A ILHA DOS MORTOS
Arnold Böcklin |
Arnold
Böcklin ficou tão fascinado com seu quadro que criou várias versões dele,
variando nas cores.
Sergei Rachmaninov |
Curiosamente,
o mesmo quadro despertara também fascínio em importantes personalidades que
tinham de alguma forma fascinação pelo tema da morte: Hitler, Lênin, Freud,
Salvador Dalí. Mas nenhuma dessas personalidades se tornaram tão fascinadas
pelo quadro quanto o compositor russo Rachmaninov.
Rachmaninov
vira uma reprodução em preto e branco do quadro, em 1907, e ficou fascinado por
seu tema. Por isso que, em 1909, quando o editor Struve sugeriu que ele
composse música inspirado em tal pintura, ele aceitou imediatamente.
Curiosamente após compor sua sombria melodia, Rachmaninov soube que havia uma
outra versão do quadro em Leipzig, distante 100 Km de Dresden, cidade onde ele
se encontrava. Após viajar e ver tal quadro, Rachmaninov comentou: “Eu não me
senti tocado pela cor da pintura. Se eu tivesse visto o original antes, talvez
não tivesse composto A Ilha dos Mortos. Eu prefiro em preto e branco”.
Sem
dúvida alguma, a versão preto e branco d’A Ilha dos Mortos, deixou-a muito mais
sombria. Em sua versão em música pode-se ouvir fragmentos utilizados por
Rachmaninov do tema gregoriano do Dies Irae, que por séculos foi utilizado na
Missa de Réquiem, a missa rezada para mortos, com o corpo presente.
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