segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A LENDA DO CÍRIO DE NAZARÉ

A LENDA DO CÍRIO DE NAZARÉ
Reza a lenda que, em 1700, Plácido, um caboclo descendente de portugueses e de índios, andava pelas imediações do igarapé Murutucu (área correspondente, hoje, aos fundos da Basílica de Nazaré) quando encontrou uma pequena estátua de Nossa Senhora de Nazaré. A imagem, réplica de outra que se encontrava em Portugal, entalhada em madeira (com aproximadamente 28 cm de altura), encontrava-se entre pedras lodosas e bastante deteriorada.


Plácido levou a imagem consigo para casa, onde, tendo-a limpado, improvisou um altar. De acordo com a tradição local, a imagem retornou inexplicavelmente ao lugar do achado por diversas vezes até que, interpretando o fato como um sinal divino, o caboclo decidiu erguer às próprias custas uma pequena capela no local, como sinal de devoção.

A divulgação do milagre da imagem santa atraiu a atenção dos habitantes da região, que passaram a frequentar à capela, para render-lhe culto. O que também  chamou a atenção do então governador da Capitania, Francisco da Silva Coutinho, tendo este determinado a remoção da imagem para a Capela do Palácio da Cidade. Contudo, mesmo mantida sob a vigilância da guarda do Palácio, a imagem novamente desapareceu, para ressurgir na pequena capela. 

Este fato teria, supostamente, dado origem a construção a Basílica de Nazaré, em 1909, e ao culto oficial à imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

O Círio


O Círio de Nazaré é uma manifestação religiosa que acontece todo ano, no segundo domingo de outubro, na cidade de Belém (PA). É considerada a maior manifestação religiosa do cristianismo, e uma das maiores manifestações religiosas do mundo, capaz de reunir, aproximadamente, 2 milhões de devotos, que se reúnem para cultuar Maria e pagar promessas. Seu nome, Círio, vem da palavra latina “Cereus”, que significa vela grande, devido, em suas origens, ao contrário da forma atual, ser realizado à noite, justificando o uso de velas.


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