CHORAREM EM VELÓRIOS E ENTERROS


CARPIDEIRAS, MULHERES PAGAS PARA CHORAREM EM VELÓRIOS E ENTERROS


Com a modernidade muitas profissões ao longo do tempo acabaram, muitas por suas atividades ter sido substituídas por máquinas, outras por causa de hábitos tradicionais ter sido substituídos por novos, e a estranha profissão de carpideira parece se inscrever nesse segundo tipo.


Carpideira é o nome dado a mulher que exerce uma antiga profissão que ainda subsiste em alguns lugares do mundo, são mulheres que são pagas para chorar em velórios e enterros. E dizem ser uma profissão tão antiga quanto os enterros humanos. No Egito, antes de Cristo, elas já existiam, e quanto mais carpideiras havia em um enterro mais o morto era considerado importante.


No nordeste do Brasil foi onde as carpideiras mais se popularizaram em nosso país, e lá deu-se o costume de misturar esta profissão com a atividade de rezadeira, existindo ainda hoje em algumas pequenas cidades ainda presas a tradições centenárias.

Itha Rocha

A função de carpideira se baseia na crença de que o choro sobre o corpo de alguém que morreu ajuda na passagem da alma do falecido para onde quer que ele vá; e quanto mais gente chorando sobre o corpo do falecido, melhor - pelo menos é assim que justifica Itha Rocha, a carpideira que ficou conhecida por meio de programas de televisão. Itha Rocha aprendeu sua profissão desde pequena por meio de sua mãe que também era carpideira, e a levava com dois anos apenas para velórios e enterros. E para aqueles que acham sua profissão aterrorizante, Itha Rocha nos diz que acha velórios bastante confortável e prazeroso, pois gosta do momento de união familiar e da explosão de sentimentos proporcionado por tal evento.


Em geral as carpideiras são mulheres que trabalham na roça, se dedicam também a benzer doentes enquanto não são convidados a chorar nos velórios e enterros seus; e quando são chamadas ficavam lá com seu véu escuro a cobrir-lhes a cabeça e vestes negras chorando abundantemente ao lado do caixão do morto, simulando desmaios e citando orações fúnebres para que a alma do morto possa ser bem recebida no além.


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